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31, out 2016
Análise – Battlefield 1
O grande shooter do ano
A aposta em explorar guerras passadas em vez de futuristas demonstrou-se acertada pela DICE. BF1 entrega uma das melhores experiências do ano e é mais do que recomendado.

Battlefield 1 é com certeza um dos jogos mais esperados do ano. Anunciado em Maio de 2016, o trailer original bateu recordes no Youtube como um dos vídeos com a maior quantidade de likes da história, com mais de 2 milhões de avaliações positivas.

Battlefield 1 consegue atender a expectativa prometida com excelentes gráficos e jogabilidade primorosa. O jogo consegue imergir o jogador na 1ª Guerra Mundial e o resultado final está muito melhor do que o apresentado no beta, trazendo uma boa diversidade de mapas, veículos e armas. Felizmente a  DICE fez a lição de casa e os problemas encontrados no lançamento do seu antecessor, Battlefield 4, não estão presentes em Battlefield 1.

A campanha está espetacular, apesar de curta. O jogador viverá a experiência dos campos de batalha sobre o ângulo de vários soldados que participaram da primeira grande guerra. São 6 missões que podem ser jogadas na ordem que você quiser, onde você encarna soldados distintos em diferentes momentos da guerra. Os gráficos desse modo estão impressionantes e fotorrealistas e o jogo não apresenta nenhum downgrade do que foi visto nos trailers, tendo evoluído em relação ao beta.

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Já no multiplayer, que é o grande carro chefe do game, Battlefield 1 apresenta quatro classes de infantaria sendo elas assalto, médico, suporte e batedor. Uma novidade agora são as classes de pilotos. Parece que a DICE está tentando frear aquele famoso táxi aéreo que tanto irritava os jogadores, o qual consistia principalmente do batedor utilizar o avião para ir até um ponto estratégico descartando o veículo usado em seguida.

As classes estão um pouco diferentes do que no Battlefield 4. Agora é a classe de assalto que possui os armamentos anti-veículos. Contudo, os kits de cura foram destinados a uma classe especifica, obviamente a classe médico. A classe suporte continua dispondo de armas pesadas e com kits de munição, enquanto a classe de batedor dispõe das suas poderosas snipers. Uma inovação nesta classe são as munições perfurantes, capazes de ultrapassarem a blindagem dos veículos blindados. Desta forma, os batedores não ficaram impotentes contra veículos pesados como os antigos carros de combate (tanques).

Os veículos estão muito interessantes. A jogabilidade dos aviões está impecável e as batalhas aéreas ficaram muito divertidas e disputadas. Os dog-fights proporcionam cenas dignas de filmes de ação, já que agora os aviões não tem mais mísseis teleguiados e a maioria dos abates será na metralhadora.

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Os carros de combate aparecem no mapa em menor frequência, no entanto o destaque é para o “Tanque Leve FT-17”. Tripulado por apenas uma pessoa ele carrega um ótimo canhão e possui grande agilidade, além do mais pode ser consertado do lado de dentro sem a necessidade de descer do veículo o que o torna numa arma bem “apelona”.

Os modos de jogos presentes são os já vistos dos antecessores. O modo Conquista, Dominação que fez bastante sucesso no BF4, dentre outros como Investida e Pombos de Guerra. Esse último trata de mais uma inovação na qual os jogadores terão que enviar uma mensagem no meio da batalha, usando um pombo correio e solicitando apoio de artilharia.

Contudo, dos novos modos o mais interessante é o de Operações. Neste modo são recriadas algumas das batalhas mais importantes da 1º Guerra Mundial.

O que ainda não encontramos no jogo é um modo competitivo, algo muito pedido pelos fãs da série. O ponto fraco de Battlefield e é que o jogo seja lançado sem suporte adequado para eSports, num mercado que já conta com jogos como Overwatch e Rainbow Six Siege que já vieram preparados para o competitivo o cenário competitivo desde o seu lançamento. No entando aEA já prometeu trazer um modo competitivo através das atualizações e esperamos que isso ocorra logo.

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Em nossa experiência testamos o jogo no Origin num PC equipado com um i7 6700 Skylake, GPU NVIDIA Gigabyte GTX 1070 e 16 gigas de memórias HyperX Savage DDR 4, instalado num SSD HyperX Savage de 240 gigas. Nessa configuração o jogo rodou tranquilamente em 1080p e 60 FPS cravados com todos os efeitos no Ultra.

No Xbox One a experiência não ficou atrás e o game utiliza um “framebuffer dinâmico” que ajusta a resolução dependendo da intensidade do que está acontecendo na tela. A versão Xbox One tem uma resolução de base de 900p que pode ser reduzida para até 720p durante certas cenas, visando manter o frame rate sem alterações.

Com relação à taxa de quadros ou FPS, tanto o multiplayer quanto a campanha de Battlefield 1 focam nos 60 FPS nos consoles, mas nem sempre mantém a taxa, apresentando algumas quedas que no geral não afetam a experiência. Mesmo assim é válido ressaltar que a ação nem sempre vai ser livre de engasgos nos consoles.

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A glória das guerras antigas

Battlefield 1 deixa seus rivais ainda mais para trás, principalmente na sensação de colocar o jogador em grandes batalhas numa grande guerra.

Os pontos fortes do jogo foram mantidos e inovações foram trazidas para melhorar a experiência. A aposta em explorar guerras passadas em vez de futuristas demonstrou-se acertada pela DICE.

Resta saber se estamos diante do melhor Battlefield até agora, mas ainda é cedo pra responder essa pergunta que depende tanto do suporte da comunidade quanto da DICE e EA.  No entanto, acredito que o jogo possua potencial para superar o Battlefield 3 em qualidade e popularidade, principalmente se o suporte escutar os pedidos dos jogadores e implementarem logo os modos para eSports. Apesar de ser um jogo caro, o game entrega uma das melhores experiências do ano e se você gosta de shooters multiplayer é mais do que recomendado.

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Prós

  • Gráficos incríveis. Fotorrealismo é constante, principalmente na campanha.
  • Multiplayer de 64 jogadores realmente passa a sensação de estarmos numa grande guerra
  • 60 FPS em todas as plataformas, com eventuais quedas nos consoles, mas que não afetam a experiência no geral

Contras

  • Campanha divertida, mas muito curta. 
  • Edição Ultimate é absurdamente CARA. Nenhum jogo deveria custar R$489. Injustificável.
  • Nenhum suporte inicial para eSports. A EA anunciou que está trabalhando para adicionar novos modos em uma atualização futura no entanto.
Araúna Rodrigues
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