Ícone do siteÍcone do site vgBR

Análise – Castlevania: Lords of Shadow 2

E chega ao fim Lords of Shadow, saga criada pelo produtor David Cox para revitalizar a franquia Castlevania, que vinha tendo grande queda de interesse (entenda vendas) junto aos fãs.

Para contornar este problema, a Konami entregou a franquia nas mãos de Hideo Kojima e de David Cox e sua equipe na Mercury Steam. O resultado gerou um grande mix de sentimentos, indo de jogadores satisfeitos com as alterações no enredo à fãs decepcionados com a mudança para um mundo 3D, trilha sonora e gameplay ao estilo de games como Devil May Cry e God of War.

História

Castlevania: Lords of Shadow 2 começa 510 anos após o trágico evento que levou Gabriel Belmont à escuridão, resultando na transformação em Drácula. Durante todo este tempo, ele amaldiçoou Deus e seus seguidores pelo ocorrido com sua esposa Marie e seu filho, Trevor Belmont, morto em uma batalha demonstrada em Castlevania: Lords of Shadow – Mirror of Fate. Depois, temos um salto de + 500 anos, aonde encontramos um Drácula envelhecido, fraco e indefeso, que procura a morte para descansar de uma vez da maldição que a profecia lhe colocou.

O enredo não é nenhuma obra de arte mas mostra um cuidado especial que não foi visto até então na franquia Castlevania, onde todos os fatos apresentados em Lords of Shadow e Mirror of Fate são levados em conta para uma conclusão desta saga.

Gráficos

Uma das mudanças apresentadas em Castlevania: Lords of Shadow 2 é referente à engine gráfica e sua estabilidade. Podemos notar logo no início uma estabilidade obtida no framerate, sem as constantes e absurdas quedas da versão utilizada no primeiro Castlevania: Lords of Shadow.

Enquanto o game demonstra ambientes fantásticos em suas passagens pelo passado do castelo de Drácula, o ambiente urbano no futuro é simples e sem grandes destaques. A passagem do personagem pelo futuro é atrapalhada ainda por uma falha absurda na proporção de tamanho entre os personagens e elementos do cenário, como carros, portas e paredes.

Como isto passou em branco? Só a Mercury Steam para falar.

Música – Efeitos Sonoros

Enquanto o estilo antigo da franquia abusava maravilhosamente de canções rápidas e empolgantes, como Bloody Tears, Lords of Shadow opta por uma trilha sonora  diferente, as vezes até calma e que procura passar o ambiente e o ar épico do enredo.

[tube]https://www.youtube.com/watch?v=p1fJm57y9tQ[/tube]

Temos novamente a trilha sonora gira em torno do momento de Gabriel Belmont/Drácula. Enquanto a trilha de Castlevania: Lords of Shadow apresentava algo depressivo, tentando passar a queda do personagem na escuridão, Castlevania: Lords of Shadow 2 apresenta uma trilha forte e brutal, com um Gabriel já transformado em um Drácula disposta a acabar com toda a maldição da profecia.

A trilha sonora não decepciona mas não deverá ficar na lembrança dos fãs para futuros títulos da franquia.

Jogabilidade

O gameplay em Castlevania: Lords of Shadow 2 tem seus altos e baixos. Enquanto o sistema de batalha foi refinado, mantendo uma troca entre 3 sistemas de luta (Void, Chaos e Blood Whip), oferecendo um grande leque de opções para upgrade de combos, o game se perde quando muda bruscamente da liberdade oferecida nas batalha para algo travado e frustrante como as partes de furtividade, tanto com Gabriel na forma de Drácula como na, pasmem, forma de rato das sombras.

Tal furtividade não ofereceu cansaço quando testamos a demo de 75%, meses atrás, mas colocado a exaustão em situações demonstradas pelo avanço do enredo, das quais o personagem já não precisa mais se esconder, tal “novidade” se torna um ponto negativo no game.

O direcional digital fica agora para a escolha de itens de recuperação de life, magic, duplicação de experiência, identificação de itens escondidos e aumento ilimitado nos atributos da Void Sword, Chaos Claw e Blood Whip.

Finalizando

A proposta inicial de Castlevania: Lords of Shadow 2 era a de uma conclusão épica para uma saga que desperta amor e ódio dos fãs da franquia, mas por tentar misturar vários elementos no gameplay, acabou se perdendo e decepcionando os fãs. Muitos sentem a falta de Koji Igarashi na criação e produção dos títulos, mas David Cox foi essencial para mostrar que a franquia poderia (e deveria, para seu próprio bem) ter um novo rumo e também descansar aquela antiga formula batizada de “Igavania/Metroidvania”.

O principal fator que irá lhe prender ao game é o desenrolar do enredo e lhe deixará ainda na expectativa do lançamento de Castlevania: Lords of Shadow 2 – Revelations, DLC que irá mostrar o personagem Alucard se preparando para o retorno de seu pai no futuro.

Agora, ficamos na expectativa do que irá acontecer com a franquia.

Sair da versão mobile