Análise: Killzone Mercenary
Quando pensamos em um estilo que não se encaixa bem com portáteis, o FPS é disparado a opção escolhida pelos jogadores. A falta de um 2º analógico e botões causariam uma perca significativa na jogabilidade, o que afastava uma grande produção nos aparelhos “on the go”.
Tentativas de implementar o estilo no portátil foram feitas com a criação de games como Resistance: Burning Skies e Call of Duty: Black Ops Declassified, mas o resultado foi abaixo do esperado, deixando novamente no ar a pergunta se era possível um grande título FPS em portáteis.
Apresentado ao mundo junto a revelação do Playstation Vita em 2011, Killzone Mercenary apenas ganhou seu nome e identidade própria em Julho de 2012. Até então, jogadores e imprensa tratavam o título apenas como uma versão dos consoles de mesa que seria portada ou adaptada para o novo portátil da Sony.
E ai entra a equipe da Guerrilla Cambridge…
História
Killzone Mercenary começa logo após os eventos finais de Killzone e acontece por trás de toda a trama principal da trilogia, colocando você na pela do mercenário Arran Danner, que aceita contratos extremamente valiosos para fazer o trabalho sujo da ISA e até dos Helghast.
Quando a missão de evacuar a família do embaixador Vektan da cidade de Pirro falha, Danner começa a perceber que a futuro daquela guerra interminável depende do único sobrevivente: o filho do embaixador. Observando os esforços e dinheiro investido por ambos os lados para obter a posse definitiva do garoto, ele vai se perguntar se todos os pagamentos oferecidos realmente valem a pena.
Toda a trama do game se desenrola 9 missões principais, que podem ser vencidas com 6 ou 7 horas de jogatina, além de várias missões secundárias que aumentem o tempo de experiência com o game. Para quem gosta das disputas online, o multiplayer ranked está presente e oferece várias opções para a diversão e desafio aos fãs de FPS e da franquia Killzone.
Gráficos
No visual, Killzone Mercenary é um dos mais competentes da plataforma, junto a games como Uncharted: Golden Abyss e Assassin’s Creed III: Liberation, se utilizando de uma variante da engine de Killzone 3, do Playstation 3.
Não há truques, como neblina, para disfarçar locais vazios. A escala é altíssima e sempre com algo ( explosões, naves passando, sendo atacadas ou caindo ) acontecendo por perto.
Música – Efeitos Sonoros
Na parte de trilha sonora, o game não oferece nenhum desta, mantendo aquele mesmo ritmo utilizado nos outros games da franquia Killzone. Quando a ação começa, o som aumenta consideravelmente e tem uma aceleração e quando a mesma é concluída, temos o efeito contrário aplicado no som.
Killzone Mercenary está totalmente em PTBR, com uma dublagem de textos e vozes que leva você ouvir grandes palavrões com menos de 10 minutos de game. A impressão que tive do trabalho de dublagem é de que todo o trabalho foi gravado sem a visualização das cenas e um certo esmero, causando frases sem as motivações / emoções corretas as cenas em que são utilizadas.
Gameplay
Além de possibilitar pela 1º vez na franquia a utilização dos Helghast no game, Killzone Mercenary nos apresenta o sistema VAN-Guard, um tipo do touchpad / tablet preso ao braço de Danner, que possibilita a quebra da travas nas portas, resolução de puzzles, acesso a loja de armas e utilização de Drones. O VAN-Guard já apareceu anteriormente em vídeos de Killzone: Shadow Fall, para Playstation 4.
Os Drones auxiliam eletrocutando, disparando misseis, perfurando o crânio e incinerando os inimigos, tudo ao seu comando através da touch screen do Playstation Vita. Mas o jogador tem que ser cuidadoso com os Drones: além de ter uma energia limitada, que se renova com o tempo, os mesmos são alvos fáceis para os inimigos e podem ser destruídos caso não haja uma estratégia de ataque ao local.
Killzone Mercenary conta também com um sistema de status na carreira de mercenário, que vai evoluindo conforma objetivos do tipo ” mate 10 – 100 – 500 inimigos com tal arma ” ou ” termine tal contrato na dificuldade Hard ” são atingidos. Isto libera novos itens e munição para Danner quando for a loja.
Os jogadores com estilo furtivo serão privilegiados neste game, com recompensa na evolução do status de Danner e por evitar conflitos em massa. Para isto, Killzone Mercenary utiliza o touch screen do Playstation Vita, colocando setas na tela das quais você tem que seguir com o dedo para concluir as execuções.
Apagando a má impressão dos FPS no Playstation Vita
Killzone Mercenary demonstra que o Playstation Vita pode ter sim, grandes produções. O game não oferece um modo campanha longo como os outros games da franquia lançados para Playstation 2 e Playstation 3, mas os extras irão manter você ocupado por muito tempo.
Resistance: Burning Skies e Call of Duty: Black Ops Declassified eram apenas uma promessa de um bom FPS no portátil. Já Killzone Mercenary, pelo contrário, é uma realidade!
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