Anunciado pela Bandai Namco em Setembro de 2015, na conferência de imprensa da Sony Computer Entertainment Japan, One Piece: Burning Blood é o 1º fighting game com o selo One Piece, envolvendo Luffy e seus amigos para consoles de mesa.
É também, a 1º vez da franquia em consoles da Microsoft. Vamos detalhar pontos positivos e negativos do game e comentar sobre porque achamos que a Bandai Namco não deveria utilizar mais os serviços da Spike Chunsoft para versões fighting game de seus animes mais famosos.
Story Mode: Marineford e nada mais?
One Piece: Burning Blood oferece um story mode que gira em torno da saga de Marineford, precisamente na parte em que Luffy tenta salvar Portgas D. Ace de uma execução pelos Marines. E fica por aí.
Sim, todo o story mode do game tem seu foco nesta pequena parte de uma saga, apresentada sob o ponto de vista de 4 personagens diferentes.
Para prolongar a experiência com o game, é oferecido também modos extras, que na verdade, são mais divertidos (e menos estressantes) que o Story.
Batalha de Bandeiras Piratas
- Aqui o jogador monta sua trupe, escolhendo personagens principais, de auxilio e filiação ao determinado clã pirata, com o objetivo de conquistar novos territórios através de lutas 1×1 ou 3×3.
Online
- O tradicional modo de disputa online, com opções de batalhas 1×1 até 3×3.
Versus
- Outro mode que pode render muito mais que o Story Mode, colocando grandes desafios aos jogadores e os recompensando com valores especiais.
Apenas nestes modos que o jogador poderá conhecer stages fora da congelante Saga Marineford.
São eles:
- Dressrosa (Acacia Port Town)
- Dressrosa (Corrida Colosseum)
- Alabasta (Alubarna Palace)
- Skypiea (Shandora Ruins)
- Drum Kingdom
- Thousand Sunny
- Marineford (Marineford Bay)
- Marineford (Oris Plaza)
- Fishman Island
- Banaro Island
Gráfico
A engine gráfica utilizada aqui parece ser alguma evolução daquela utilizada em J-Stars Victory Vs+, com um pouco mais de vida (efeitos de rabisco / lápis interessantes) mas longe da qualidade e precisão apresentadas em Naruto Shippuden Ultimate Ninja Storm 4.
Uma mudança simples no estilo gráfico poderia ter colocado mais vida aos personagens e nos efeitos dos golpes nas batalhas.
Jogabilidade: O padrão Spike Chunsoft
O controle de One Piece: Burning Blood lembra (e muito) o layout utilizado pela própria Spike Chunsoft nos games da saga Tenkaichi de Dragon Ball Z, apresentando uma luta um pouco travada e sem muitas opções na hora da criação de combos.
Um ponto irritante no sistema de batalha é a janela de tempo aonde o adversário fica invencível. Mesmo não sendo uma obra de arte dos fighting games, isto quebra todo o ritmo da luta e ficando bem longe de outros baseados em anime, como as franquias Naruto Shippuden ou Dragon Ball Xenoverse (desenvolvidos pela CyberConnect2 e Dimps, respectivamente).
Se o jogador gostou do que foi apresentado em J-Stars Victory Vs+, não encontrará problemas aqui.
Trilha Sonora
A trilha sonora de One Piece: Burning Blood apresenta algumas das faixas criadas para o anime, com modificações suaves mas sem embalar tanto como as criadas para One Piece: Pirate Warriors 3.
É estranho que são raros os título baseado em anime, que utilizam a trilha original do mesmo, sem qualquer tipo de modificação (isto possivelmente acontece graças aos direitos autorais das mesmas com produtores, músicos e estúdios de gravação).
Na parte da dublagem dos personagens, temos apenas as vozes originais. Não há riscos de se assustar com vozes sem nenhuma conexão com o estilo dos Straw Hats.
Finalizando
One Piece: Burning Blood é uma experiência que será degustada por completo por fãs do mangá ou anime. Com um Story mode raso e quase inexistente, a salvação fica por conta dos modos extras, que irão render muito mais tempo de utilização e diversão aos fãs da franquia.
Esperamos que a Bandai Namco dispense os serviços da Spike Chunsoft e pense na utilização de outras desenvolvedoras competentes na área de games baseados em anime, como a CyberConnect2, Dimps ou Arc System Works.