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Análise – Walking Dead The Game (em progresso)

Tentarei algo novo para essa análise. Como o jogo é lançado de forma episódica, conforme vai lançando cada capítulo eu irei atualizando esse post. Para acompanhar essa análise em progresso favoritem o link, mas também farei um post novo que irá trazer de volta a essa página toda vez que ela for atualizada.

Sem mais interrupções, aqui está a análise de Walking Dead The Game!

 

A Telltale Games é famosa por fazer seus jogos em forma episódica, e o jogo do The Walking Dead, para Xbox Live Arcade, PSN e PC/Mac, não é diferente. Em Abril foi lançado o primeiro episódio e em Junho foi lançado o segundo. Cada um custa 400 Microsoft Points/ $5.

The Walking Dead: Episode 1 “A New Day” é um clássico point-and-click, onde você joga como Lee Everet, um homem que estava prestes a ser preso antes do apocalipse começar.  A caminho da prisão há uma sequência de eventos leva você a escapar, encontrar com outros sobreviventes que você deve conviver e trabalhar junto para sobreviver e virar o guardião de uma criança chamada de Clementine.
O ponto forte do jogo é a história, logo não darei spoilers. Você tem somente alguns segundos para fazer escolhas, sejam ela uma resposta para uma pergunta ou sequência de ação. A grande maioria de suas escolhas têm efeitos que não irão só afetar como a história vai correr nesse episódio, mas sim em todos os outros quatro também.
O foco, em termos de narrativa, desse episódio é o apocalipse zumbi em si e a sobrevivência do grupo, o que traz vários momentos de tensão. Recomendo a todos interessados tanto em qualquer coisa com zumbis, assim como os que gostam de uma história bem desenvolvida!

Agora falarei sobre o Episódio 2: “Starved for Help”. Como o nome já sugere, após os eventos do primeiro capítulo, os sobreviventes estão perigosamente perto de terminar com seu estoque de comida, tendo que racionar tudo que resta, causando discórdia dentro do grupo. Porém, quando tudo parecia perdido, os sobreviventes encontram uma fazenda, onde são recebidos por uma família que diz ter comida sobrando para eles. Infelizmente, nem tudo é o que parece…

Se o episódio 1 focava no apocalipse zumbi, o segundo foca no outro inimigo: o ser humano. Com isso é possível ver o que o homem é capaz de fazer em situações extremas. A narrativa toma alguns caminhos sombrios, com decisões difíceis, novamente influenciando de forma pesada no jeito que a história irá seguir. Não me surpreenderia se alguém jogasse o capítulo duas ou três vezes tentando decidir que caminho seria melhor escolher, esse é o peso moral e emocional que esse jogo tem, e isso só me deixa mais animado para o episódio 3: The Long Road Ahead!

Update: Episódio 3: Long Road Ahead jogado. Segue abaixo o que eu achei, tentando evitar o máximo de spoilers!

Quando eu vou jogar um jogo novo, principalmente quando a narrativa é algo importante, eu gosto de me sentir envolvido na história. Infelizmente nem sempre isso acontece, seja porque o enredo é fraco ou pelo fato do personagem tomar ações que eu não faria no lugar dele. Porém de vez em quando, as estrelas e planetas se alinham e algo mágico surge do mar de jogos. Esse algo é o episódio 3 de The Walking Dead, The Long Road Ahead! É evidente que eu tinha um envolvimento emocional grande com essa série de jogos já de início, mas nesse episódio, eu não era uma pessoa tomando as decisões para o protagonista… eu ERA o protagonista! Eu tomava minhas decisões rapidamente. as vezes não sendo a melhor, mas pela falta de tempo foi aquela que tive que tomar. As vezes eu ficava em choque com algo que acabou de acontecer, tinha que fazer uma decisão rápida, ainda abalado pelo evento, tudo enquanto um relógio vai contando o tempo restante que sobra para escolher uma resposta! Telltale merece um premio pelo trabalho quase perfeito desse episódio. Simplismente sensacional!

Long Road Ahead se passa pouco tempo depois de Starved for Help, onde os sobreviventes estão ainda no hotel, onde eles julgam ser seguro, enquanto mandam grupos para a cidade coletar alimentos e medicamentos para poder extender sua estadia em sua “fortaleza”. Infelizmente, nem tudo da certo para eles, tendo então que botar o pé na estrada, com o novo plano sendo tentar chegar em Savannah, pegar um barco e escapar do mundo zumbi pelo mar. Isso parece símples, mas o que acontece a partir do momento que o grupo está na estrada até a conclusão do capítulo é tudo menos isso. Todo momento que o jogador pode achar que não tem como a situação ficar pior, o jogo faz questão de quebrar essa expectativa, ainda fazendo você lidar com isso de forma imediata, sem dar chance de pensar no que aconteceu e tomar a decisão que talvez seja a melhor. O maior exemplo disso para mim foi no momento onde os sobreviventes tiveram que parar no meio da estrada para fazer concertos no carro, tendo uma briga que escala a um ponto que nunca esperei que chegasse naquele nível! Tragédias não são novidades nesse mundo, mas tantas delas em tão pouco tempo afetam todos nesse jogo, incluindo você. Mais de uma vez ja me achei perguntando se no fim das contas sairiamos vivo disso tudo e qual seria o preço a pagar? Telltale está de parabéns com a narrativa desse episódio, que me fez sentir algo que não sinto faz tempo quando estou jogando: medo do que está por vir.

Infelizmente, por mais que a narrativa seja ótima, o jogo falha em alguns aspectos técnicos. Animações são duras demais grande parte do tempo, pode haver alguns problemas de load dependendo da cena (texturas mal carregadas, bocas atrasadas em relação ao audio e demora para computar sua resposta) e os puzzles que são obrigatórios de resolver podem quebrar o ritmo da narrativa as vezes, especialmente se o jogador estiver perdido. Mas nada disso é motivo o suficiente para fazer você deixar de jogar esse jogo!

Digo com a maior certeza que a cada episódio que passa, o jogo de The Walking Dead da Telltale Games fica melhor! Long Road Ahead foi excelente e quero muito ver como eles vão se superar dessa vez, mas ainda assim tenho medo dos caminhos sombrios e curvas inesperadas que teremos que tomar para chegar até o fim da história!

UPDATE: Episódio 4: Around Every Corner jogado! Evitarei ao máximo spoilers nesta análise!

Confesso, eu tinha expectativas altas demais para o quarto episódio de The Walking Dead. Depois de todos os eventos que ocorreram em Long Road Ahead e sabendo que seria o penúltimo episódio, Around Every Corner na minha mente iria ser perfeito, lidando com os eventos do anterior e preparando tudo para o final ao mesmo tempo. De certa forma, isso acabou acontecendo, porém não da forma perfeita que esperava. Isso não quer dizer que o mais novo episódio é ruim. Só quer dizer que ele não é tão bom quanto seus antecessores, mas ainda merece a sua atenção!

Around Every Corner começa onde o anterior terminou, com os sobreviventes chegando na cidade de Savannah onde eles estão a procura de um barco para escapar do apocalipse zumbi. Esse é o objetivo geral do capítulo, porém os sobreviventes percorrem por vários cenários antes de fazer algum progresso. Alguns personagens novos são introduzidos, porém não ficam presentes por muito tempo (eles não necessáriamente morrem) e a voz do rádio é completamente abandonada até o fim do capítulo onde ela resurge, algo que me incomodou, ja que foi o grande gancho no desfecho do capítulo anterior.

Infelizmente o maior problema desse episódio é que ele não mantém um ritmo de narrativa constante, o que acaba causando vários momentos onde o jogo começa a ficar monótono. Existem momentos de tensão, como uma parte no esgoto, onde furtividade é necessário para sobreviver, ou até mesmo nos momentos onde a perspectiva muda para primeira pessoa e o jogador deve atirar nos zumbis na cabeça para se salvar de um ataque, porém a maioria deles acabam rápido demais e o que segue são calmarias longas. A excessão disso seria os momentos finais do jogo, onde a história começa a se preparar para o quinto e último episódio. Essa foi a parte mais divertida do jogo porquê foi a parte mais dramática!

Em aspectos técnicos o jogo continua sofrendo dos mesmos problemas que anteriormente, com animações duras e problemas com carregamento de texturas, porém como ja disse anteriormente, a qualidade do jogo está na narrativa e, por mais que nesse episódio ela não seja tão forte, compensa as falhas visuais.

De forma geral, Around Every Corner manteve o padrão de qualidade que esperamos dos episódios de The Walking Dead, com um enredo bom e algo para nos deixar ansioso para o próximo capítulo! Problemas de ritmo infelizmente fazem com que esse capítulo não seja tão bom, porém para os que ja chegaram até esse ponto na história, não acredito que seja isso que irá fazer você abandonar a série! Se você está indo jogar o jogo pela primeira vez nesse capítulo, pare agora e compre todos os anteriores também!

Agora é só aguardar para o grande finale no próximo episódio: No Time Left!

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