Análise – Warhammer: The End of Times Vermintide

12, out 2016

Análise – Warhammer: The End of Times Vermintide

Left 4 Dead Medieval com magos e guerreiros

Vermintide, tem ótima ação cooperativa, bons gráficos e um ritmo intenso. Peca por não ter localização para PT-BR e não ter servidores locais, mas se você gostou de Left 4 Dead vale a compra.

Warhammer The End of Times Vermintide, da desenvolvedora Fatshark, lançado inicialmente para PC em 2015 finalmente chega para os consoles em 2016. O jogo recebeu críticas positivas após seu lancamento nos PCs, vendendo cerca de 300.000 cópias. Vamos ver então como ficaram as versões de consoles?

Ambientado no universo de Warhammer, o jogo de tiro em primeira pessoa com estrutura semelhante ao aclamado Left 4 Dead da Valve, coloca os jogadores uma caótica aventura na cidade de Ubersreik para lutar contra a invasão dos Skaven, um povo mutante de ratos que tenta invadir o reino humano e conquistar o mundo, a começar pela cidade de Ubersreik. Existem vários tipos de Skaven no jogo. O tipo mais comum pode ser facilmente morto, mas muitas vezes eles vêm com um número vasto para sobrecarregar os jogadores. Os mais de elite incluem Skaven que são protegidos com armadura pesada e outros que estão equipados com bombas tóxicas.

A atmosfera em Ubersreik é fenomenal. É um ambiente pesado, que cobre toda a cidade como uma intensa escuridão. A arquitetura gótica e a ausência de fontes de iluminação de qualidade, com exceção de algumas tochas e pequenos fogos, são perfeitos para a criação deste ambiente opressivo.

Os edifícios e os túneis subterrâneos que os inimigos escavaram estão preenchidos com corredores e antecâmaras. Existe muito para descobrir e colecionar pelo caminho, mas as forças inimigas tendem a pressionar os jogadores a seguirem para objetivo.

As missões estao separadas em Prologo, Act I, Act II e Act III com 4 missões e 3 missões separadas. Ao todo são 16 missões no modo Aventura e também temos o modo Last Stand, onde os jogadores encaram ondas de inimigos, o bom e velho estilo Horda.

Os jogadores podem escolher entre 5 heróis: Witch Hunter, que conta inicialmente com armas como Rapier ou espada de duas mãos e pistolas, Waywatcher, usando duas adagas e arco e flechas, Dwarf Ranger, um anão com uma besta, machado e escudo, Bright Wizard, uma maga que usa seu cajado para lancar poderosas magias de fogo e incinerar seus inimigos e o Empire Soldier, usando também espada de duas mãos ou espada, escudo e um rifle. As armas de fogo neste jogo são bem medievais mas causam um estrago bom, sendo melhor usá-las em situaõeses mais extremas pois não há muita munição.

Ao final de cada missão os jogadores rolam dados para determinar as recompensas e serão premiados com armas, itens e expêriencia.

A base de operações será o Red Moon Inn onde os jogadores podem formar grupo, escolher missões, organizar o inventário, recarregar munições e construir ou melhorar armas. Depois só têm de partir para o campo de batalha, seja como host de um jogo, ou juntando a um grupo formado.

As tropas Skaven são formadas por vários tipos de unidades, que juntas formam um adversário de respeito. A variedade do tipo de oponentes que vão enfrentar implica um reajustamento constante das táticas, e uma jogabilidade dinâmica. Os jogadores terão de variar entre combates de curto alcance e ataques à distância, e serão por vezes apanhados de surpresa, com várias emboscadas dos Skaven.

Prestar atenção aos sons ajuda, já que cada tipo de Skaven emite um som específico, que pode ajudar a identificar o inimigo rapidamente. A banda sonora também merece uma menção honrosa, perfeita para o tipo de ambiente opressivo que o jogo impõe

Um dos elementos mais impressionantes da jogabilidade são aos personagens jogáveis e as suas várias características distintas. Cada herói tem o seu próprio estilo visual e armas especialmente desenhadas para si. Ao início não terão acesso a todas elas, mas você vai recebê-las conforme for subindo de nível. Com todos os melhoramentos disponíveis existem mais de 8000 variações de armas no jogo.

O gameplay do jogo, sistema de progressão, visuais e do mapa estao bem legais, mas problemas de balanceamento e questões ocasionalmente técnicas, como falhas de conexão, por exemplo, existem e frustram um pouco, prejudicando a experiência.

O multiplayer se baseia em um host, um jogador que cria a partida e se este sair, a sessão cai e todos voltam para o taverna. Outro ponto negativo que acontece com certa frequência: ao concluir a missão, antes da tela para jogar os dados e ver sua recompensa e XP recebido, ocorre um erro de conexão com o servidor e volta para o menu inicial do jogo, deixando você sem recompensa e sem XP.

O principal problema para os jogadores brasileiros é que o jogo não tem suporte algum de localização. Além disso a falta de servidores locais prejudica a jogabilidade já que a ação requer comunicação entre os jogadores para um bom desempenho nas partidas. Em jogadas solo, a IA não deixa a desejar e acaba sendo até melhor que algumas experiências online com jogadores “avulsos”.

Os controles respondem muito bem, mas reparamos que por vezes é fácil ficar preso em objetos menores, que deveriam ser facilmente evitados. Exemplo: quando estamos sendo perseguidos por uma horda de ratos e ficamos presos entre duas colunas que deveriam ser fáceis de ultrapassar.

Nem tudo é perfeito em Vermintide, mas o jogo tem seus méritos. A ação é muito boa e adorei a sensação de correr através de edifícios sombrios e túneis subterrâneos enquanto sou perseguido pelos Skaven. O jogo tem um ritmo intenso e durante as várias horas que passei na cidade de Ubersreik, não fiquei entendiado, sempre querendo jogar “só mais uma vez”“ e acabava sendo mais umas 3, 4 missões.