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Call of Duty: Black Ops Cold War

Mais um ano chega ao fim e como é de costume, mais um Call of Duty chega ao mercado também. No ano passado a Infinty Ward fez um ótimo trabalho com a volta de Modern Warfare, um game que surpreendeu a todos com uma boa campanha, um multiplayer divertido e o grande lançamento do modo Warzone. 

Mas será que Call of Duty: Black Ops – Cold War consegue ser tão bom quanto esse último? Temos que admitir que a subsérie Black Ops é uma das mais queridas e amadas pelos fãs, e será que esse novo título faz jus ao carinho dos jogadores? Você saberá nessa análise! 

    Campanha 

Algumas pessoas estão sendo mantidas como reféns, algo que está interferindo diretamente aos Estado Unidos, e quem são os culpados? Arash Kadivar e Qasim Javadi. E é aí que dois velhos conhecidos da franquia, Mason e Woods, juntos de um tal de Adler são enviados para capturar os alvos e salvar as vítimas. A missão é bem sucedida, porém algo ainda mais desesperador está acontecendo. 

Há rumores de que Perseus, um velho inimigo dos EUA e membro da União Soviética está de volta à ativa e planeja um ataque terrorista por toda a Europa, para ameaçar o equilíbrio mundial de poder. É claro que isso não pode acontecer e o presidente americano ordena que Adler lidere uma equipe para capturar Perseus e prevenir que uma catástrofe gigantesca aconteça. 

Você quer ação? Então terá ação!

E é aí que você entra. Logo no início do game, você deverá preencher um formulário com algumas informações para ir moldando o seu perfil, isso enquanto escolhe atributos que vão influenciar diretamente no seu personagem, como o perfil psicológico por exemplo. Sua missão então é ajudar Adler e seus companheiros a impedir que esse atentado ocorra. 

Eu sei que as campanhas dos games da série não são o ponto principal, mas mesmo assim muita gente (inclusive eu) adora conhecer essas histórias que quase nunca nos decepcionam, e aqui não é diferente. Logo ao começar o game você perceberá que a trama é uma mistura de várias coisas: política, investigação, traição e guerra é claro, porém não pense que por ter muitos elementos ela fica uma bagunça, pois não é isso que acontece. 

O roteiro do game foi muito bem escrito, com acontecimentos que deixam o jogador em choque e ansioso pela próxima missão para saber como que será o desenrolar da história. Conforme vamos progredindo podemos até ficar com algumas pulgas atrás da orelha, porém tudo vai sendo explicado conforme o tempo.  

A construção de personagens também foi muito bem feita. Adler é aquele cara meio misterioso mas que o jogador consegue pegar afeto, já Mason e Woods que voltam aqui também tem suas próprias características, com o primeiro sendo mais desconfiado das coisas e o segundo… bom, Woods é aquele cara que se estressa com qualquer coisa e que rende certos momentos bem engraçados. 

Pensa num roteiro bom!

Algo muito legal nesse modo é a possibilidade de fazer diferentes escolhas que trarão consequências na nossa jornada. Dependendo do que escolhermos, certos personagens podem ou não chegar vivos no fim e até mesmo missões podem ser diferentes, algo que traz um bom fator replay, já que podemos repetir algumas fases e optar por outras decisões. 

Mas algo muito interessante e que foi uma ótima adição ao game foram as investigações que podemos fazer em certas missões, e não pense que é algo fácil pois não é, e para conseguirmos decifrar os enigmas temos que coletar evidências em outras fases, trazendo assim até mesmo um toque de exploração ao game. Devo dizer que gostei bastante disso por dar uma diferenciada na gameplay, nos obrigando a pensar um pouco. 

Porém nem tudo são flores e consegui perceber alguns problemas nesse modo. As cutscenes não foram bem otimizadas e apresentam vários bugs gráficos horrendos e até mesmo quedas de frames, pois é. Várias e várias vezes os diálogos acabavam mas as cutscenes ainda estavam rodando, pois não paravam de travar. A duração da campanha mais uma vez é bem curta, podendo ser terminada facilmente em umas cinco horas ou até menos. 

Tem alguns problemas, mas é bom!

    Multiplayer 

Esse aqui sim é o verdadeiro chamariz dos games da série e o modo que faz com que muita gente compre cada um. Me lembro que fiquei meses jogando o modo do Black Ops II e eu simplesmente não conseguia enjoar, com ótimos mapas e um matchmaking muito bom. 

E o multiplayer de Call of Duty: Black Ops – Cold War também conta com ótimos modos de jogo e que os jogadores já estão familiarizados, que vão desde o tradicional “mata-mata em equipe”, que todo mundo joga e gosta, até “localizar e destruir”, que também garante boas e boas horas de diversão. 

Não há uma grande inovação nos modos desse game, isso é fato, mas mesmo assim os que estão presentes já são clássicos e muito divertidos. E caso você queira variar entre os modos para não ficar sempre no mesmo, não precisa se preocupar pois Cold War tem sim uma boa quantidade.  

Os mapas também foram muito bem trabalhados e cada um difere bem dos outros, trazendo aquela sensação de realmente estar jogando em um outro cenário. Nós podemos jogar indo de Miami a Moscou, com cada um tendo ótimos detalhes e boas construções.

O multiplayer continua muito divertido.

Algo que muitos fãs estavam criticando em alguns dos últimos games era o rumo que a jogabilidade estava tomando, indo para um lado muito mais futurista e diferente, mas não se preocupe pois aqui a gameplay está bem pé no chão, até pelo fato do game se passar na Guerra Fria. Outra coisa muito legal é a possibilidade de controlarmos veículos em alguns modos do multiplayer, o que torna a jogatina muito mais frenética.

A clássica personalização de armas também está disponível aqui no game. Você a libera ao chegar no nível 4 e devo dizer que ela não deixa a desejar, já que temos um bom arsenal a nossa disposição e cada um pode jogar com o armamento que preferir, algo muito bom e que se adapta para cada jogador. 

Mas algo que me incomodou um pouco foi o matchmaking, que deixa a desejar. Logo que joguei minha primeira partida já percebi que era desbalanceado, pois meu time continha pessoas com níveis baixos, enquanto na equipe inimiga os jogadores já estavam em níveis bem mais elevados, deixando assim a partida bem injusta.

    Zombies 

Algo estranho está acontecendo. Há fitas mostrando que alguns soldados alemães estão virando supostos monstros canibais (que todos nós sabemos que são os tão famosos zumbis). Então a CIA manda uma equipe para investigar o que está acontecendo, e o que supostamente seria esse tipo de aberração. 

Devo dizer que o Modo Zombies é um dos que eu mais joguei pelos games da subsérie Black Ops. Poder acompanhar essas pequenas histórias enquanto joga acompanhado ou até mesmo a só é algo muito divertido e que sempre me trouxe boas e boas horas de diversão nos outros games, e aqui não é diferente. 

Matar essas aberrações enquanto avançamos pelos diferentes cenários continua muito divertido neste game, já que temos mais uma vez um novo cenário chamado Die Machine, que é muito bom e nos lembra até mesmo o mapa Último Reich, de Call of Duty: World War II. 

Matar zumbis está mais divertido do que nunca!

Conforme você vai progredindo pelas diferentes ondas do modo, os zumbis vão ficando cada vez mais fortes e resistentes, tornando a jogatina mais desafiadora. Porém os perks também estão presentes nesse game para tornar a progressão mais fácil e até mesmo mais divertida. Para adquirir esses perks basta encontrar espécies de “máquinas de vendas” e comprá-los com os pontos que você consegue ao derrotar os zumbis e consertar barricadas. 

Esse game também marca a volta de Dead Ops Arcade, que estava sumido desde Black Ops III. Esse modo é basicamente o Zombies porém com uma câmera isométrica e com muito mais zoeira! Aqui você deve derrotar mais mortos-vivos enquanto vai atrás da Mamãe Gorila para recuperar algo muito especial para você. Sem sombra de dúvidas é um modo com diversão garantida. 

Contudo presenciei um problema que me deixou bem descontente com o Modo Zombies. Ao tentar entrar em uma partida com um outro jogador em tela dividida, o game exibiu uma mensagem dizendo que eu deveria expulsar o segundo player para assim conseguir iniciar a partida, algo que não faz sentido já que o próprio jogo lhe guia para jogar em split-screen.

Esse problema da tela dividida é um pecado.

    Mas e os outros aspectos? 

É claro que temos que abordar os outros aspectos do game também, não é mesmo? A jogabilidade de Call of Duty: Black Ops – Cold War é magnífica, mas já era de se esperar por isso, pois os games da saga já são conhecidos por seus ótimos controles e pelas suas ótimas câmeras em primeira pessoa.  

Os gráficos também estão muito bonitos. Passar pelos diferentes cenários do Modo Campanha ou então pelos mapas do Multiplayer é algo fenomenal, pois todos estão recheados de detalhes e muito realismo, nos passando a sensação de realmente estar ali naquele lugar e naquela guerra. Se você estiver jogando em um console de próxima geração ficará ainda mais surpreso com tudo, pois as sombras e os acabamentos estão ainda mais bonitos.  

A trilha sonora é outro ponto forte do game. Durante vários momentos da campanha podemos ouvir músicas que realmente nos remetem aquela época, por terem um toque mais retrô nelas. E quando as músicas partem mais pro lado da tensão da guerra, elas não decepcionam, sendo muito boas e nos passando uma sensação de algo maior. 

Cold War não deixa a desejar em seus outros aspectos.

    Vale a pena? 

Call of Duty: Black Ops – Cold War é mais um grande título para a franquia. A sua campanha foi muito bem escrita, com momentos de tirar o fôlego e várias reviravoltas. O seu multiplayer também está super divertido, com ótimos mapas e bons modos. Já o Zombies continua excepcional, e sair matando mortos-vivos está mais divertido do que nunca. É claro que o game possui alguns problemas bem perceptíveis, mas mesmo assim trará boas horas de jogatina com muita ação e adrenalina.

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