7 anos se passaram desde a última versão de Dissidia (Dissidia Duocecim para PSP) e agora os fãs têm motivos de sobra para comemorar pois a pancadaria voltou e voltou em grande estilo.
Dissidia Final Fantasy NT (de New Tale, mas sem confirmação oficial até o presente momento) será lançado para PlayStation 4 em 2018, e foi desenvolvido pelo Team Ninja em parceria com a Square-Enix.
Com esse beta a Square-Enix pretende polir o jogo ao máximo para entregar a experiência definitiva. Depois de incontáveis horas, posso dizer que, como um fã tanto da série Final Fantasy quanto Dissidia, NT está absolutamente incrível e conto os segundos para colocar minhas mãos na versão final.
GRÁFICOS
Falando um pouco da parte gráfica agora, se no PSP já era um jogo bonito vocês não tem ideia de como está essa versão. Os cenários são enormes e extremamente detalhados, acontece muita coisa nas lutas que mudam toda a forma dos estágios e tudo é de encher os olhos. Não existe uma arena mais ou menos, porém algumas se destacam como Alexandria de Final Fantasy XI(espere até aparecer Alexander…) e Besaid Island de Final Fantasy X com suas praias paradisíacas.
Os personagens agora contam com uma contagem poligonal bem alta, realçando os detalhes de suas vestimentas e feições, é especialmente bacana ver o elenco de jogos mais antigos da série com todo esse cuidado. As Summons também estão presentes e como de praxe deixam aquela presença toda especial no campo de batalha. O mais incrível disso tudo é que o jogo roda a 60 quadros por segundo mesmo com até 6 personagens ao mesmo tempo, as summons em ação e demais efeitos de luz/partículas incidindo em tudo. Realmente o motor gráfico que usaram aqui é poderoso.
Mas como nem tudo é perfeito, ainda existe serrilhados bem aparentes e algumas quedas de velocidade em situações bem específicas, contudo a versão ainda é o beta e esses gargalos ainda podem ser corrigidos.
SOM
A trilha sonora teve uma mudança bem grande em relação aos outros jogos da série Dissidia. Aqui contamos com arranjos das músicas clássicas em versões bem diferentes, com uma pegada mais techno, house e dubstep. Sim, eletrônico, é isso mesmo que vocês leram. Algumas faixas ficaram boas, porém infelizmente músicas como The Extreme de Final Fantasy VIII parecem até um remix (ruim) de fãs.
Dá para entender perfeitamente que não seria interessante simplesmente colocar as músicas originais ou os remixes dos outros Dissidias aqui pois iria parecer um trabalho preguiçoso, mas fugir tanto do material fonte é de certa forma decepcionante. O pouco que ouvi da dublagem (em inglês) em NT é passável, sem destaque.
Já os efeitos sonoros são excelentes e acaba se destacando com os barulhos produzidos pelas Summons. Bahamut em especial quando solta seu já tradicional Mega Flare consegue deixar todo mundo surdo, no bom sentido.
GAMEPLAY
Claro que o gameplay que teve sua mudança mais significativa, se tratando de um jogo de luta em uma arena totalmente 3D em times de 3×3. É necessário um bom trabalho em equipe pois não são raros os momentos onde 2 inimigos vem em sua direção, e isso coloca os jogadores em situações onde um piscar de olhos pode significar a morte.
Por padrão começamos o combate já com um adversário em foco, com auxílio de uma linha azul (parecida com a de Final Fantasy XII), podendo trocar de alvo a qualquer momento. Tem horas que aparece um cristal em um lugar aleatório no meio da arena e ele serve como uma espécie de Mana para invocar uma Summon. Nessas horas precisamos ficar atentos para correr até lá e destruí-lo antes que alguém o faça.
Na parte básica do combate não tivemos uma mudança muito grande em relação aos demais, com o botão X para os golpes que enchem a barra de Bravery que quando estiver brilhando consegue matar um oponente. Basta se aproximar e apertar o botão [] para desferir o HP Attack que desfere dano definitivo. Os personagens são bem variados, alguns mais focados em proximidade como Cloud Strife de Final Fantasy VII já outros foram criados para usar à distância como a novata Y’Shtola de Final Fantasy XIV ou Terra de Final Fantasy VI.
Seja qual for sua preferência, com certeza encontrará seu personagem favorito para a missão de proteger o balanço do Cosmo. Joguei bastante com todos e gostei muito de Squall Leonhart de Final Fantasy XII por possuir excelentes ataques rápidos e um HP Attack que funciona até com uma certa distância.
Deu para ver que acertaram em cheio com NT, mas o netcode ainda é muito precário. Consegui jogar umas 3 vezes contra jogadores de verdade e a luta era um festival de lag. Hoje em dia um jogo de luta precisa ter um bom modo online e precisam arrumar isso de qualquer jeito para a versão final.
POUCOS PROBLEMAS, MUITO POTENCIAL
Dissidia Final Fantasy NT é uma das grandes promessas de 2018. Eu não consegui parar de jogar e se conseguirem arrumar os defeitos citados acima, com certeza teremos um dos melhores jogos do ano.
Tenho expectativa quanto aos modos RPG que sempre foram presentes na série e a história, que evidentemente não esteve presente nesse beta.
Pontos Positivos
- Gráficos lindos e com boa performance
- Efeitos sonoros dignos de jogos da Square-Enix
- Controle excelente e uma boa variedade de personagens
Pontos Negativos
- A trilha sonora deixou um pouco a desejar
- Muito lag nas lutas online
- Alguns personagens são consideravelmente mais fracos que os outros