Desenvolvido pela Idea Factory para o Nintendo Switch, Moero Chronicle Hyper é essencialmente um dungeon-crawler RPG, com umas pitadas de simulador de encontro. Acho engraçado a reação das pessoas quando descrevo o jogo em questão para elas e no fim não tive como fugir muito dessa definição.
Se eu consegui manter seu interesse com essa breve explicação da loucura que é esse jogo, garanto que vai valer a pena continuar lendo a análise de Moero Chronicle Hyper. Jogo que por sinal, é bem safadinho.
MONSTOPIA
Nessa aventura nós somos um jovem chamado Io que tem dificuldades enormes em conversar com mulheres. Depois de uma série de eventos sem explicação Io aparece num mundo chamado Monstopia e acaba ficando encarregado de uma missão que vai mudar sua vida.
Basicamente Io descobre que as Monster Girls que vivem em Monstopia ficaram doidas da pedra e cabe a ele resolver esse lance. Por sorte acaba conhecendo uma Monster Girl(acostume-se com esse termo) chamada Lilia que fica ao lado de Io, tornando-se sua best friend.
Como Io não serve pra nada, nós inicialmente dependemos de Lilia para lutar e assim a dupla decide se aventurar por esse novo mundo. O resto da história do jogo é um monte de piadas pervertidas e diálogos sem noção, ainda mais considerando que posteriormente entra um personagem que parece uma foca que tem por objetivo conseguir todas as calcinhas das Monster Girls, você não leu errado.
GIRLS ONLY
Você gosta de explorar calabouços enormes com diversas armadilhas e desafios? Se sim, tem chances reais de acabar curtindo esse jogo. Eu sou fã da série Etrian Odyssey e Moero Chronicle Hyper bebe bastante da fonte dele e de outros clássicos como Shining in the Holy Ark/Shining in the Darkness, especialmente na parte de exploração, porém adiciona elementos interessantes na parte do combate.
A equipe pode ser formada de até 5 Monster Girls e Io funciona como uma espécie de suporte, podendo melhorar os atributos das meninas ou até mesmo usar itens. Durante as lutas propriamente ditas nós podemos atacar com golpes variados e o interessante é sempre focar em andar com um grupo equilibrado, pois dá pra morrer com uma certa facilidade apesar da dificuldade do jogo ser baixa.
O jogo tem um esquema de recrutamento meio estilo Shin Megami Tensei onde podemos recrutar 50 Monster Girls para nosso time, sendo Lilia a primeira. Quando encontramos uma Monster Girl nos calabouços, inicia uma luta e ela funciona inicialmente como um combate qualquer, com a pequena diferença que vão existir diferentes alvos para serem atingidos e conforme vamos desferindo ataques, esses alvos, que são partes das roupas delas, vão sendo destruídos.
Depois de literalmente rasgar 90% da roupa delas, o jogo entra num modo onde devemos tocar nas meninas diretamente na tela com movimentos esquisitos para encher uma barra de “empolgação”(eita!) e conseguindo encher a tal barra, ela volta à si e entra para a equipe.
Claro que eu dei uma explicação simplificada do sistema, o tutorial de Moero Chronicle Hyper é bem mais detalhado e normalmente tenta dar um sentido para o que está acontecendo. Não é exagero falar que é um dos jogos mais sexualizados que já vi na vida, mas para quem gosta desse tipo de material é um prato cheio.
Lembra no começo da análise que falei que o jogo também tem elementos de simulador de encontros? Então, cada Monster Girl que recrutamos pode lutar, mas também podemos conversar com elas, dar presentes e dar uma “esfregada”(literalmente), com isso melhorando seu lado íntimo com a menina escolhida. Nessa parte os diálogos são hilários e bem mais interessantes que os do jogo em si.
Algo legal de ir melhorando a intimidade (haha) com elas fica por conta das diversas roupas que são desbloqueadas conforme a evolução. As roupas não servem apenas para brincar de barbie, mas proporcionam atributos e ataques diferentes. Apesar de ter um fanservice absurdo, o jogo tem sistemas bem profundos(sem malícia) e se torna divertido ficar recrutando as Monster Girls para explorar tudo que o jogo pode oferecer.
MOE MOE
Moero Chronicle Hyper é um jogo com visuais mega simples, entretanto bem charmosos. Durante as lutas lembra bastante um antigo jogo de Dreamcast chamado El Dorado Gate e nos calabouços encontramos algo semelhante ao já mencionado Etrian Odyssey. Falando assim até parece que o jogo é uma mistura de bolo, nada disso.
As artes são bem bonitas, cada uma das Monster Girls que encontrei possuem uma arte bacana, claro que todas seguem um estilo Moe que nem todo mundo gosta. Moe é uma gíria japonesa que remete a personagens femininas fofas e adoráveis, explicando até o próprio nome do jogo.
Em matéria de som contamos com uma dublagem somente em japonês, excelente por sinal e uma trilha sonora bem genérica, só não posso perder a oportunidade de destacar a música dos menus do jogo, que é mega fofinha e grudenta.
HYPER?
Moero Chronicle Hyper para o Nintendo Switch é um jogo feito para um nicho bem específico, e digo que esse nicho com certeza vai curtir o trabalho feito aqui. Eu me diverti muito explorando os calabouços e dando risadas com as conversas com as Monster Girls, quem sabe você também não dá uma chance e acaba dando uma paradinha em Mostopia?
Pros
- Sistema de colecionar Monster Girls é bem divertido
- Exploração dos calabouços é mega rápido, ainda mais com uso do auto-walk
- Arte bonita nas personagens
Cons
- História principal é bem fraca
- Músicas genéricas
- A produção podia ter tido um orçamento maior