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10, jun 2025
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Um Clássico Ainda Mais Afiado em 2025

Onimusha 2: Samurai’s Destiny é mais do que uma simples repaginada — é uma reconstrução cuidadosa que respeita o legado do original, mas remove suas arestas para que ele brilhe sob a luz da tecnologia atual.

Aqueles que conheceram Jubei em 2002(como eu) vão se surpreender com o carinho técnico dedicado a este relançamento. Para quem nunca tocou em um jogo da série, esta é a porta de entrada ideal para um universo que mistura ação samurai, mitologia demoníaca e tensão cinematográfica.

Onimusha 2: Samurai’s Destiny – O que mudou em 2025?

Onimusha 2: Samurai’s Destiny, lançado originalmente em 2002 para o PlayStation 2, retorna em 2025 com uma remasterização que não se limita ao básico. A Capcom não apenas poliu os gráficos e controles — ela implementou uma série de melhorias técnicas, ajustes de jogabilidade e recursos modernos que tornam esta versão a mais acessível e refinada até hoje.

Visual: Mais que um simples aumento de resolução

A remasterização apresenta gráficos otimizados com inteligência artificial, que melhoram as cutscenes pré-renderizadas e os cenários 2D, sem perder o charme da direção de arte original. A Capcom removeu o efeito de desfoque presente na versão de PS2, o que resulta em uma imagem mais nítida e com contraste aprimorado.

Jubei está de volta!

Além disso, os modelos de personagens receberam texturas melhoradas, e os fundos foram upscaleados com alta precisão, evitando o contraste visual entre personagens e cenários que ocorre quando se aumenta a resolução de forma genérica. A interface de usuário também foi refeita em HD, mantendo legibilidade e fidelidade ao estilo original.

Mesmo com cenários pré-renderizados, o jogo continua muito lindo.

Você pode jogar no formato widescreen 16:9 com zoom e pan automáticos (sem esticar a interface), ou optar pelo modo 4:3 original. As cutscenes e FMVs agora preenchem a tela inteira com leve crop (quase imperceptível), e as legendas foram centralizadas — uma correção bem-vinda em relação ao layout desalinhado da versão clássica.

Trilha sonora e som: Clareza e imersão renovadas

A trilha sonora original, composta por Taro Iwashiro, foi preservada e descomprimida, agora com qualidade de CD, trazendo instrumentos tradicionais japoneses com mais impacto. Os efeitos sonoros foram remasterizados e reequilibrados, tanto nas batalhas quanto nas cenas dramáticas.

Critical Hit!

A dublagem original japonesa foi mantida, mas a narração em inglês foi regravada por um falante nativo (Chris Nelson), dando mais naturalidade ao inglês falado. Pela primeira vez, o jogo conta com dual audio, permitindo que o jogador escolha entre os dois idiomas desde o menu.

Jogabilidade: fluidez, precisão e escolhas

A remasterização oferece duas formas de controlar Jubei: o clássico controle tipo “tank” no D-Pad, e um novo controle analógico com movimentação livre no analógico esquerdo — algo que muda completamente o ritmo dos combates.

Agora é possível:

  • Trocar de armas em tempo real, tanto armas corpo a corpo quanto de longo alcance
  • Transformar-se manualmente em Onimusha, ao invés de ser automático com cinco almas roxas
  • Usar botões separados para mirar (R1) e carregar ataques (R2), o que resolve o problema da sensibilidade de pressão em controles modernos
  • Trocar de alvo de lock-on com o analógico direito

Essas mudanças tornam o jogo muito mais ágil, especialmente durante combates intensos com múltiplos inimigos. O sistema de batalha continua baseado em armas elementares, mas agora com comandos muito mais intuitivos e modernos.

Dificuldade e balanceamento: desafio sob medida

A Capcom aproveitou a remasterização para ajustar o balanceamento em partes específicas — incluindo o segundo duelo contra Gogandantess, explicitamente mencionado pelo diretor como reequilibrado.

A novidade mais brutal, porém, é o modo Hell, onde o jogador morre com apenas um golpe. Inspirado nos modos “Hell and Hell” da franquia Devil May Cry, ele é voltado para os “Pronimusha” — jogadores hardcore que querem testar reflexos e precisão ao limite.

Essa é uma das “magias” mais satisfatórias do jogo.

Além disso, o jogo agora possui auto-save e oferece a opção de carregar diretamente o último save ao morrer, reduzindo a frustração de recomeçar longos trechos.

Narrativa e fidelidade: retradução e novos recursos

O enredo continua o mesmo — uma saga de vingança ambientada na era Sengoku, com Jubei Yagyu enfrentando o ressuscitado Nobunaga Oda. O sistema de afinidade com aliados, que influencia armas e diálogos, permanece intacto.

Que tal o momento nostalgia?

No entanto, o texto foi revisado e reescrito em inglês, com maior naturalidade e precisão na tradução de itens, documentos e menus. Também foram adicionadas mais opções de idiomas no texto, tornando o jogo mais acessível internacionalmente.

Conteúdo extra: mimos para fãs veteranos

A galeria de artes foi ampliada, agora com novas ilustrações nunca antes vistas, em alta resolução. Além disso:

  • Se você tiver save data de Onimusha: Warlords, desbloqueia uma roupa do Samanosuke para Jubei
  • Foram adicionadas duas novas skins (reskins das roupas especiais de Jubei e Oyu)
  • A trilha sonora pode ser ouvida integralmente dentro da galeria

Embora não haja novos capítulos ou áreas, a riqueza de conteúdo desbloqueável e ajustes finos mostra que o foco aqui é qualidade, não quantidade.

Performance e compatibilidade: polido e responsivo

O jogo roda em 1080p e 60fps travados em todas as plataformas (PS4, PS5, Xbox e PC), com carregamentos muito mais rápidos e melhorias gerais de estabilidade. Mesmo em momentos de ação intensa, como invasões de múltiplos inimigos ou chefes usando magias, o desempenho permanece sólido


VEREDITO

Onimusha 2: Samurai’s Destiny é mais do que uma simples repaginada — é uma reconstrução cuidadosa que respeita o legado do original, mas remove suas arestas para que ele brilhe sob a luz da tecnologia atual.

Aqueles que conheceram Jubei em 2002(como eu) vão se surpreender com o carinho técnico dedicado a este relançamento. Para quem nunca tocou em um jogo da série, esta é a porta de entrada ideal para um universo que mistura ação samurai, mitologia demoníaca e tensão cinematográfica.

David Signorelli

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