Análises

Resident Evil 7: Biohazard – Análise

Bem vindo ao lar Resident Evil
O retorno da franquia as raízes. Toda desconfiança com a produção evaporou após alguns minutos mergulhados no clima da casa da família Baker. A sensação foi a de estar redescobrindo a franquia.

Devo começar confessando que estava incrivelmente desanimado com as escolhas feitas pela Capcom para Resident Evil 7: Biohazard (ainda estou um pouco pelo estilo de visão…mas é algo que você se adapta com o tempo). Aquela revelação na conferência de imprensa da Sony na E3 2016, sem muitas informações e com um foco (bem forçado) no PlayStation VR e da tecnologia de realidade virtual e num suposto clima de suspense/terror modinha de Outlast, me deixaram bem preocupado.

O tempo foi passando e aos poucos, a liberação de novas informações foram colocando um pouco de calma na minha desconfiança com a produção. Pensei que apenas a curiosidade pela trama iria me motivar a jogar o game, mas a versão final fez a minha opinião mudar radicalmente. E aqui está minha visão deste renascimento da franquia.

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Welcome to the Family!

O enredo principal de Resident Evil 7: Biohazard acontece em 2017 (4 anos após os acontecimentos de Resident Evil 6), mas o ponta pé para isto é em 2014, quando Ethan Winters recebe vídeos que comprovam que Mia Winters (sua esposa) está viva em algum ponto de Dulvey, Louisiana. Mia estava trabalhando como babá quando misteriosamente parou seu contato com Ethan.

O novo personagem principal da franquia Resident Evil resolve viajar até o coração da cidade e descobre um local abandonado, sem vida, recheado de mistérios além da sua compreensão e entender o verdadeiro motivo dos Bakers serem aficionados em criar e manter uma “família”. Com o avanço da trama, você descobre o que ocorreu com Jack, Marguerite, Lucas, Mia, Eveline e demais pessoas que chegaram perto da plantação.

Jogabilidade Clássica

Mesmo com a visão em primeira pessoa, Resident Evil 7: Biohazard volta a passar ao jogador aquela sensação de estar jogando um game da franquia Pré-Resident Evil 4. Sim, o estilo “tank” voltou. Sim, com um pouco mais de liberdade (você pode andar empunhando a arma) é verdade, mas na sua essência, ela está novamente na franquia.

Os famosos puzzles da clássica fase da franquia, que colocavam os neurônios dos jogadores para trabalhar, também marcam seu retorno triunfal neste game. Agora você pode “treinar” o puzzle por meio de fitas de VHS (tais fitas retratam momentos de horror e agonia e das vítimas dos Bakers) espalhadas pelo game.

Outro aspecto que foi recuperado foi o da criação de munição (presente em Resident Evil 3: Nemesis) e do upgrade de armas por kits de reparo encontrados ao longo do game (elemento de Resident Evil 2 e Resident Evil 3: Nemesis).

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As novidades na jogabilidade deste Resident Evil 7: Biohazard ficam mesmo por conta do botão de defesa, que diminui o dano sofrido e causa um recuo do agressor e da utilização do item Psicotrópico, que simula uma ampliação nos sentidos de Ethan, revelando segredos pelos cenários da trama.

O poder da RE Engine

Após utilizar a MT Framework em vários games da franquia Resident Evil, a Capcom sentiu que era hora de inovar e oferecer algo mais realístico e que conseguisse passar toda a proposta de tensão planejada para o 7º game da franquia. Então, nasceu a “RE Engine”.

Seu poder de programação conseguiu oferecer gráficos em 1080p à 60 frames por segundo em boa parte do tempo no Xbox One e PlayStation 4 (notei pequenas “engasgadas” na versão do console da Microsoft). Um grande atrativo da nova engine é a capacidade dela para criar e modificar as texturas e expressões faciais, demonstrada diversas vezes no game com a regeneração dos Bakers após sofrerem danos graves.

A RE Engine também mostra sua competência na construção e iluminação (ou na simulação da falta dela) da fazenda dos Bakers, passando de forma competentíssima a sensação de abandono e podridão do local.

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Trilha Sonora

Este aspecto é inserido cirurgicamente, já que silêncio de melodias impera em grande parte de Resident Evil 7: Biohazard. Você vai ouvir algo tenso no clímax de um evento ou algo tranquilo e que reconforta quando encontrar as salas de save/baú.

Há um ponto em que produtores e equipe de release da Capcom mentiram (ou erraram) sobre Resident Evil 7: Biohazard. Ambos cansaram de falar que haveria uma escassez absurda de munição no game, se igualando a limitação dos clássicos.

O problema é que os clássicos não sofrem de tal escassez, muito menos este 7º game. Terminei com o baú recheado de munição para todas as armas e que dariam até para filmar Comando para Matar 2.

Detalhe: Derrotei 234 criaturas pela 1st run que realizei pelo game.

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Considerações finais

Após a desastrosa mistura de 4 enredos, 3 tipos de jogabilidade, 7 personagens de Resident Evil 6 e da desconfiança proporcionada pela revelação com foco na tecnologia de realidade virtual (sem contar a proposta de levar a franquia ao estilo first person), Resident Evil 7: Biohazard é definitivamente o retorno da franquia as raízes.

Toda aquela desconfiança com a produção evaporou após minutos em que estive mergulhado no clima daquela casa da família Baker. A sensação foi a de estar “RE”descobrindo a franquia.

Bem vindo ao lar, Resident Evil!

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Prós

  • Retorno à origem do Survival Horror
  • Retorno dos puzzles
  • Jogabilidade clássica! (Sim ela está de volta)

Contras

  • A escassez de munição prometida não é entregue
  • Você não tem um contato com Ethan. Não vê as reações dele
  • Pouca variedade de inimigos
Mike Andrade

Comments (5)

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