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24, jul 2019
Xenoblade Chronicles 2 – Análise
10
Um JRPG exemplar
Simplesmente não tem como alguém que goste do gênero não se apaixonar por essa maravilha. Eu sempre quis ter a oportunidade de jogar isso, e acho que foi o dinheiro mais bem gasto dos últimos tempos. Ponto para a Monolith e a Nintendo.

Hoje vamos falar sobre um título injustamente pouco conhecido chamado: Xenoblade Chronicles 2, é o terceiro jogo da série que, desta vez, foi lançado para o Nintendo Switch em 2017 pela Monolith Soft e publicado pela Nintendo.

Sendo eles pertencentes, de uma maneira ou de outra, a série Xeno, composta por Xenogears (PlayStation 1), Xenosaga e episódios (PlayStation 2) e Xenoblade Chronicles (como um todo) X, um spin-off diferentão para o Wii U.

Xenoblade Chronicles originalmente teve seu lançamento para o Nintendo Wii em 2010, e com ele vieram surpresas para todos os que tiveram a oportunidade de experimentar o game.
Este game, antes de continuar, pode ser comprado digitalmente também através do Nintendo eShop via Wii U.

Subestimado pela própria Nintendo, o Xenoblade Chronicles 1 (vamos chamar assim) foi um jogo que teve uma tiragem baixíssima de mídias físicas e acabou se tornando um artigo de colecionador, vendido a preços altíssimos em sites de arremates como o eBay ou até mesmo o Mercado Livre, chegando respectivamente de 90,00 dólares e 400,00 reais.

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Posteriormente, a pedido da grande base de fãs, o game teve uma versão melhorada para o New 3DS (que eu acredito que seja o único jogo que realmente valha a pena ter neste update do console) com resolução e texturas melhoradas, um menu para escutar as músicas (jukebox), um modo galeria, uns recursos de Street Pass e uma versão em 3D do jogo, claro.

Eu particularmente nunca se quer cheguei a tocar num console desses antes, muito menos nesta versão do jogo.
O que é uma pena porque deve ter sido muito legal re-jogar num console portátil, mas quem sabe um dia ele nem venha a sair para o Switch ou coisa assim num futuro próximo?

E porque que esse jogo ficou tão bom? Porque que ele não teve tanta propaganda e marketing como deveria? Eu honestamente não entendi o que se passou no setor de marketing da empresa no momento, e também tão pouco tenho como culpar ou julgar, RPG é um gênero de game que agrada uma percentagem relativamente baixa da comunidade geral de jogadores e talvez eles não conseguiram prever que o game acabaria se tornando um estouro desses.

Acerca da qualidade do game, tanto eu como muitas pessoas e sites de crítica de games, dificilmente conseguiram apontar um defeito nele. Checando o MetaCritic hoje, eu ví que cerca de 1200 reviews de usuários marcaram o jogo com nota 9.2 e assim também foi para o conteúdo jornalistico, com 60 reviews.

Uma aventura gigantesca com mais de 120 horas de conteúdo, mapas maravilhosos, extensos e riquíssimos em detalhes fizeram a jornada de muitos inesquecível. A história é muito bem contada num rítmo legal e lentamente progressiva, a aventura conta uma história de conflitos centenários entre humanos e robôs, residindo sobre os corpos de dois imensos titãs que vieram a se ferir mortalmente no passado. A trama do game gira em torno de, inicialmente, respostas para os ataques gratuitos as colônias e, com a descoberta da Monado, a espada capaz de derrotar esses seres metálicos, cabe a Shulk desbravar os mistérios desta espada lendária e buscar a paz novamente para seu povo.

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O game teve um trabalho com dubladores inglêses de respeito como o Adam Howden que fez a voz do personagem principal Shulk, e também de Jenna Coleman como Melia, outra integrante de sua equipe.

O ambiente do game parece respirar de tão vivo que é, ele faz você se sentir apenas uma parte pequena de todo aquele ecossistema complexo e bem trabalhado.
Tudo sendo aproveitado com o excelente trabalho do grupo música ACE+ que reuniram praticamente os melhores compositores de trilha sonoras de videogame da atualidade para esse projeto fantástico, dentre eles o lider Yasunori Mitsuda, o cara que fez boa parte das músicas de Chrono Trigger e Chrono Cross e Yoko Shimomura que entregou recentemente as músicas de Kingdom Hearts 3 e Final Fantasy 15, então já começamos por aí, sabem o que pode ser esperado das faixas do game.

Cada pequeno detalhe pode ser levado em consideração enquanto você está andando pelas mais variadas regiões, tanto como condições climáticas especiais que podem dar gatilhos para ativar alguns eventos ou a aparição de um determinado inimigo, quanto períodos do dia, fazendo que esses tipos de coisa ocorram dada a condição correta para tal.

Junto ao que você pode caminhar de início, os cenários escondem muitos segredos e locais que são só acessados mais além, fazendo o back-tracking algo que não fica cansativo. O back-tracking em Xenoblade Chronicles é estimulante em engajador, retornar aos locais para enfrentar inimigos com um level maior do que você tinha quando chegou pela primeira vez é muito legal, tanto os monstros comuns quanto os unique monsters, que são bosses especiais espalhados por aí.

Com isso dito, vamos falar do game no qual esse review pertence, a continuação direta deste jogo; Xenoblade Chronicles 2!

WHERE IT ALL BEGAN

Antes de mais nada, vou deixar claro que eu provavelmente nunca joguei um jogo melhor antes, pude experimentar ele só nos dias atuais – dois anos depois do lançamento original em 2017.
E porque estou fazendo essa análise? Porque eu acho que todos vocês que gostam do gênero tem que ter essa experiencia impar que estou tendo no momento, e quem tem em mãos o Nintendo Switch, gosta de RPG e não tem esse jogo ainda, isso é uma lástima. Aprendi a jogar o jogo de verdade (ou quase isso, porque eu acho que eu ando fazendo alguma coisa de errada ainda) depois das 50 horas dentro dele, masterizando os recursos de batalhas, equipamentos, blades e etc. Mas vamos ver o porque disso tudo.

Ah, Xenoblade Chronicles 2, no primeiro momento que você liga o game você pode até dar uma entortada no naríz ao perceber que o estilo dos personagens mudaram muito, deixaram eles mais cartunescos, com um jeitão mais de animê.
Fiz isso também, fiz isso quando saiu o trailer a um tempo atrás, porque eu realmente gostava muito daqueles personagens do primeiro game, eu achava que eles tinham uma pegada mais séria, mais até digamos assim, melancolica até, com aqueles olhos penetrantes e expressões faciais de quem teve um dia ruim. Era um charme, um carisma para aqueles heróis.

Nesta aventura atual, você é controla um jovem menino de 15 anos chamado Rex, ele é um Salvager, que é um tipo de explorador sub-aquático (sub-nuvenático? Porque o mar na verdade é tratado como nuvem, cloud-sea como dizem) que coleta tesouros e os mais variados artigos em troca do bom e velho dindin. Trabalhando numa guilda e fazendo a sua vida indo nesses tipos de missões para as pessoas que contratam ele, e o que ele ganha ele manda para sua família via um mensageiro.

Como em Xenoblade Chronicles 1, as pessoas vivem em titãs que ficam andando e nadando pelo cloud-sea, envolta da World Tree no centro do mundo. Sua casa é um titã pequeno chamado Azurda, referenciado por Gramps durante o game, porque bem, ele é tratado como o avô do nosso herói.

Meu objetivo aqui não é dar spoilers da história (que é o ponto mais forte na minha opinião), até porque esse foi o motivo pelo qual eu comentei bastante como funciona o universo do game um pouco mais acima, mas eu vou dar algumas explicações a medida que a análise continua. Mas eu vou adiantar que é um explosão de miólos a cada episódio do game, do inicio ao fim.

Xenoblade Chronicles 2 também teve suas músicas feitas pelo mesmo grupo, o ACE+, só que parece que tiverem bem mais carinho e empenho nas trilhas deste game, e também, não só do Chronicles 2 como o da expansão: Torna, the Golden Country (oh my GOD)

Tem muita coisa sim que se parece com os games anteriores da série, ainda bem!
Principalmente a maneira que você explora o mundo. Continua naquele esquema de você lidar com períodos do dia, clima e etc, e você dando no pé quando avista um monstro com 70 levels acima do seu. Toda a aventura terá landmarks que representaram pontos de fast-travel que são acessíveis a qualquer instante do jogo.
São mais de 10 mundos que você pode explorar e mais de 20 dungeons, o jogador pode estar literalmente na frente de um boss importante da história e apertar o menu de mapa para entregar um item prum Nopon aleatório que está a milhares de quilômetros de distancia que te deu uma quest, isso é muito bom porque você realmente vai fazer muito disso se o objetivo for concluir as centenas de side-quests recompensadoras do game.

E pasmem, não tem missables o jogo, mesmo uma região que fica inabitável no capitulo 8 (de 10), todas as quests e shops são migradas para outro local, então kudos para a Monolith, você não precisa ter pressa para realizar os objetivos extras do jogo MAS, entretanto, faça o que você pode assim que possível porque ficará algo meio chato se você estiver com um nível muito superior ao objetivo explícito ali, e a recompensa não vai lhe acompanhar também, então fica a dica.

As quests do jogo tem um grande fator importante para a história secundária sim! Muita coisa interessante para se ver, muita coisa que você só consegue mesmo fazendo essas aventuras secundárias. Isso inclui ceninhas nos heart-to-heart (que são interações especiais entre determinados personagens) até recrutamento de blades raros, seus “pokemons” que tem um fator importantíssimo nas batalhas E exploração.

Vamos falar um pouco sobre blades e exploração?
O que é um Blade? O blade é um aliado que você pode recrutar através de história, através de um sistema de “gacha”(aqueles blind-bags onde você tem sorte de vir um brinquedo aleatório) e side-quests.

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O blade é um organismo vivo como um humano sintético, no qual ele pode ser acordado através de um pacto com o seu Driver. O Driver é uma pessoa que tem aptidão para despertar esses seres e fazer deles seus companheiros. São raras as pessoas que tem essa habilidade, e geralmente as que possuem são convidadas a servir a um exercíto ou forças especiais no game.

Mas o blade participa diretamente do enredo do game, conversam como um membro normal da equipe, tem sentimentos, personalidade, etc.
Estes personagens são responsáveis por auxiliar a aventura das mais variadas formas, sendo em raros casos auto-suficientes ou necessitando do auxilio de outro blade para executar uma determinada ação, por exemplo; derrubar uma arvore para fazer uma ponte, ou saltar uma longa distancia, abrir um baú trancado.

Para estas ações são necessárias as field-skills como Wind Mastery, Lockpicking, Super Strenght e por aí vai. Essas habilidades variam de blade para blade, e você vai precisar fazer bastante a troca destes personagens na sua equipe para pode chegar a um determinado lugar.
Caso você não tenha uma habilidade em especial, você obviamente vai falhar ao tentar executar aquela ação, mas ele ficará marcado no mapa em um ícone, assim que você tiver uma quantidade maior de blades poderá retornar e checar convenientemente o que precisas abaixo deste ícone no mapa.

Field-skills servem para pegar colecionáveis no mapa, insetos, peixes, plantas, pedras, etc. Então, equipe de acordo para otimizar suas buscas.
Essas habilidades das blades possuem requisitos especiais para que você possa evoluir ela (Wind Masterty level 2, por exemplo) que inclui concluir quests, matar uma quantidade X de um certo inimigo, investir dinheiro em lojas e por aí vai.

Comentando sobre o combate do game e como ele funciona.
Xenoblade Chronicles 2 é tem um combate em tempo real, baseado em cool-downs, agros, como muito vistos em RPGs onlines.
O detalhe é que soa muito simples, mas não é muito fácil de pegar o jeito de primeira.
A batalha consiste em algumas regras principais que devem ser levadas em consideração, que são:

Roles:
Os roles são o que seus personagens estão pré-destinados a seguir, como um Tank (responsável por sustentar os danos dos inimigos), um Healer (que é o personagem que vai lhe curar e remover status negativo basicamente, ou DPS (Damage per-second, que é o lutador, o personagem que vai pra linha de frente para reduzir a vida do oponente.

Estes roles vão depender bastante dos blades que você for equipar, se você tiver dois blades que sejam Tank, sua classe muda para tank, assim funciona para healer, DPS também. Você pode balancear estes roles conforme você acha melhor também. Geralmente os blades que não são os genéricos são os mais confiáveis e que vão garantir que não fazer bobagem nas batalhas, claro.

Cancelar auto-attack:
Se você engajar uma batalha, seu personagem irá atacar indefinidamente com a arma equipada. O auto-attack é um dano progressivo que vai aumentando conforme ele vai mudando de pose para bater, porém aqui vai uma dica que tem me ajudado muito; Quando seu personagem encostar a espada no inimigo, mexa com o direcional rapidamente para qualquer lado para ele executar outro ataque logo em seguida. Fazendo isso, você consegue encher suas skills no menu do cool-down para deslanchar combos ou curar rapidamente um personagem.

Como disse anteriormente, a cada hit que você dá, você enche um pouco a barra de execução das skills de batalha que você tem equipado, e quando cheias você pode executar elas. Mas tem um detalhe, executando essas skills logo após que você acerta um hit no auto-atack, seu dano fica mais forte e focado, e isso pode ser feito em sequência com suas outras habilidades.
Veja: Auto-attack, habilidade 1, habilidade 2, habilidade 3. Nessa sequência você consegue otimizar muito seus resultados quando conseguir executar o cancelamento de maneira adequada, no que seu personagem encoste a arma no inimigo e o dano seja exibido, você já pode cancelar com outra habilidade e assim sucessivamente. Você pode continuar um combo com até 9 skills, terminando o ciclo de 3 com o primeiro blade, mudando para o outro e depois para o último.

Blade Combos e Elemental Bursts:
A parte mais complexa da batalha que vou dar o meu melhor para explicar direitinho como funciona e como devem ser executadas.

Quando você já estiver com três pessoas na sua equipe e cada um com 3 blades, você pode começar a pensar em fazer esse tipo de coisa nos combates, antes disso vai ser esforço jogado fora.
Primeiro vamos entender os elementos do jogo. Os elementos que você trabalhará nas batalhas são: Light, Dark, Wind, Earth, Ice, Water, lightning e Fire.
Sendo que os opostos são:
Light <-> Dark
Fire <-> Water
Wind <-> Earth
Ice <-> Lightning

Até aí tranquilo, beleza, agora vem a parte complicada: Juntar os elementos e trabalhar os multiplicadores de experiencia com eles.
As batalhas mais longas, os boss e unique monsters possuem muita vida, o que é ótimo para acumular as esferas elementais que podem ser quebradas num chain-attack.
Para isso precisamos entender que as blade arts, que vamos usar elas para definir nossa rota de debuff, são compostas por 4 levels. Todos esses levels são enxidos conforme a quantidade de cancelamentos que você fez durante a batalha, como explicado mais acima.

Para isso, o que precisamos fazer primeiro é fazer essas orbs aparecerem em volta do inimigo.
Começamos com um Blade Art (botão A) para habilitar a lista de 3 camadas de debuffs que você pode causar nos inimigos. A idéia é seguir um padrão elemental que exibido na tela.

Digamos que você começa com o elemento fogo no level 1, o próximo elemento será um outro elemento randomico, se você não tem o blade correspondente, seu amigo vai tentar ao máximo juntar forças para executar a skill do level 2 (que você pode solicitar a ele apertando o ZR ou ZL), até chegarmos ao level 3 do elemento seguinte. Quando executado de maneira correta, o ultimo elemento que você usa a skill (no level 3) será o elemento que surgirá por volta do inimigo.

A ideia é fazer isso diversas vezes, começando os combos com os elementos que você não usou, para que eles terminem com elementos diferentes e você consiga criar uma varição.

Realisticamente, você dificilmente vai conseguir juntar mais que 4 numa batalha, então se você já tem uns 3, pode tocar o chain-attack quando o bicho estiver quase morto.
Com o Chain Attack em execução, você precisa quebrar as orbs para continuar destruindo o inimigo, é por isso que aquele esqueminha elemental ali em cima existe.
Usando um elemento oposto, o dano na orb é bem maior, mas você pode quebrar usando um elemento que não é o dele próprio. Quebrando uma orb efetivamente, você consegue executar o chain attack mais uma vez, e assim sucessivamente.

Quando você quebrar tudo e derrotar o monstro em questão, a experiência dele vai subir consideravelmente e terá ainda chance de dropar certos itens com mais facilidade. (Isso que não falamos e não vamos nem falar sobre topple, launch e smash, que são outras variáveis e outra sequencia dentro das… muitas possíveis para se lutar e experimentar)

Mas o que eu posso falar deste jogo fenomenal, eu posso dizer que é um dos games mais belos e completos que eu já joguei. É tanta coisa pra fazer, tanto cenário bonito para visitar, a história vai fazer você ficar nervoso e se emocionar de uma maneira que não tem como explicar… porém, mesmo assim, sou obrigado a dizer que o game tem sim um defeito, um defeito que é remediavel de graça, a dublagem. A dublagem é… legal, os momentos de gritos e grunidos não foram bons, infelizmente. Mas você pode jogar com o áudio original japonês que é MUITO bom, haha!

Eu joguei ele todinho em inglês, eu acabei me apegando, não tenho uma razão em especial, mas eu acho que eu teria curtido mais se eu tivesse experimentado ele em japonês mesmo. O que é uma pena porque o primeiro game é tão bom nesse aspecto.

Por fim, CLARO que eu recomendo que a compra seja feita, que esse jogo esteja na sua prateleira física ou digital. Sem dúvidas, não tem como alguém que goste do gênero não se apaixonar por essa maravilha gameística. Eu sempre quis ter a oportunidade de jogar isso, e acho que foi o dinheiro mais bem gasto dos últimos tempos na minha opinião.
Ainda sim, esse game vai continuar me rendendo muitas horas de jogatina, porque o conteúdo pós game é IMENSO também, fora as DLC que preenchem lacunas da história que ficou por explicar, um DLC com 30 horas de duração, praticamente um game completamente novo.

Pros:

  • Riquíssimo gameplay.
  • Qualidade artística de proporções inestimáveis.
  • Trilha sonora de tirar o folego.

Contras:

  • Dublagem inglesa.
Fábio Kraft
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