Fallen Legion: Revenants
Fallen Legions: Revenants tem ideias boas, mas aliadas a controles confusos e mecânicas estranhas, acaba estragando um pouco a experiência.
Fallen Legion: Revenants é um jogo que tinha um potencial maneiro pra caramba, mas que infelizmente cai na monotonia muito mais rápido do que se espera.
Desenvolvido pela YYT Games e distribuído para NIS America, esse é mais um “RPG” para nossa coleção de games do Nintendo Switch, deixo claro aqui que é apenas meu ponto de vista sobre tudo que será comentado a partir de agora.
Essencialmente, Fallen Legion é um jogo que é dividido em duas grandes partes: Os combates e a exploração.
Os personagens principais intercalam sua aventura quase que em tempo real para que cada lado tenha um êxito eficiente na missão, como por exemplo, enquanto nossa heroína etérea, Rowena, vaga o mundo derrotando tudo o que vê pela frente em busca de achar um meio para reviver e cuidar do seu filho, Lucien permanece no último refúgio da humanidade, cujo qual é um castelo no céu que foi tomado por um velho tirano e mau caráter, puxando para uma aproximação mais política, coletando informações sobre tesouros, locais, e ajudando a decidir qual será o melhor caminho a se tomar, etc, auxiliando-a lá embaixo enquanto percorre caminhos perigosos.
A premissa é boa, vou ser bem honesto, você interage diretamente com seu aliado afim de tomar um rumo seguro para concluir um objetivo, e caso uma das partes faça algo errado, tome uma decisão meio estranha ou até mesmo não consiga fazer no tempo limite, isso irá resultar fortemente nos acontecimentos do jogo.
Lucien se desenvolve e habilita várias ações como criação de itens e linhas de diálogo ao longo do jogo, coisas como questionamentos, dúvidas e até mesmo com retóricas mais incisivas para com os NPCs que estão a salvo no castelo.
Enquanto Rowena cuida dos combates na terra. Rowena conta com o que chamam de Exemplars, que são campeões que se juntaram a sua causa para serem liderados em combate.
Cada um dos muito exemplars realizam funções diferentes nas lutas, uns são magos, outros tanques e guerreiros, enquanto outros atacam a distância com projéteis.
A história do game é o ponto principal na minha opinião, é muito bem escrito, muito bem pensado e os textos são gostosos de ler, uma leitura inteligente e intrigante. Além da qualidade artística e sonora estarem bem alinhadas com essa característica também, que embora a trilha sonora não seja “aquela coisa”, é deveras competente na maioria das situações, principalmente nos temas de batalha.
Alguns dos problemas gritantes desse jogo são: A maneira que acontece as transições de tela, é muito estranho. Você está terminando de ler uma linha de texto e no mesmo segundo a tela fica preta com o loading rolando, sem um fade-out, sem nada, isso incomoda mais do que deveria incomodar.
Outro problema é com o jogo em si, as batalhas são muito estressantes para não dizer outra palavra. Porque? Porque é repetitivo demais, controles são pouco intuitivos e frequentemente somos guiados a fazer algo errado porque o controle simplesmente é estranhão.
Aliado a estranheza do controle, temos a batalha em si. Algo que lembra muito um Valkyrie Profile, acaba que não funciona tão bem quanto o clássico do PS1. Durante as lutas estamos sempre tendo que analisar várias coisas ao mesmo tempo, como posicionamento dos inimigos e personagens nas 4 posições possíveis para ambos, temos que cuidar com os ataques que podem ser defendidos com um perfect guard (Algo que acaba sendo extremamente necessário aprender para as muitas batalhas de chefe que o jogo tem), e o sistema de level do jogo através de mecânicas como habilidades isoladas e equipamentos que são dados ao acaso.
O andamento do jogo é o seguinte, vamos enfrentando ondas e ondas de inimigos até chegar num chefe e finalizar a “fase” que estamos, repetimos o processo mais algumas vezes, mudamos os campeões para ver se dá uma ajudada, mas não, os chefes é que estragam todo o processo de estratégia do game. Eu sei que há meios mais fáceis de derrota-los, mas existem alguns exemplars que são mais quebrados que os outros, e não vi motivos para ficar equipando os mais fracos, fazendo que eu ficasse preso ao que “funciona” ao invés de pegar pela experimentação do negócio em si, eu achei chato.
Eu fiquei bem desapontado, não vi muito por onde ir nesse jogo, nem muito o que fazer além de papear no castelo e derrotar um monte de inimigos iguais no mundo inferior. O que me prendeu mesmo foi a história que é realmente bem interessante, mas como um todo, o jogo é fraquinho sim, para os amantes de RPG, eu fico até meio que sem saber o que falar a respeito nessa conclusão. Acho que minha ideia está exposta, uma mistura de legal com ruim, mas mais pesando para o ruim mesmo, infelizmente.
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- A trama do jogo é realmente bem feita, bonita e empolgante.
- Gostei da trilha sonora num geral.
- A arte e os personagens são super bonitos.
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- Sistema de batalha é interessante, mas os controles são horríveis.
- Transição súbita incomoda mais do que deveria.
- Existe customização, mas alguns chefes vão demandar o uso específico de personagens, quebrando o propósito.
- Dificuldade elevada em batalhas longas e confusas.
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