Shin Megami Tensei 3 HD Remastered
Retornaremos a este cult-classic do PlayStation 2 com muito estilo e conteúdos extras.
Revistar Shin Megami Tensei 3 parecia um sonho distante pra mim, mas a vida tem dessas surpresas, e cá estamos com Shin Megami Tensei 3 HD Remastered para o Nintendo Switch, cujo qual é a versão que esta análise se baseia. Disponível também para PlayStation 4 e PC.
Segue a linha e nos acompanhe nessa re-descoberta!
Desenvolvida e distribuída pela Atlus, Shin Megami Tensei 3 é considerado já um cult-classic que foi lançado para o PlayStation 2 originalmente.
Game da aclamada série de RPGs, gerou spinoffs que muitos conhecem por Persona nos dias de hoje; Sim, Persona é um Shin Megami gourmet, uma excelente sequencias de jogos que em uma pegada mais moderna, em tempos contemporâneos, diferente da série principal que é bem mais do submundo, do inferno mesmo, onde literalmente damos um soco no próprio Satanás.
Eu sou suspeito para falar desse jogo, eu tenho um apreço enorme por ele, eu particularmente amo cada cantinho e detalhe dessa obra-prima, desde os mínimos detalhes nas dungeons, personagens, lore dos monstros, as músicas compostas pelo mestre Shoji Meguro e principalmente a ambientação pós-apocalíptica dele.
Esse jogo entrega tudo o que um fã de RPG de turnos busca, um desafio à altura, enredo maneiro, um sistema de batalha polido e muito bem feito, personagens com design incrível, músicas de altíssima qualidade, e o melhor de tudo é que nesse remastered podemos curtir os “DLCs” Maniax, que inclui o Dante de Devil May Cry como personagem jogável, novos monstros e tudo mais.
Os métodos de fusão dos monstros também foram bem melhorados, com a interface mais amigável, agora é possível realizar a criação dos monstros e passar suas habilidades de um para outro bem mais suavemente do que a versão original, agilizando e muito os processos de progresso.
Ah, e agora pode ser selecionada a dificuldade do game, algo como um “easy, normal e hard”, cujo qual minha opinião é que o jogo deve ser curtido no hard mesmo, como faziam a guriada hardcore na época do PlayStationzão 2, brincadeira, galera.
Momentos do hard que são inesquecíveis são coisas do tipo: “Uma energia está lhe puxando para baixo, o que você vai fazer? “, aí o jogador pode escolher entre ficar e sair, mas caso você esteja no Hard e coloque sair, o game lhe diz “Você é puxado para baixo assim mesmo.”, e lá estará um boss que vai destruí-lo sem dó nem piedade, é literalmente um dedo no meio para sua escolha frágil, como diria os companheiros Dark Soulistas: Git Gud (Get good).
Mas o que que temos de especial nesse remastered além dos gráficos melhorados, resolução e alguns extras? Bem, agora todas as linhas de diálogo são faladas, nada de ficar em silêncio durante a tagarelação social da galera, e diga-se de passagem que foi um trabalho primoroso desses dubladores, muito massa poder revistar a aventura polida desse jeito, viu?
Mas sobre o que se trata esse jogo afinal de contas? Em Shin Megami Tensei 3 assumimos o corpo do herói que você pode nomear, mas para os fortes que tiveram que enfrentar ele como boss opcional em Digital Devil Saga, conhecem-no como Hitoshura, ou “demi-fiend” no inglês.
Nosso herói é submetido a eventos que precedem o fim do mundo, o tal do Conception, onde as almas são subjugadas numa espécie de implosão do planeta, sendo o destruidor do mundo inteiro a própria lua. E o que temos que fazer? Encontrar nossos amigos e descer o terror em criaturas místicas provenientes de centenas de mitologias e origens distintas, recrutando-as para ajudar a descer ainda mais o terror, maneiro, não?
Trafegando por várias localidades da cidade de Tóquio após o Conception, nosso herói irá buscar pistas sobre o que está acontecendo com o mundo e como ele pode fazer alguma coisa para tentar reverter, mas ninguém disse que essa empreitada iria ser fácil, né?
Shin Megami Tensei 3 é um jogo com uma dificuldade bem acentuada, é capaz de você ser derrotado por um mísero deslize ao tentar confrontar um inimigo cujo tenha certas resistências elementais, então recomenda-se sempre, sempre salvar o jogo quando possível, porque a cada esquina pode haver cada surpresinha que certamente irá lhe pregar uma peça desagradável aos que estão se sentindo confortáveis demais.
Com isso dito, o ponto principal do jogo é a exploração e principalmente as batalhas. As batalhas são em turnos e são ativadas com o caminhar do herói no cenário, ou seja, nada de ver os inimigos no mapa, assistidos pelo contador lunar que está posicionado no canto da tela.
Não há maneiras boas de fugir de conflitos, então esteja preparado para enfrentar tudo o que vier pela frente.
Nosso herói jamais fará nada sozinho, é um suicídio com toda a certeza. Por isso que durante o jogo é possível recrutar os monstros através de certas negociações ou subornos, para atiça-lo a se juntar a sua equipe, e uma vez que você recruta um número de monstros, o jogador poderá fusiona-los para que se tornem algo mais forte, uma outra criatura com as habilidades herdadas anteriormente, fusões que foram muito melhoradas nesse remastered, diga-se de passagem, conforme comentei um pouco mais acima.
O game possui algumas side-quests que são bem legais, monstros especiais que podem ser recrutados, chefes opcionais e uma dungeon extra presente em todas as versões que são as Kalpas, e ainda mais uma dungeon opcional totalmente inédita na versão Deluxe, mas esta está disponível apenas para quem adquirir esse conteúdo bônus, pagando por ele.
Shin Megami Tensei 3 é sem dúvida uma pedida excelente para todos os fãs de RPG que tem por aí, uma compra certa, eu fiquei realmente de cara como conseguiram transformar tão positivamente um jogo desses, é um presente para os já fãs do jogo e um atrativo enorme para os que não conhecem a série ainda.
Com mais de 60 horas de duração, trilha sonora maravilhosa, desafios e extras implacáveis, Shin Megami Tensei 3 Remastered é incrível, provavelmente um dos títulos mais importantes do ano sem dúvida alguma.
Recomendo sim, recomendo qualquer jogo da franquia Megaten, tanto Persona quando Shin Megami, quanto aos spinoffs, a Atlus manda e continua mandando muito bem sempre. Se seu negócio é um jogo mais dark, mais adulto, e um RPG muito bem feito, polidinho e nos trinques, esse remastered é pra você, tanto quanto foi pra mim.
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Gráficos retrabalhados.
Melhoria significativa na interface.
Dublagem presente no game.
Sistema de batalha e trilha sonora de primeiríssima.
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O jogo grita por um auto-save, mas não tem.
Um extra fantástico infelizmente é pago.
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