Análise – Rise of the Tomb Raider
Rise of the Tomb Raider é a tão aguardada sequência do reboot de Tomb Raider de 2013 e também um dos mais importantes exclusivos do Xbox One para o final do ano, ainda que carregue o controverso título de “exclusivo temporário”.
Enredo
Após Tomb Raider, Lara fica obcecada em encontrar as verdades sobre a experiência sobrenatural que teve em Yamatai, e foi encoberta pela Trindade.
Antes de morrer, o pai de Lara estava a pesquisar a lenda de Koschei o Imortal. Lara começa sua aventura na Síria, onde está procurando a tumba do imortal. A partir das notas encontradas, Lara viaja para a Sibéria para tentar descobrir a localização de Kitezh, uma cidade mítica construída no séc. XIII. Numa corrida contra a Trindade, que quer encontrar a cidade primeiro, Lara tem de sobreviver contra humanos, animais e o ambiente para descobrir a verdade sobre o mito e transformar-se na exploradora de tumbas que conhecemos.
Jogabilidade
Rise of the Tomb Raider retorna com muitos dos elementos encontrados em Tomb Raider de 2013. O esquema de controles continua basicamente o mesmo e isso significa que a mecânica de shooter ainda tem espaço para melhorar. Os controles nesse departamento não são nem um pouco precisos como os de um Gears of War e as armas iniciais de Lara são bem precárias, precisando de alguns upgrades pra que você possa usar uma pistola ou fuzil com alguma precisão. Mas ok, sabemos que tiroteio não é o objetivo principal de Rise of the Tomb Raider e no que o jogo se propõe, os controles para as áreas de plataforma respondem bem.
A grande mudança agora está nas seções de exploração que são mais variadas, contam com ciclos de dia e noite e um sistema de clima. Além disso o mapa que é cerca de três vezes maior em comparação ao primeiro título.
Rise of the Tomb Raider tem um novo sistema de upgrades permitindo aos jogadores criar objetos ou melhorar as suas armas, juntando peças que encontram pelo jogo. Lara vai encontrar minerais, plantas, metal, e caçar animais para construir munições especiais, granadas, armadilhas, novas roupas e medicamentos.
A mudança climática e o ciclo de dia e noite influencia também os animais. Por exemplo, para criar um casaco de inverno mais forte, Lara tem de caçar um lobo, que só aparece durante uma determinada hora do dia e quando as condições de tempo são favoráveis para isso.
A neve da Sibéria, também influencia a jogabilidade: os animais deixam pegadas que vão desaparecendo ao longo do tempo, e Lara pode escavar trincheiras para fazer um abrigo.
Além das missões principais, várias missões secundárias vão alongar as horas de gameplay, como terminar as tradicionais Tumbas de Desafio. Os jogadores estão frente a uma campanha de 30 a 40 horas de exploração para completar tudo.
Rise of the Tomb Raider não possui um modo multijogador como no primeiro game. Agora os gamers vão competir através dos modos Score Attack, que consiste em repetir os níveis com regras novas, como bater recordes de tempo e ganhar medalhas, ou Remnant Resistance, onde o jogador repete algumas zonas do jogo criando as suas próprias missões (escolhendo objetos e inimigos). Além disso o game conta com o modo Chapter Replay, que mantém as habilidades e equipamentos da primeira vez que o jogador completou o game.
Abaixo entrevistamos o designer do game, Mike Brinker, na BGS 2015:
Som
A música de Rise of the Tomb Raider é assinada por Bobby Tahouri (de Game of Thrones e Homem de Ferro).
Além disso, a Crystal Dynamics revelou que sempre Lara tiver uma abordagem furtiva, a “música é gerada de modo processual“. A mecânica é possível através de um “sistema middleware“, licenciado pela Intelligent Music Systems, que “analisa as composições de Tahouri e de uma forma dinâmica compõe novas músicas, fazendo com que cada vez que se joga seja única“.
Escute a trilha sonora completa, incluindo as faixas procedurais, abaixo:
Gráficos
O jogo roda em sólidos 1080p e 30 FPS no Xbox One e cai para 900p e 30 FPS nas cutscenes. Não testamos a versão de Xbox 360, mas notamos de cara que a versão de Xbox One, apesar de ser muito bonita, acaba sofrendo do mal de títulos que são lançados para a nova e antiga geração, ou cross-generations como são conhecidos.
Basicamente o problema consiste na base do desenvolvimento do título ser da geração anterior. No caso de Rise of the Tomb Raider, mesmo com efeitos e cenário lindos, a perda referente ao desenvolvimento cross-gen fica mais notável por conta da geometria dos cenários e algumas animações recicladas do primeiro game. Alguns serrilhados mais evidentes em áreas específicas (como as da neve) também acabam tirando um pouco o brilho do título no departamento gráfico.
Mas não se engane. Mesmo com essas limitações, Rise of the Tomb Raider não tem nada de feio. O jogo é impressionante, com uma ótima escala e apesar da temática parecida, ainda se difere da série Uncharted, onde os gráficos são ótimos, mas o jogo é mais fechado e linear. Em Rise, os cenários abertos são muito convidativos a exploração, com detalhes que vão fazer o jogador buscar cada canto dos mapas.
Um dos grandes jogos do ano
Rise of the Tomb Raider é maior, melhor e mais variado que o primeiro título e oferece muitas coisas a serem feitas na busca de Lara pelo segredo da imortalidade.
A Crystal Dynamics manteve o tom do primeiro game e o ampliou em cada sentido. Então se você gostou do reboot da série, Rise of the Tomb Raider é uma expansão de tudo que você viu em Tomb Raider (2013).
Obrigatório pra quem já tem o Xbox One, Rise é um dos maiores lançamentos do ano e mesmo que a exclusividade do console seja temporária, esse é um dos títulos que acaba valendo o console. Aguardar um ano nos parece tempo demais pra embarcar na jornada de transformar Lara na grande exploradora que conhecemos.
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