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Análise – Tom Clancy’s: Rainbow Six Siege

Tom Clancy’s Rainbow Six Siege é o retorno da clássica franquia de FPS tático, após o cancelamento de Rainbow Six: Patriots. Depois de um hiato de 6 anos sem lançamentos nos consoles (o último game da série nos consoles foi o Rainbow Six Vegas 2) a Ubisoft Montreal retorna com um FPS competitivo e tático, onde o trabalho em equipe é a chave do sucesso.

Siege tem ideias bem mais interessantes do que o tradicional pew pew pew de sempre. Aqui estratégia é o nome do jogo. O ritmo é mais lento e o team play é um fator decisivo nas partidas.

Como os outros títulos da série, o foco aqui é no trabalho em equipe e realismo. Você não faz nada sozinho e a comunicação é essencial para completar os objetivos. No entanto, algumas diferenças para os outros jogos, baseando-se fortemente na cooperação entre os jogadores e na destruição de ambientes fechados. Você não está seguro atrás de paredes por exemplo… um tiro bem dado pode arrebentar a parede na qual você está se encostando e por isso o jogo conta com alguns itens para reforçar os locais (principalmente no caso do time que está defendendo).

Pensar antes de agir é uma das premissas mais importantes de Rainbow Six Siege. Antes de você começar cada partida (de 5 contra 5) você deve escolher entre um dos vários tipos de operativos (as classes do jogo) cada uma com seus pontos fortes e fracos.

Especialista em desarmar dispositivos eletrônicos, médicos, explosivos, invasão, você decide o que quer ser. Embora só possa haver apenas 1 tipo de operativo no time (você não pode ter 2 especialistas em explosivos como a classe Thermite ou 2 Twitch que é a classe especializada e desativar os dispositivos eletrônicos do time adversário por exemplo).

A premissa é simples: um time tenta invadir a base enquanto o outro tenta defender os objetivos. Até aqui nada de diferente certo?

A diferença começa quando você percebe que o ritmo do jogo é mais lento, onde um único tiro pode matar seu operativo e não há respawn.

Você pode atirar através de paredes, explodir portas, pisos (uma das minhas opções favoritas, vá ao andar superior do objetivo coloque um carga de c4 no chão, exploda e entre pelo buraco, não sem antes jogar uma flash grenade pelo buraco para deixar seus inimigos atordoados).

Ou então faça rapel de cabeça para baixo, aproxime-se de uma janela e veja se os alvos estão no cômodo, caso estejam jogue uma granada enquanto seus aliados entram pelo lado oposto da sala. Essas são situações bastante estratégias e comuns em Siege que o diferenciam dos outros FPS.

As possibilidades são enormes tanto para quem invade quanto para quem defende, quando na defensiva coloque arame farpado no chão para dificultar os movimentos de quem tenta entrar na sua base, explosivos nas paredes, granadas de gás toxico e por ai vai.

Além disso você pode dar uma espiadinha nas esquinas antes de entrar em uma sala, muito comum nos jogos da série Rainbow Six, existe a opção de Lean (uma olhadinha de canto sem se expor muito), como jogo competitivo as opções são muitas tanto de classes como de opções.

O jogo conta com 10 mapas e diferentes modos, como o “Hostage Mode”, na qual os atacantes têm de extrair um refém dos terroristas. Um outro modo cooperativo “Terrohunt“, que suporta até cinco jogadores onde a equipe controla os atacantes ou defensores, e têm de lutar contra várias “ondas” de inimigos controlados pela IA do game.

Infelizmente Siege não tem nenhuma campanha e oferece apenas o modo online e isso reflete nos gráficos, que são competentes, mas não espetaculares, como ja é esperado em jogos somente online. Rainbow Six Siege utiliza a engine AnvilNext, proprietária da Ubisoft e é o primeiro da série desde Rogue Spear que não usa o Unreal Engine da Epic. 

Sobre o sistema online, na maior parte do tempo ele funciona, mas algumas vezes há uma inconstância no tempo para achar partidas (chegamos a esperar 10 minutos até conseguir montar 2 times de 5 players) e o sistema de P2P nas partidas em alguns modos de jogo (pings altos por conta da conexão com o host) limitou bastante a experiência uma vez que não foi incomum jogar partidas com latência alta.

Mas apesar de alguns pequenos defeitos é um jogo bem interessante, uma vez que sai um pouco do lugar comum dos FPS do mercado onde o team play é muito mais valioso em Siege do que nos outros jogos.

Prós

Teamplay onde a comunicação é essencial

Jogabilidade diferenciada

Diferentes classes

Contras

Não ter campanha foi uma bola fora

Modos de jogo limitados

Inconstância na conectividade

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