Arc of Alchemist – Análise
Desenvolvido pela Compile Heart, Arc of Alchemist é o primeiro RPG de ação feito pelo estúdio e infelizmente o resultado disso não é dos melhores.
A versão dessa análise é a de PlayStation 4, mas o jogo também está disponível para o Nintendo Switch.
HISTÓRIA
Nesse RPG nós controlamos uma menina chamada Quinn que, junto de seus aliados, tem como desejo salvar o mundo da completa devastação. Antes conhecido como Planeta da Água, nos tempos de hoje tudo que se vê é um enorme deserto, decorrente de diversas guerras e mal uso dos recursos naturais. A vida orgânica é escassa e as máquinas foram dominando tudo.
Quinn tem o conhecimento de uma grande força que pode mudar esse quadro e cabe a nós guiá-la até o seu destino final. Pena que uma premissa interessante como essa ficou com um desenvolvimento péssimo, com cenas de corte lentas e praticamente nada de relevante acontece.
A história do jogo se desenrola de duas formas, uma delas é nas cenas de corte dentro dos estágios, normalmente quando vemos os personagens se deparando com um adversário ou qualquer outra coisa do tipo. A outra ocorre na nossa base(sim, temos uma base) e se trata normalmente de um bate-papo furado com personagens do grupo.
Praticamente nada acontece nesse jogo, os diálogos são bobos demais, os personagens são esquecíveis e não consigo imaginar alguém se importando com eles mesmo perto do final do jogo, que por sinal é um dos RPGs mais curtos que já joguei na vida.
GRÁFICO
O jogo usa a mesma engine do Death end re;Quest e se não fosse pela performance vergonhosa, eu diria que é um jogo bonitinho. Arc of Alchemist não deve chegar a 30 FPS em momento algum, se eu não fosse tão acostumado com jogos em 3D que mal beiram o jogável em matéria de desempenho, teria largado esse título bem antes do esperado. É tudo lento, mesmo que não esteja nada acontecendo, não dá para entender como lançaram um jogo nesse estado.
Tem um cenário de noite no jogo que quase me fez desistir dele, é um descampado com alguns inimigos aqui e lá, mas ainda sim roda como se tivesse num slide-show, triste. Sem exageros, a parte visual que mais gostei nele foi a logo feita pelo artista renomado Yoshitaka Amano.
SOM
Não consigo lembrar de uma música sequer do jogo, nem sua música tema de abertura ou qualquer outra faixa, chamar essa trilha sonora de “música de elevador” é um elogio. A dublagem é somente em japonês e confesso que dei risada num evento onde um personagem faz um rap para a Quinn se inspirar, vale um pontinho vai.
Os efeitos sonoros são ridículos, teve armas que deixei de usar porque tinham impacto zero, só jogando para entender mesmo.
JOGABILIDADE
A parte mais triste disso tudo é que o “gameplay loop” de Arc of Alchemist é divertido! Triste porque potencial tinha e muito. Como mencionei no começo da análise, o título da Compile Heart é um RPG de ação e além das eventuais batalhas no campo, também podemos explorar a base de operações.
Primeiramente falarei da exploração do mapa que é a parte principal. O jogo já começa com um grupo de aliados, cada um com características distintas. Soube que na versão japonesa você só podia jogar com Quinn, mas na versão ocidental resolveram liberar os demais personagens para você jogar e não ficar apenas observando. Sinceramente achei isso meio inútil, a Quinn pode usar praticamente qualquer arma que seus amigos usam e não vi incentivo algum para usá-los, entretanto não deixa de ser um bônus.
Dois amigos sempre acompanham a heroína pelos vastos mapas, com uma inteligência até que razoável, lembrando que é possível dar orientações para eles, como “Vontade Própria” ou “Foco em Defesa”, coisas do tipo, deixando ainda mais customizável.
O combate até que é divertido, você vai dar risada vendo que em 3 horas já tá no level 50. Isso porque o jogo é SUPER CURTO, dá para acabar em 7 horas numa boa. Tudo bem que muita coisa foi facilitada na versão ocidental, porém ainda é curto demais para um jogo desse preço e honestamente não tem sentido algum fazer um new game+.
Então, falarei um pouco da tal base. Nela é onde nós usamos os recursos obtidos durante a jornada, podendo melhorar os nossos personagens ou mesmo desenvolver a base propriamente dita, como lojas onde equipamentos melhores são vendidos ou mesmo permitir que Quinn utilize mais vezes a sua habilidade especial, a Lunagear.
A Lunagear é um item-chave do jogo e exclusivo da protagonista. Com ele podemos resolver diversos puzzles(todos bem toscos), usar o poder de criar blocos para alcançar lugares mais altos ou mesmo no combate. Os 4 elementos podem ser combinados para diversas finalidades, algo que, se fosse bem feito, poderia trazer um componente variado para uma jogabilidade tão repetitiva.
No começo dessa parte da análise falei que o “gameplay loop” desse jogo é divertido e apesar de tantas pisadas na bola, eu gostava de caçar loot e levar para a base para deixá-la mais parruda, era um esquema meio viciante… pena que tudo isso dentro de um produto tão fraco não tem como se salvar.
VEREDITO
Arc of Alchemist deu início aos jogos de RPG ação da Compile Heart com um resultado desastroso. Potencial existe e para os menos exigentes até que dá para se divertir, mas não espere nada além de um jogo que mais parece um projeto inacabado.
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- É divertido enfrentar os inimigos e melhorar a base
- O jogo é relativamente bonito
- A logo dele é linda
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- Performance insuportável
- RPG de 7 horas? Por favor né…
- Som e história muito fracos
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