Assassin ‘s Creed foi uma série que comecei a jogar quando ele se tornou um full-on RPG, ali no Assassin’ s Creed Odyssey para ser bem honesto. O Valhala cheguei a terminar também e adorei, mas preciso jogar o Origins também, que deve ser bem bom, assim como mostram as excelentes avaliações.
Nunca foi muito minha praia jogos desse tipo (os que antecedem o Origins), mas como todo efeito de um bom jogo que me causa, eu quebrei a cara e fiquei satisfeito pra caramba com essa trilogia. Vou tentar explicar da melhor maneira que posso a minha visão geral dessa experiência revivida.
A coletânea Assassin’s Creed The Ezio Collection que a Ubisoft lançou nos trás a trilogia do arco de Ezio Auditore, o mestre assassino icônico da franquia, (então não espere jogar Assassin’s 1!), lá da época dos primeiros Assassin’s Creed que saíram para o PlayStation 3, Xbox 360 e PC. Os jogos que compõe a coletânea são: Assassin’s Creed II, Brotherhood e o Revelations, cheio de extras e DLCs incluídos nesse pacote (duas curta metragens do Lineage e do Embers.) que, por sinal, roda maravilhosamente bem em nosso console híbrido da Nintendo. Também disponível para PlayStation 4/5 Xbox One/series.
Muito mais parecido com um jogo de plataforma do que um RPG, esses três títulos trazem algo bem parecido com o que encontramos na série Prince of Persia moderno, o início dos rolês mais exagerados de parkour e das batalhas mais cadenciadas, esquivas com timming correto, planejamento e estratégia que temos que bolar para não sermos surpreendidos em combate. Apesar do combate ser bem mais simples que os atuais, tem todo aquele charme especial da franquia, e insisto em dizer que parece que estou jogando um Prince of Persia em ambientes europeus.
Como todo jogo da série, o legal é jogar no modo furtivo, para fazer as coisas na surdina, escondido de todo mundo. Invadir as construções, escalar grandes estruturas e, como o título sugere, assassinar os inimigos nunca foi tão satisfatório. Muito pelo fato que é maneiro pra caramba jogar na telinha do Switch em qualquer lugar, a sensação que dá é que tudo fica mais condensado, mais claro, é difícil de explicar, mas a Ubisoft conseguiu suavizar muito mesmo os games deste pacote.
Sempre sendo divertido achar os pontos de interesse, realizar os saltos ao sincronizar os locais e perambular as cidades culturalmente reconhecidas e tão elogiadas da série, além de ser visualmente bonito, eles são visualmente certeiros com os pontos históricos, trazendo inclusive informações sobre as obras e artistas da época, uma verdadeira aula de história com um toque de violência moderada que todos nós aqui amamos.
Os gráficos mantêm-se bem fiéis aos originais, mas agora adaptados à telinha do Nintendo Switch, o que gera essa impressão de polimento nos polígonos e texturas, impressionantemente bem construídos. Rodando em frequentes 30fps e com uma resolução de 720p, raramente em momentos muito específicos notamos alguns engasgos, mas todos os 3 jogos rodam especialmente bem no console, principalmente tratando de Revelations que é o que tem os gráficos mais complexos e efeitos mais ousados. No Nintendo Switch é interessante comentar que alguns recursos de vibração do controle e de interface de toque foram implementados para aumentar um pouco a interação com o jogo na telinha portátil, bem top!
O departamento artístico do jogo sempre foi muito competente, inclusive, gerando até filmes e livros que se baseiam diretamente nessa série. E acompanhar o jogo é tão bom quanto experimentar os outros artifícios de mídia que já lançaram até os dias de hoje diga-se de passagem, acho que tudo acaba agregando ao grande universo em expansão que é toda essa trama, tudo no fim acaba sendo interligado, o que agrega bastante no replay-value de todos os títulos. Estou com vontade de re-jogar o Odyssey nesse exato momento, e olha que fiz quase 100% dele.
VEREDITO
Para quem não está habituado com a série, eu recomendo que comece por aqui. O foco do jogo enquanto gameplay é a exploração, conhecer os locais históricos, matar muita gente e correr que nem um doido fazendo parkour pelas localidades históricas, escalar e vislumbrar os cenários épicos. E embora estejam todos os jogos ligados uns aos outros, é possível perceber a diferença dos arcos entre os personagens, mas sempre mantendo um carísma incondicional com a série com ligações sutís que são mind-blowing. Não tenho absolutamente nada para reclamar dessa coletânea, é impressionantemente boa, de verdade. Continuo preferindo os RPGs, mas é como comparar dois gêneros distintos, cada um tem suas características boas e ruins, e nessa coletânea, honestamente, não vi nada de ruim não.