Azur Lane: Crosswave – Análise
Um game peculiar de ação-shooter com elementos de RPG, protagonizados por garotas-navios-de-guerra, armadas até os dentes. Premissa maluca que não se sustenta no gameplay.
Desenvolvido e distribuído pela Compile Heart/ IDEA Factory, estamos diante de uma busca interminável de originalidade pelos criadores de games da terra do sol nascente. Azur Lane é um game peculiar de ação-shooter com elementos de RPG, protagonizados por garotas-navíos-de-guerra no melhor estilo waifu (ou moe, ou qualquer outro adjetivo para garotinhas fofas), armadas até os dentes.
E sim, você leu direito, garotas que na verdade são navios de guerra, baseados em modelos da segunda guerra mundial.
Eu já sabia o que esperar do jogo pelo histórico que eu tenho com a softhouse, e eu recebi exatamente aquilo o que estava na minha mente: Um jogo com uma história e personagens legitimamente legais, uma abertura com música cantada maneira pra caramba, um universo legal para se explorar mas com um gameplay muito simples, fácil demais e cansativo no final das contas.
A temática do jogo, para ser bem honesto, muito me agradou. Eu gosto de verdade desse tipo de coisa, mas de que adianta todo um esforço artístico como esse se o gameplay vai acabar pecando em muitos aspectos? Pecando de maneira que parece que você está forçando um pouco a barra para vencer determinadas batalhas ou até mesmo as longas distâncias de cutscenes entre a possibilidade de salvar o game.
Os pontos positivos e mais relevantes que eu considerei foi a quantidade de personagens jogáveis, cerca de quase 50 membros de equipe podem ser assimilados em combate, dentre eles cerca de 30 funcionando como personagens principais que precedem de um gameplay exclusivo para cada um e o restante que estão para dar o suporte.
Qualidade artística é boa, artworks de qualidade, personagens bonitos e carismáticos, trilha sonora satisfatória também, mas a interface é muito jogada, a maneira que você navega entre uma missão e outra parece até uma brincadeira de mal gosto – o que que é aquele tabuleirozinho, gente?
Equipar seus bonecos, preparar as skills quase parece uma perda de tempo também, pois os objetivos e conflitos são muito fáceis, inclusive as batalhas de chefe apresentam uma dificuldade bem passável para quem tem um pouco de domínio com videogames em geral.
Aliados a isso, os gráficos deixam a desejar pra caramba também, e eu não sou de me importar muito com essas coisas, mas queda de framerate drástica é um motivo bem desapontante para os padrões de hoje, ainda mais com aquele jeitão meio duro dos movimentos que a galera que joga os games da Compile Heart já estão acostumados.
A maioria das batalhas não duram 5 minutos, é disso para menos num geral, com poucas exceções. Você conta com uma variedade legal de armamentos que são distribuídos de maneira inteligente pelo controle, varias skills para se equipar, disparar em alvos simultâneos e tudo aquilo que esperamos de um shooterzinho de nave, os conflitos podiam ser muito mais explorados com as coisas que você acha durante a jogatina, peças de equipamento por exemplo ou até mesmo habilitando personagens extras, mas a impressão que eu tive é que acabou saindo na pressa, parece um jogo que não houve um polimentozinho, um acabamento que merecia no fim.
Gameplay super, mas super superficial mesmo, mas pelo menos ele não incomoda no aprendizado, já que é um tanto fácil de pegar a manha dos comandos mais avançados.
O game tem 8 capítulos da campanha principal, e um post game com mais de 100 batalhas extras, cujo qual o jogo mesmo diz que são “very hard”, mas na verdade, como todo o resto do game, são no máximo trabalhosinhas.
Por fim, eu não posso dizer que gostei do game, porque eu honestamente achei que ficou como um projetozinho inacabado.
Não é legal andar nos menus confusos e muito menos ficar perdendo um tempão montando sua equipe e diversificando; não precisa mesmo fazer isso. É muito triste achar que o ponto positivo principal do game são as coisas que você vê num text novel qualquer, mas pelo menos dá para casar com as personagens, então tem esse fator fofinho que deixa as coisas um pouco mais alegre.
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- Arte dos personagens
- Música
- Variedade de picos emocionais na história
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- Gameplay simples demais com impressão de estar inacabado
- Gráficos que parecem um PS2 HD
- Queda de framerate constante quando há muita coisa na tela
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