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3, abr 2013
Bioshock Infinite – Análise
9
Forte candidato a jogo do ano!
O melhor: A Narrativa e a arte espetaculares e... Elizabeth! O pior: repetição de bosses e inimigos

Lançado em 2007, Bioshock que seria a sequência espiritual de System Shock 2, foi aclamado tanto pela crítica quanto pelos jogadores como um dos melhores jogos daquele ano. Depois do enorme sucesso do primeiro jogo a 2k (produtora) decidiu transformar a franquia em uma trilogia.

Bioshock Infinite é o 3º e mais aguardado jogo dessa trilogia. É lançado após uma espera de quase 4 anos, sofrendo nesse período de tempo muitas mudanças, tanto de conceituais como gráficas foi lançada.  Será que o jogo alcançou todas as expectativas geradas em torno de si, após tanta espera e mudanças?

Historia

Embora Bioshock Infinite faça parte da série, ele não é uma continuação direta de Bioshock 2, e também não é um prequel (tática muito usada na industria nos dias de hoje). Infinite se passa a parte, mas tem todas as características da franquia mas ao mesmo tempo tem sua própria identidade.

Tudo começa com Booker Dewitt, nosso protagonista, que recebe uma missão simples: ir até a cidade de Colômbia, e resgatar uma garota. Assim como nos outros jogos da série você começa sua jornada a caminho de um farol, com quase nenhuma informação sobre onde está indo (exceto pelo nome do local) e um objetivo não muito bem esclarecido.

Booker chega até o farol (que serve para que você aprenda os comandos básicos do jogo) chega até o topo e encontra seu caminho para a cidade de Colômbia. Uma cidade nos céus.

Colômbia é uma enorme cidade voadora (para a surpresa de Booker, afinal o jogo se passa em 1912) e após sua chegada ele é recebido pelos simpáticos cidadãos da cidade, e começa sua busca pela jovem a qual deve resgatar para assim pagar uma dívida.

Numa rápida sucessão de eventos, Booker passa de novo cidadão de Colômbia, a inimigo número um da cidade. Todos voltam-se contra o Sr Dewitt, que passa a ser chamado de falso pastor pelo líder e fundador da comunidade Colômbia Zachary Comstock. Booker então descobre que a bela cidade de Colômbia e seus “pacatos” cidadãos na verdade são pessoas com um espírito ultranacionalista, intolerante, xenófobo, e percebe que para chegar até seu objetivo terá de lutar para abrir caminho até Elizabeth.

A segunda “protagonista” de Infinite, que embora não seja um personagem que você possa controlar, passa a ser uma das personagens mais interessantes e marcantes dos últimos tempos. A jovem e simpática Elizabeth tem um dom especial, ela consegue abrir fendas no tempo/espaço, possibilitando a ela que atravesse entre as dimensões, tornando-a um bem preciosos demais para que Comstock deixe que ela seja levada embora.

4

Gameplay

Infinite herda as mesmas características dos outros jogos da série. A mecânica de FPS, aliada aos poderes que você adquire ao usar os Vigor (uma espécie de Tônico que dá a quem o usa habilidades especiais, como disparar raios pelas mãos). Embora o nome seja diferente, os Vigor funcionam exatamente como os Plasmyd de Bioshock, sendo que a grande diferença aqui é que Dewitt só pode carregar duas armas de fogo de cada vez.

Embora tenha herdado o mesmo sistema dos antecessores, isso não significa que Infinite seja igual. Além dos Vigors e armas de fogo, Dewiit pode usar o Skyhook, um gancho que permite a ele deslizar por trilhos suspensos por toda a cidade de Colômbia, criando uma infinidade de possibilidades de ataques e fugas.

Além do seu arsenal de armas e Vigors, temos Elizabeth que embora não lute diretamente, é capaz de ajudar Dewitt nos combates, seja lhe dando munição, Energia, dinheiro e Salt (a mana de Infinite). Ela ainda é capaz de abrir fendas no espaço criando caixas de munição/itens úteis, Turrets que atacam os inimigos, Robôs que servirão de guarda-costas de Dewitt assim como lugares onde você pode se abrigar durante os tiroteios mais intensos.

Bioshock Infinite é um jogo muito mais linear que seus antecessores. Existe alguma exploração no jogo que permite que você adquira alguns upgrades (mais HP, maior capacidade de Escudo/Salt) mas nada que seja cansativo e force você a ficar indo e vindo entre as localidades. Outro ponto divergente da série, é a quase total ausência de puzzles no jogo (existem alguns pequenos quebra cabeças, mas nada muito relevante a trama). Por conta disso, a integração dos poderes dos Vigors deixa um pouco a desejar, já que não existem puzzles que precisem ser resolvidos com a ajuda dos mesmos e apesar de toda a variedade você irá acabar usando 2-3 deles apenas.

Com relação a dificuldade, o modo padrão do jogo (Normal) é relativamente fácil, então sugiro para os interessados que já iniciem no Hard para que a experiência do jogo seja mais interessante.

3

Gráficos

Um dos pontos altos do jogo, usando a UE3 (Unreal Engine 3), Infinite tem gráficos brilhantes. O mundo de Colômbia é extremamente vivo e vibrante e a direção de arte do jogo somada aos belos gráficos torna a cidade extremamente verossímil.

As ruas, as lojas, a feira, tudo é extremamente detalhado e colorido, bem diferente do clima sombrio de Rapture, embora isso não faça com que as coisas na sociedade de Colômbia seja menos sórdidas.

O trabalho de arte é realmente fenomenal e único, tornando Bioshock Infinite um dos títulos mais bonitos da geração.

 2

Som

Outro ponto em destaque, as músicas, os efeitos sonoros e principalmente os voice acting do jogo são excepcionais em especial a atuação de Elizabeth, que faz com que você esqueça por um momento de que ela é apenas uma personagem.

Veredito

Bioshock Infinite é um jogo incrível em seu conjunto da obra, mesmo que tenha algumas falhas não muito graves.

Prós

– Narrativa Incrível

– Direção de Arte espetacular

– Excelente Voice Acting

– Combates Fluidos

– Belos Gráficos

– Elizabeth

Contras

– Um pouco linear

– Repetição de modelos inimigos

– Falta de puzzles

– Sub-aproveitamento dos Vigors

– O mesmo boss sendo reciclado 3 vezes

Cleber Avelar
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One thought on “Bioshock Infinite – Análise

  1. Pode se dizer que Bishock seguiu + ou – o caminho de Crysis, enquanto que em Crysis era na selva o Crysis 2 foi na cidade, o 3 é uma mistura, a cidade tomada pela selva, já em Bioshock os dos 1ºs eram em uma cidade subaquática já o “3º” é em uma cidade nas alturas, nos céus.

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