Quem está na Internet já deve ter notado uma tendência que se espalha feito praga em milharal: os jogos de Facebook. Chamados de jogos sociais, eles são encontrados aos milhares. Farm Heroes, Criminal Case, Pearl’s Peril, Kings Road, My Ninja e, aquele que se tornou a peste de 2013, Candy Crush Saga. Faça uma análise entre todos os seus amigos no Facebook e você irá notar que uma parte considerável deles está imerso em algum (ou até alguns) destes jogos, principalmente este último. Todo este crescimento seria ótimo se ele não trouxesse benefícios somente para a indústria que o cria, mas também para os jogadores. O problema está no fato de que estes produtos são cada vez mais sociais e menos jogos.
Agora, por qual motivo este tipo de entretenimento não é bacana para os jogadores é porque, em sua essência, a maior parte deles descaracteriza o “ser jogo”, tirando a autonomia de quem está no controle, ou seja, você. Candy Crush Saga (que já tem mais de 40 milhões de usuários e que é mais uma cópia de qualquer outro jogo com Jewel no nome) é um exemplo perfeito disto. Jogo
Eu mesmo caí nesta armadilha jogando Marvel: Avengers Alliance. O jogo se resume a batalhas por turnos mas, por se tratar de Marvel, Homem de Ferro, coisa e tal, estamos aí né? No começo tudo ia bem até eu perceber que, se eu quisesse mais armas, armaduras, recursos ou até mesmo, recrutar um herói para o meu time, era estritamente necessário que eu enchesse as pacovas dos meus amigos do Facebook para me darem tal coisa como presente e blablablabla. No final, percebi que eu não conseguiria caminhar com minhas próprias pernas no jogo se eu não atormentasse meio mundo do meu Facebook. E pra quem já bradou contra estas requisições de jogos e tal, eu não estava sendo correto com meus amigos.
Por um outro lado, jogos sociais tendem a se tornarem a porta de entrada para o mundo dos jogos como a maior parte de nós conhecemos. Afinal, é o casual angariando cada vez mais seguidores.
Por fim, claro que nem todos jogos disponíveis nas redes sociais utilizam este esquema de pirâmide para se promover e recrutar cada vez mais jogadores. Mas é inegável que este modelo é o padrão quando o assunto são jogos sociais. Cabe à indústria se reinventar e aos próprios jogadores saberem discernir quando a empresa quer que você realmente jogue e quando ela quer que você promova o jogo para ela, gratuitamente.
