SIGA-NOS EM NOSSAS REDES SOCIAIS -
26 de setembro de 2025
8.5
Os jogos arcade de Rally estão mais vivos do que nunca

Rally Arcade Classics entrega uma dirigibilidade sólida e muita ação rápida em pequenos trechos. O modo Tour acaba virando repetição, e a falta de variedade de cenários dói. O sistema de estrelas arrasta o progresso, e os restarts lentos atrapalham. Mesmo assim, o jogo prende — seja pela disputa nos rankings, seja pelo gostinho de sempre melhorar o tempo.

Rally Arcade Classics

O rally arcade parece estar voltando com força. Enquanto títulos como Old School Rally miram diretamente no clima dos anos 90, Rally Arcade Classics tenta algo um pouco mais moderno. A Netk2 Games está no comando e entregou um jogo viciante e envolvente. Apesar de parecer limitado em estágios e ter uma estrutura que pode cansar com o tempo, o game insiste em me trazer de volta para mais uma corrida.

Etapas em ritmo acelerado

Há uma boa variedade de pistas para mergulhar. Rally Arcade Classics conta com eventos completos, mas o modo “Tour” fatia esses percursos em pedaços menores. O resultado é uma campanha ágil, que raramente fica parada no mesmo ponto. Mudanças de clima e hora do dia dão cara nova a pistas conhecidas, e os tipos de evento ajudam a variar: corridas contra o tempo, provas de drift para manter o carro de lado e competições para alcançar o pelotão.

Dá até uma alegria ver o rally voltando.

Licenças e estrelas: amor e ódio

A variedade segura o interesse, mas o progresso pode emperrar. O Tour é dividido por categorias de carro, e para desbloquear é preciso conquistar licenças. Cada licença exige bater tempos pré-definidos para ganhar troféus de ouro, prata ou bronze. Esses troféus viram estrelas, usadas para abrir novos eventos.

Adoro essa câmera, me faz lembrar antigos jogos de rally do Neo-Geo.

No começo, as estrelas aparecem fácil. Já na reta final, a coisa aperta e pode ser necessário repetir eventos antigos. O problema é que os restarts não são imediatos: cada tentativa passa por uma transição lenta que quebra o ritmo.


Dinheiro curto, garagem cheia

Repetir eventos não rende muito. Os créditos pingam devagar e a coleção de carros cresce aos poucos. Os ralis pagam melhor e vêm em três dificuldades: fácil, médio e difícil. Também é possível experimentar diferentes tipos de tração, o que ajuda a reciclar os poucos cenários disponíveis. No fim, as provas são curtas o bastante para não cansar.

Curtindo os replays!

A grana serve para comprar mais de 40 carros, todos versões genéricas de ícones do off-road. Os modelos de corrida só são liberados ao vencer desafios arcade específicos: mini-competições de quatro estágios onde você precisa ultrapassar rivais. Legal na teoria, mas engessado na prática — só dá pra passar um número fixo de carros por etapa.


Modo Cronômetro: treino liberado

O Chrono Mode funciona como um shakedown sem amarras. Tudo está liberado — pistas, carros, clima e horário. Ótimo para treinar e domar as máquinas mais potentes. Alguns podem achar essencial, mas os fantasmas dos time attacks já ajudam a se superar!


Direção entre arcade e precisão

A jogabilidade é consistente, mas não abraça 100% o estilo arcade. Longe de ser simulação, ainda exige precisão para baixar tempos. Superfícies e tempestades pesam no controle, e pistas estreitas pedem delicadeza. Monte Carlo, por exemplo, é um teste constante de curvas fechadas e uso do freio de mão.


Carros nervosos, batidas esquisitas

Aprender os detalhes de cada carro é divertido, mesmo que todos sejam versões “disfarçadas” de modelos famosos. Quanto mais potência, maior a necessidade de conhecer a pista. As máquinas modernas puxam com força absurda, o que pode estranhar de início.

Há uma boa variedade de cenários.

Já as colisões decepcionam: os carros parecem blocos pesados, travando ou parando de vez ao bater em qualquer obstáculo(lembra os ralis de PS1). Sair de marcha a ré nem sempre resolve, e até o sistema de reset demora para responder.


Conteúdo limitado, mas bem aproveitado

No fim das contas, dirigir é prazeroso. O barro molhado irrita, mas os quatro cenários de rali conseguem variar bem com inversões e recortes de pista. Ainda assim, faltam locais — um safari ou mais asfalto cairiam bem. A apresentação é competente: menus funcionais, narrações simples e logos espelhados para fugir de processos de direitos autorais (engraçadinho, mas meio feio).


VEREDITO

Rally Arcade Classics entrega uma dirigibilidade sólida e muita ação rápida em pequenos trechos. O modo Tour acaba virando repetição, e a falta de variedade de cenários dói. O sistema de estrelas arrasta o progresso, e os restarts lentos atrapalham. Mesmo assim, o jogo prende — seja pela disputa nos rankings, seja pelo gostinho de sempre melhorar o tempo.

David Signorelli
Últimos posts por David Signorelli (exibir todos)

Sorry, no related posts found.

TOP