Análise de FarCry 3 (PC)
“A sociedade te ensinou a falhar. Não a natureza”
FarCry 3 é um lançamentos mais esperados do ano, alguns aguardaram com esperança, outros, com desconfiança. Isso devido ao capítulo anterior desta franquia, FarCry 2, que tinha muitos problemas e falhas.
Pois essa desconfiança acaba de ser desfeita, FarCry 3 é sem sombra de dúvida um dos melhores jogos deste ano, talvez, da geração. Os inimigos com respawn infinito e a malária definitivamente ficaram para trás. É bonito, bem feito, personagens bens construídos, mapa quase perfeito e uma história, que embora meio clichê, é bem amarradinha.
O personagem de Jason (o protagonista), é um Oasis em meio a FPSs, no começo, parece ser mais um personagem sem carisma, porém logo ele ganha a simpatia do jogador, pois demonstra emoções, medos e deixa bem claro quando a adrenalina bate, mesmo que não seja o melhor momento…
O jogo, assim como seus antecessores tem base numa jogabilidade stealth combinado com estratégia e precisão.
SPOILERS A PARTIR DAQUI.
Tudo começa quando Jason, um playboyzinho, junto com dois irmãos e amigos resolvem fazer paraquedismo numa ilha desconhecida (por eles).Eles acabam na mão de Vaas, o lider dos piratas e traficantes da ilha norte, e um dos melhores vilões já concebidos num jogo.
Vaas pretende pedir resgate pelos jovens e depois vende-los como escravos! barra pesada total.
Jason foge, e ai começa a aventura. Jason deve resgatar seus amigos e vingar a morte do irmão, causada por Vaas, porém não conseguirá fazer isso sozinho…
Jason é salvo por um dos habitantes da ilha, você ganha sua primeira “tatuagem do Guerreiro”, uma tatuagem mágica, que dá poderes ao dono, e a cada evolução de Jason, quanto mais ele aprende, mais tatuagens vai ganhando.
Logo Jason vai recebendo ensinamentos dos habitantes, como confeccionar remédios utilizando ervas encontradas na mata, que será essencial para a jornada de Jason, como caçar animais e utilizar seu couro, como ser um homem da floresta.
Logo, os habitantes da ilha começam a ajudar Jason a encontrar seus amigos, enquanto Jason ajuda os habitantes a se livrar dos piratas, porém, nem tudo é preto-e-branco, nem tudo é claro. A Ilha esconde mistérios ancestrais, de habitantes antigos, de um combate com um demonio…
FIM DOS SPOILERS.
O além de salvar os amigos, outro principal objetivo de Jason é matar Vaas e ele é um show a parte de Far Cry 3. A tempos não aparecia um vilão tão bem-feito, tão bem pensado. Até a voz de Vaas foge do padrão, ela não é grossa e forte, ela é esganiçada, falha quando está nervoso e fala de um jeito louco… Vaas gosta do sofrimento alheio, ele gosta do medo das pessoas… Vaas gosta de causar esse medo (e dissertar sobre insanidade). Ouso dizer que Vaas é o Coringa dos games.
GRÁFICOS
Talvez FarCry3 tenha um dos melhores gráficos dessa geração (e do inicio da próxima). Tudo é muito bem feito… as florestas parecem reais, com plantas diversificadas e sensação de mata aberta ou fechada, animais distintos são bem reconhecíveis, Veiculos com marcas de ferrugem, cabanas de pau-à-pique, mar e rios com tipos de água distintas.
Os gráficos também uma importancia grande no gameplay, pois o mato, quanto mais alto, mais escondido você fica.
O alcance de horizonte é bem longo (na versão PC pelo menos) e isso é muito importante num jogo onde atirar com uma sniper à 200 mts é de extrema importancia.
AUDIO
Os efeitos sonoros do jogo são incriveis! chegando ao ponto das vozes mudarem em anbientes distintos… você escuta as vozes meio abafadas quando está embixo da água, escuta com eco se estiver numa caverna, e mesmo o eco muda dependendo da profundidade que você estiver na caverna.
Os veículos também possuem sons reais e distintintos para cada tipo de veículo e o som das armas estão dentro da normalidade do jogos atuais.
A música é fantástica. Na maior parte do tempo é utilizado o tipo padrão de música nos jogos ocidentais, musicas de fundo, dando tom a situação (perigo, combate, vagando pela floresta)… porém algumas missões tem músicas especificas, pra aquele momento, e a música deixa de ser “de fundo” e passa a ser algo ativo, que chama a atenção, no mesmo volume das armas. E são absolutamente perfeitas.
Existem também musicas nos carros, que variam de um black polinésio, passando por tecno New Zelandes até uma baladinha havaiana com uke-lele. Muito bem ambientado.
GAMEPLAY
O jogo vai te apresentar duas formas básicas de jogabilidade, Stealth e Rambo. O melhor de FarCry 3 é justamente a liberdade que ele proporciona para que o jogador possa agir da forma como achar melhor.
Você pode se aproximar com cuidado do inimigo, chegar de mansinho, espreitando pelo mato e quando ele estiver perto… enfiar um facão em sua garganta… ninguém percebe nada.
Pode também atirar a meia-distancia, utilizando um silencioso e poderoso arco e flecha e a flecha pode ser recuperada depois.
Pode atirar a distancia, utilizando um poderoso rifle sniper com silencioso e abater seus inimigos um por um.
Pode ir de peito aberto, pra cima do inimigo, utilizando metralhadoras, lança-foguetes, um rifle de assalto ou uma escopeta poderosa.
Praticamente todas as armas podem ser customizadas ao gosto do freguês… silenciadores, miras, pintura, pentes de munição. Porém isso custa dinheiro! E dinheiro não é algo facil de se obter nessa ilha.
Porém além das armas, existem outras duas coisas importantes nesse jogo, e uma delas é seu equipamento “de carga”. Você começa o jogo com um pequeno saco de carregar itens, um coldre que permite carregar apenas uma arma, uma carteira pequena e etc… E é de extrema importancia melhorar esses itens, para carregar mais armas, mais munição, mais itens. E para isso, entra em ação um outro aspecto do jogo, a caça!
Sim caçar! Diferente de outros jogos atuais como RDR ou AC3, caçar em Far Cry 3 é realmente importante, e não é pra fazer dinheiro (embora seja possível vender a caça). Cada upgrade demanda um tipo de caça diferente, e animais é o que não falta nessa ilha.
Se você se sentir culpado por abater pobres e indefesos animais, relaxe, não só são feitos apenas de pixels como não sofrem com extinção, pois a cada reload do jogo, os animais sofrem respawn 😉
A caça também auxilia no outro ponto importante do jogo, o ganho de experiencia. Cada inimigo abatido (seja animal da selva ou animal humano) dá ponto de experiencia e a forma como são mortos muda também o ganho de experiencia. Se matar um pirata da pontos de experiencia, mata-lo com um tiro na cabeça dá mais… e matar com a faca, por trás no stealth, dá ainda mais.
A árvore de experiencia não é nenhum Skyrim, é bem menor, porém para um jogo que é um FPS, ela é bem razoável.
A árvore de experiencia é dividida em tres seções distintas, a Garça, o tubarão e a aranha, que representam animais sagrados para os habitantes da ilha.
Eu recomendo tenter pegar o mais rápido possível o aumento de barra de energia e os movimentos de takedown, que são importantes para abater inimigos de forma silenciosa.
Além da missão principal, existem sub-quests, tarefas e desafios. As sub-quests se definem basicamente em 4 tipos:
1 – Assassinato – Moradores da ilha pedem pra você assassinar algum pirata que os estejam incomodando. Em todas essas missões os alvos devem ser eliminados com o facão.
2 – Caça – Aqui você deve abater algum anima espeçifico utilizando uma arma específica que lhe será fornecida, em alguns caso, a missão o levará a abater animais raros (como uma pantera negra) e cujo sua pele será essencial para a confecção dos itens maiores.
3 – Ajuda – Moradores da ilha irão lhe pedir um help para algum assunto particular, como seguir um marido infiel.
4 – Busca de suprimentos – Essa pra mim a mais chatinha, você utiliza um veículo específico e tem que recolher suprimentos em um tempo limitado… é praticamente uma corrida.
As tarefas são importantíssimas pra sua tranqulidade na ilha. Uma é escalar torres de rádio e retirar o aparelho de bloqueio das mesmas. Isso liberará armas de graça nas lojas.
Outra tarefa é acabar com os postos-avançados dos piratas (Outposts), bastando eliminar todos os piratas presentes, isso deixará a região ser dominada pelos nativos, e consequentemente sua vida ficará mais tranquila naquele pedaço. Isso pode ser feito no modo rambo, porém recomendo utilizar Stealth, se não quiser que alarmes sejam disparados e apareçam mais piratas na luta.
Desafios são basicamente tiro-ao-alvo com armas distintas e corridas.
Um fato interessante do jogo é a quantidade de referencias à Assassin Creed, coincidentemente, da mesma Ubisoft. Saltos de fé, escalada em torres para liberar o mapa, assassinatos stealth, inclusive..
SPOILERS
Depois de entrar uma base japonesa, e resgatar alguns documentos, ulguns deles fazem referencia a experiencias estranhas, com máquinas elétricas, memória no DNA e etc… estariam os templários por trás da ilha?
FIM DOS SPOILERS
Em resumo, tem muita coisa pra fazer na ilha, muita coisa mesmo. Ela é totalmente aberta desde o início do jogo, você pode explora-la, encontrar alguns mistérios como templos antigos, participações japonesas da WW2, entrar em cavernas, nadar no mar, pular de asa-delta ou andar de jet-sky.
Ótimo review! Conseguiu me empolgar a pegar esse, sendo que eu odiei o 2. Mais um pras compras de final de ano. 🙁
muito foda esse game, depois de jogar uma hora é vicio na certa
Acabei de comprar no submarino por 120 conto depois de ler o review! História de filme B, com vilão foda, stealth e open world = epic win.