Streets of Rage 4 – Análise
Uma das melhores séries de Beat'em Ups retorna com gameplay clássico, 4 jogadores, desafio na medida e recoloca a franquia em lugar de destaque após 26 anos do último jogo.
Street of Rage 4 é a aguardada sequência da saga do Megadrive. O game foi desenvolvido pela Lizardcube (Wonder Boy: The Dragon’s Trap) e publicado pela DotEmu para Nintendo Switch, Xbox One, PS4 e PC.
É bom estar de volta
Street of Rage é umas das séries de Beat ‘em Up mais emblemáticas e que marcaram época nos 16 bits. Quem viveu aquela época sabe como a pancadaria rolou entre fãs de Double Dragon da CAPCOM e Streets of Rage da SEGA, e mesmo hoje tocar nesse assunto é pior que atiçar um vespeiro.
Em 2019 eis que a gloriosa franquia é revivida por dois estúdios indies, e com a falta de jogos expressivos do gênero o hype em cima da nova sequência é massivo. Eu mesmo fiquei extasiado com o anúncio e mesmo não sendo nenhum fã doente pela franquia, fiquei bem feliz em saber que o estúdio por trás da continuação era muito competente.
A história se passa após os eventos de SOR3 e os novos vilões são os filhos de Mr. X.
E como sempre o enredo não é o foco do game e mesmo tendo coerência não deve agradar aqueles que procuram grandes narrativas e desenvolvimento de personagens, mas é suficientemente interessante para atrair novos jogadores e com certeza convida mais pessoas a conhecerem a franquia e a se interessarem pelo universo.
Pancadaria
Todos os personagens oferecem jogabilidades e habilidades bem diferentes, mesmo quando comparamos com os antecessores, tudo mudou e tem um peso e física diferente. Você realmente tem uma grande sensação de estar acertando os golpes, o que torna a jogabilidade bem gostosa, me lembrando a famigerada série Destiny, que tem um senso de tiro que pouquíssimos jogos conseguem entregar,
O game é completamente aproveitável solo ou em coop, eu joguei a primeira vez sozinho, mas tive oportunidade de experimentar o coop presencial com um amigo e como esperado foi nesse momento que o jogo se mostrou a que veio.
Como esperado SOR4 não oferece sistema de progressão, o que particularmente gosto por ser fiel às suas bases e por realmente oferecer jogabilidades bem distintas entre os personagens. E isso significa que não temos melhorias progressivas que ampliem as possibilidades de combos e poderes. Mecânicas de progressão são comuns em todos jogos modernos e essa escolha do time nos remete a simplicidade e efetividade de produções mais antigas.
Jogos que geralmente oferecem sistema de leveis e progressão sem muito cuidado acabam estragando a experiência se tornando fáceis quando se aproximam do final do jogo. O que não ocorre em SOR4, que foi completamente feito para um experiência de dificuldade progressiva e feita a mão para desafiar o jogador conforme ele fica mais habilidoso.
Os cenários são bem variados, trazendo tudo que se espera de uma cidade futurista distópica e decadente e o mesmo pode ser dito dos inimigos, temos que nos preocupar com uma boa variedade de ataques e tipos deles, principalmente os mini bosses que foram extremamente bem pensados e trazem uma grande variedade de golpes e desafios.
Yuzo Koshiro
Antes de mais nada devo lembrar à todos que a trilha sonora desse jogo é composta por ninguém menos que Yuzo Koshiro, o cara que trabalhou na direção de som de toda série Streets of Rage, além de jogos como Sonic e Shenmue. Então como era a trilha sonora é absurdamente boa e oferece grandes composições, novas e revitalizadas da série.
Visualmente é um jogo com bases bem artísticas e eu particularmente gosto bastante do trabalho da DotEmu, mas não consigo julgar para todos efeitos se é belo ou feio, fica a seu critério. Tecnicamente falando é um jogo simples e bem leve, acredito que qualquer GPU moderna seja capaz de garantir esse jogo em 1080p com 60 FPS cravados. Testei o game em duas configurações: i5 e GTX 970 e i7 e RTX 2070 Super e ambas aguentaram o jogo tranquilamente em 4K@60.
Espero te ver novamente
Streets of Rage 4 é um game de Briga de Rua clássico, com jogabilidade clássica e que recoloca a franquia em lugar de destaque após 26 anos de seu último jogo. Como jogador de velha guarda, pensar que um gênero tão forte como Beat ‘em Ups praticamente desapareceram do mercado para dar espaço a produtos mais complexos e completos como Hack ‘n Slashs e Action Adventures é triste.
Olhar para 2020 e ver como o mercado moderno tem espaço para todos os tipos de jogos, inclusive gêneros soterrados pelo tempo, é o que me motiva a jogar videogames. Final Fantasy VII não revigorou só seu jogo mais emblemático no começo desse mês, ele reviveu minha expectativa pela franquia e abre novas portas para um gênero que passou por sérios problemas por muito tempo.
Streets of Rage 4 faz o mesmo pelo seu gênero e quem sabe não vejamos um crescimento exponencial de relançamentos de clássicos após dia 30 de abril?
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- Ambientação com cenários variados e direção arte belíssima.
- Personagens bem distintos mantém o jogo interessante por várias jogadas.
- A jogabilidade é excelente e você sente o peso dando porrada.
- Progressão de dificuldade e Bosses são muito bem planejados.
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- A duração da campanha é bem curta (3 horas).
- Os modos extras não são tão interessantes jogando sozinho.
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