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19, jul 2018
The Crew 2 – Análise
7
Corrida arcade coop em mundo aberto
Apesar de repetir alguns erros do primeiro jogo, The Crew 2 se destaca nos gráficos e na escala do mapa, que é gigantesco. É recomendado para os que curtem games de corrida estilo arcade.

O primeiro The Crew não foi um game completo, nem tornou-se referência em seu gênero, servindo mais como experiência para a Ubisoft, numa tentativa de abranger estilos de jogos que ainda não dominava em seu portfólio como desenvolvedora. 

O segundo jogo fica a cargo do estúdio interno Ivory Tower e mantém o estilo Arcade, adicionando novas modalidades de corridas além dos carros. Agora temos barcos, aviões, motos e até mesmo um Formula 1, ostentando um patrocínio pesado da Redbull em cima do jogo, que dessa vez aborda o estilo de vida das celebridades que praticam essas modalidades radicais.

The Crew 2 mantém as licenças de veículos do mundo real do primeiro e amplia o panteão a disposição do jogador, replicando os sons reais dos motores, recriando fielmente os painéis na opção de câmera interna com todos os detalhes. O número de veículos licenciados passa da casa das centenas e você vai gastar muito tempo coletando, personalizando e atualizando a sua garagem.

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No enredo, o jogo apresenta a rede social fictícia chamada Live. Você é um piloto jovem e desconhecido que deve ganhar credibilidade e conquistar seguidores no Live, fazendo acrobacias e disputando e vencendo diferentes corridas e eventos. O game claramente tenta abordar um público mais jovem com essa ambientação, mas a experiência não é tão convincente. As atuações dos personagens nas cutscenes são exageradas, com modelos que deixam a desejar e ofuscam a real beleza dos cenários e veículos de The Crew 2.

Testamos a versão de Xbox One X e no que os modelos de personagens pecam, os veículos e o imenso mapa de mundo aberto mostram um grande esmero visual por parte da Ivory Tower. Some isso ao fato de que esse é um dos poucos games de corrida com mundo aberto a oferecer suporte ao 4K e 60 FPS no console da Microsoft e você vai sacar que o objetivo da desenvolvedora foi mesmo tornar-se referência gráfica nos jogos de corrida atuais.

Novamente o game se passa nos EUA e você vai dirigir por versões completas das grandes cidades norte-americanas e até mesmo recriar a sua versão das rotas mais famosas. Quer ir de Nova York até o Grand Canyon? É só traçar a rota no GPS e iniciar a viagem. Existem quatro tipos de corridas diferentes (corridas de rua, corridas profissionais, estilo livre e fora de estrada), cada uma com seu próprio conjunto de eventos. À medida que você progride no ranking, ganhando mais seguidores, você desbloqueia mais veículos e pode participar de mais eventos. É uma progressão bem similar a da série Forza Horizon, só que ao invés de um festival, aqui você está buscando tornar-se uma “celebridade virtual”.

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Infelizmente o que não se parece com Forza Horizon é a simplicidade com que The Crew 2 implementa mudanças na jogabilidade de cada categoria de veículo. Apesar das diferentes modalidades disponíveis, todas controlam de maneira muito parecida e até mesmo os aviões não diferem-se tanto dos carros ou barcos na jogabilidade no final das contas. Outra coisa que também deixa a desejar são os detalhes de colisão, praticamente inexistentes. Não importa a gravidade do acidente, seu carro, barco, moto ou avião sairá dele ileso com apenas uma mudança de textura arranhada bem mal feitinha.

O multiplayer é o que separa The Crew 2 de outros títulos de corrida. O jogo permite que os jogadores participem de diferentes modalidades e eventos em até quatro jogadores e esse é o grande diferencial aqui. Tudo o que você consegue, competindo ou circulando livremente no mundo aberto, impulsiona sua progressão e atualiza seu status de fama. Outra grande sacada foi a inclusão de mudança de veículos sem transição, no modo de mundo aberto. Isso significa que você pode estar dando um role de barco e trocar para o avião em tempo real, sem qualquer tela de carregamento.

The Crew 2 repete alguns erros do primeiro jogo, mas se destaca principalmente nos gráficos e na escala do mapa, que é gigantesco. É recomendado para os que curtem games de corrida estilo arcade e já debulharam os jogos da série Forza Horizon e Need for Speed. Jogadores que gostam de simuladores devem passar longe.

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Pontos Positivos

  • Gráficos dos veículos e cenários estão muito bons
  • 4k e 60 FPS no Xbox One X
  • Mundo aberto gigantesco
  • Multiplayer em 4 jogadores

Pontos Negativos

  • Danos nos veículos inexistente
  • Modelos de humanos nas cutscenes
  • Enredo fraco até mesmo para o público adolescente
  • Controles não se diferenciam muito entre veículos
Átila Graef

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