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Wolfenstein II: The New Colossus – Análise

Wolfenstein II: The New Colossus é um shooter com foco total na campanha para um jogador, com muito gore e assassinato de porcos nazistas sendo a sequência direta do reboot Wolfenstein: The New Order, lançado pela Bethesda e desenvolvido pela MachineGames.

The New Colossus continua a guerra contra o império nazista e se desenrola numa realidade alternativa onde os Estados Unidos perderam a Segunda Guerra Mundial e os nazistas desenvolveram e implantaram a primeira bomba atômica do mundo, vencendo a guerra e dominando os EUA.

A temática do jogo é adulta, pesada e revoltante e passa uma ideia temerosa do que aconteceria se os nazistas tivessem levado a guerra e seguido com sua loucura da raça ariana. Nessa realidade grupos racistas como a KKK foram fortalecidos pela dominação do terceiro reich.

O jogo traz momentos cruéis, divertidos e bem inusitados durante toda sua duração. Eu sinceramente gostei muito dos personagens, falas, roteiro e da trama. O enredo, acontecimentos e missões são brilhantes e com certeza um dos destaques desse game.

O que me chamou atenção é que diferente do game anterior e outros jogos de guerra, ele não tentou ser sério e criou momentos simplesmente hilários e satíricos espetaculares. Do início ao fim do jogo você vai rir e passar raiva e isso é lindo caras. O final desse game é uma obra de arte.

AHHHH DOCE VIOLÊNCIA

Wolfenstein II é um game extremamente violento, mas não pense naquela violência fraca e barata para criar polemicazinha. O game usa a brutalidade para aliviar o ódio do jogador. Em vários momentos você vai se sentir impotente e muita RAIVA dos acontecimentos, então nada melhor que uma machadada no crânio de um nazista safado para deixar a gente feliz. Você vai ver cotocos de nazistas para todos os lados e é extremamente satisfatório explodir alguém com um calibre 12 nesse jogo.

Falando de jogabilidade, recuperar HP aqui só rola com itens distribuídos pelos mapas. Assim como no Wolfenstein original, você tem a armadura que reduz o dano recebido que pode ser recuperada com itens e armaduras dos inimigos mortos. O Level Design do game permite vários tipos de abordagem mesmo seguindo um formato linear. Os inimigos têm boa inteligência artificial e vão ficar eternamente em alerta se você for descoberto num local e não matar os comandantes.

Os mapas em Wolfenstein II estão grandes e oferecem múltiplos caminhos. Explorá-los é essencial para pegar todos colecionáveis do game e evitar conflitos quem busca uma pegada mais furtiva. Quase toda ação no game aprimora seus Perks. Matar inimigos com tiro na cabeça, esfaqueá-los por trás, matar comandantes antes de ser visto, são ações que vão aprimorando esses perks que podem desde melhorar o dano da suas armas com silenciador até até garantir mais munição para o seu arsenal.

O jogo oferece vários níveis de dificuldades (uns 7) e tendo como base os que eu testei, estão todos bem balanceados. Para os mais experientes como eu, recomendo o “Do or die!” ou “Call me Terror-Billy!”, acredito que essas são as melhores pedidas. Se você for doente jogue no Mein leben, mas prepare-se para ser destruído. Todas outras configurações abaixo de “Do or Die” eu achei fáceis demais e atendem bem os jogadores mais casuais.

As mecânicas e a jogabilidade, são excelentes. O game te leva do Stealth até alguns dos tiroteios mais frenéticos que já vi em poucos segundos. As armas estão deliciosas, o Level Design é primoroso e todas essas mecânicas estão bem encaixadas. The New Colossus traz inclusive side-quests, e algumas delas exploram o máximo da jogabilidade. Eu ainda não fiz todas mas realizei boa parte delas.

UM TOM VERMELHO QUE PARECE SEU CRÂNIO

Gráficamente o game é muito bonito, com efeitos visuais bem complexos, modelagem e texturas de primeira linha. Infelizmente o mesmo não pode ser dito da performance no PC. DOOM rodava fluido, belo e vermelho, já The New Colossus tem vários problemas técnicos na plataforma, principalmente para quem tem GPUs da NVIDIA. encontramos diversos bugs e crashes em testes com uma Geforce GTX 1070 e 1050. Nos consoles normais é uma situação bem mais estável, mas com gráficos de menor qualidade.

A qualidade dos assets, a modelagem e a iluminação sobre os diversos materiais são muitas boas mesmo, mesmo nos videogames. As animações também estão caprichadas, principalmente as de finalização que estão do naipe de DOOM, mas com nazistas desgraçados do outro lado.

Os efeitos sonoros e as músicas estão excelentes e é bem gostoso de ouvir o som da morte de um nazista sujo com aqueles acordes de metal pesado no fundo.

A ambientação é espetacular. Você anda por locais que vão desde cidades destroçadas até bases militares voadoras. O jogo te faz se sentir caçado pelos nazistas e constantemente alopra Blazko durante os acontecimentos.

O visual dos inimigos e das armas também estão muito bons. Só achei que ficou devendo um pouco em novidades e maior variedade. Os cenários estão bastante diversificados e condizentes com a ambientação do jogo e a atmosfera passa bem o drama que seria viver num mundo dominado pelo terceiro reich.

HEIL MOTHERFUCKERS

Wolfenstein II é um dos melhores FPS da geração, entrando de voadora no meu top spot acima de DOOM e Titanfall 2. Todo conceito do primeiro game foi aprimorado nesta continuação e a mistura do old school com as novidades do gênero que vem sido resgatado pela Bethesda foram além da proposta do próprio DOOM lançado ano passado. Essa é uma das melhores experiências single player dessa geração e com certeza um dos melhores jogos do ano.

Se você quer um FPS brutal, com o melhor que o gênero tem a oferecer, jogue Wolfenstein II: The New Colossus com vontade. Foram mais de 15 horas no hard e ainda tinha mais conteúdo pós game para fazer.

VIDA LONGA AO TERROR BILLY

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