SIGA-NOS
19, ago 2016
Análise – Deus Ex: Mankind Divided
Um Deus Ex à altura do original
Deus Ex: Mankind Divided é altamente recomendado para os fãs de stealth, RPGs e FPS. Um dos grandes títulos da geração até agora.

Desenvolvido pela Eidos Montreal e publicado pela Square EnixDeus Ex: Mankind Divided se passa no futuro de 2029, dois anos após os eventos de Human Revolution(título anterior da série) em um mundo que teme pessoas que recebem implantes biônicos, conhecidos como “aprimorados”.

Deus Ex é um jogo de tiro em primeira pessoa que mistura elementos de RPG com uma temática Cyber-Punk refinada e muitos elementos de stealth. Você é Adam Jensen um dos aprimorados, e trabalha para uma força-tarefa financiada pela Interpol para capturar terroristas com essas melhorias.

A história permeia um conflito entre os humanos e os aprimorados e os movimentos dos Illuminati, organização responsável no game anterior por um atentado envolvendo os humanos alterados em um assassinato em massa. As consequências desse conflito ainda atingem o segundo jogo e Jensen está literalmente no meio dele, sofrendo suas consequências no desenrolar do enredo.

YouTube player

Os gráficos estão excepcionalmente mais bonitos que o anterior e no PC com tudo no máximo, o jogo parece uma CG jogável em diversos momentos. Iluminação e sombra estão visivelmente melhorados, assim como as texturas das armas, das augmentações e dos cenários, que vão de Dubai, Praga a uma favela fictícia chamada Golem City.

O mais incrível é que mesmo com os gráficos excepcionais, a performance do jogo é muito estável. A taxa de quadros não cai durante o tiroteio, ação e pulos frenéticos. O único ponto negativo no departamento gráfico fica para os efeitos de eletricidade e fogo que não me agradaram muito, deixando um aspecto de geração passada, usando assets reaproveitados do primeiro game.

Seguindo o estilo da série, Deus Ex: Mankind Divided conta com diversas escolhas e side-quests interessantes, deixando de repetir erros de franquias famosas e sendo mais variável que o título anterior nesse aspecto. Aqui suas decisões tem peso e não são nada genéricas.

YouTube player

A trilha sonora é empolgante e me lembrou títulos como Blade Runner e Total Recall, do mesmo gênero Cyber-punk, o que é maravilhoso e mantém o tom certo da ação.

No departamento de jogabilidade, o título conta com novidades no aprimoramento de Jensen, movimentos de execução precisos e uma inteligência artificial claramente modificada. Os inimigos não estão mais ligados no modo automático e agora eles flanqueiam e atacam de formas variadas, tornando o gameplay mais desafiador.

O fator de replay do título é alto no modo história, e ainda ganhou muito com a adição do modo Breach, uma espécie de modo Arcade que mistura uma “experiência puzzle com shooter”. Desenvolvido por outro time dentro da Eidos Montreal , Breach é uma experiência totalmente diferente da campanha.

Deus Ex Mankind Divided (18)

Em Breach você não controla Jensen, mas sim um ripper, hacker no ano de 2029. Aqui seu objetivo é obter e vender dados corporativos altamente confidenciais se infiltrando em alguns dos servidores mais seguros do mundo, usando os fundos que você adquire para melhorar suas habilidades e arsenal.

O novo modo conta com 75 níveis e é quase que um jogo novo. Se quiser entender melhor qual é a do novo modo, pense nas VR Missions de Metal Gear Solid, com mais variação na jogabilidade e muito desafio, principalmente nas missões mais avançadas.

Deus Ex Mankind Divided (14)

Com uma história profunda e cheia de reviravoltas, Deus Ex: Mankind Divided é uma sequência de peso, melhorando a experiência do game anterior. O enredo tem surpresas e sequências mais intrigantes (um dos pontos fracos do jogo anterior), personagens carismáticos e um gameplay impecável.

Altamente recomendado para os fãs de stealth, RPGs e até mesmo de tiro, Deus Ex: Mankind Divided é um jogo muito variado e um dos grandes títulos da geração até agora.

Prós

  • Ótimos gráficos e boa performance sem exigir muita máquina nos PCs.
  • Enredo superior ao primeiro e side-quests bem trabalhadas.
  • O modo Breach é praticamente um novo jogo, aumentando muito o fator replay.

Contras

  • Alguns efeitos parecem reaproveitados do primeiro jogo.
  • A trama pode parecer confusa, especialmente para os que não jogaram Human Revolution.
Pedro Kakaz
Últimos posts por Pedro Kakaz (exibir todos)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *