Análise – Mad Max
7.5
Rat rods everywhere
Com alguns problemas de identidade e repetição, Mad Max deve agradar os fãs dos filmes e de jogos de corrida. Já quem busca uma experiência única de ação/sobrevivência em um mundo pós-apocalíptico deve esperar Fallout 4.
A Avalanche Studios, produtora da série Just Cause, é a responsável por trazer aos fãs de Mad Max um ótimo jogo baseado no último filme da franquia, com um bonito e vasto mundo aberto em um cenário pós-apocalíptico onde os carros são o centro das atenções.
HISTÓRIA
A história começa de forma similar à do ultimo filme, Mad Max: Estrada da Fúria, onde o Max perde seu icônico carro, o V8 Interceptor. Na sequência, Max se depara com um talentoso, porém estranho, mecânico chamado Chumbucket que oferece a sua ajuda para o lendário motorista reconstruir o seu veículo, agora com o apelido de Magnum Opus. A história se desenvolve basicamente em achar partes e peças de carro para melhorar o Magnum Opus, para que assim Max consiga seguir seu caminho em direção à Plains of Silence.
MAPA
O gigantesco mapa é dividido em 4 regiões, cada uma delas com um estilo visual único e muito bem destalhado. Max deve ajudar os líderes de cada região em troca de um local seguro para melhorar seu carro. Mesmo sendo um grande deserto, o mapa é cheio de objetivos secundários, como por exemplo acabar com os lacaios nos acampamentos, explorar locais abandonados, participar de corridas e destruir torres de vigilância. Porém, após um tempo esses objetivos acabam se tornando repetitivos, até mesmo porque a história as vezes te obriga a completar alguns deles antes de prosseguir.
Apesar de apresentar em seu visual alguns elementos de jogo um cenário pós-apocalíptico, Mad Max falha em passar a sensação de perigo e escassez de recursos. Um exemplo é, mesmo mostrando no tutorial como conseguir gasolina e reabastecer o carro, eu nunca, durante o jogo inteiro, precisei abastecer novamente. Água e comida, que servem pra recuperar vida, não são necessárias, já que Max, ao morrer, retorna no ultimo ponto salvo com a vida completamente cheia.
GAMEPLAY
O combate de carro é a melhor coisa que o jogo tem para oferecer. Ele é rápido, cheio de explosões e momentos para gritar “WITNESS ME!“. Porém, o que estraga um pouco a experiência em alguns casos é a queda de FPS que acontece durante o combates com muitos carros, mas nada que atrapalhe de modo geral.
Por outro lado, o combate corpo-a-corpo peca bastante comparado a outros jogos do gênero. Os controles não são tão responsivos como nos jogos do Batman e a câmera não consegue enquadrar muito bem o que está acontecendo. Existem momentos que a câmera dá foco em um inimigo no qual você está batendo no momento em que outros inimigos preparam um ataque e em outros momentos em que ela simplesmente muda a direção e o foco por estar perto da parede. Os inimigos e chefões são legais de enfrentar, porém a falta de variedade deixa essa parte meio repetitiva.
Explorar o mapa de carro é muito legal, percorrer o deserto e enfrentando outros carro é muito divertido. Porém, descer do carro é uma tristeza pois Max não consegue pular direito em plataformas e os controles não ajudam muito. Coletar, interagir ou destruir algo pode ser frustrante em alguns momentos.
CONCLUSÃO
Com alguns problemas de identidade e outros poréns, Mad Max deve agradar os fãs dos filmes e de jogos de corrida. Já quem busca uma experiência única de ação/sobrevivência em um mundo pós-apocalíptico é recomendado esperar pelo Fallout 4.
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