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23, abr 2015
Análise – Titan Souls
7
Shadow of the Colossus 16 bits
Simples, bonito e com um tom grandioso, Titan Souls funciona, porém não incentiva. Muitos irão se contentar em matar os chefes desafiantes, enquanto outros irão cansar de não ter uma sensação de recompensa.

Desenvolvido pela Acidnerve e publicado pela Devolver Digital, Titan Souls é mais um daqueles títulos “retros”, com visual de jogos da era 16-bits (The Legend of Zelda A Link to the Past parece ter sido uma forte inspiração para o game). E apesar do nome, esse não é mais um jogo da série “Souls” (Demon’s Souls, Dark Souls), mesmo tentando trazer uma dificuldade “similar”.

HISTÓRIA

Um conceito simples, um garoto sozinho, seu arco e flecha e uma terra a desbravar, Titan Souls não é do tipo de game que te narra acontecimentos homéricos de inicio, com uma trama complexa e diversos personagens. Ao contrário, tudo fica por interpretação do jogador. Os cenários, os chefes um seguido do outro, alguns “achados”, tudo te ajuda a construir uma história, inclusive o fato de você estar sozinho o tempo todo, sem inimigos para enfrentar a não ser os grandiosos chefes, sem interação com npcs, e com uma terra imensa e vazia, você e as criaturas imensas que te matam imediatamente ao entrar em seu ambiente, sem diálogos, sem outras opções.

Porém há algo no final do game. Existe uma “verdade” que irá te mover por essas terras, e é essa sede que te faz ir até o final.

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SOM

Com certeza um dos fortes do jogo é sua trilha sonora, vezes lenta e dramática, vezes frenética e empolgante. É a trilha também responsável pelo clima de solidão que o game passa. Você está completamente sozinho nessa jornada, e a música não te deixa esquecer isso.

JOGABILIDADE

Focado na exploração em mapa aberto, o jogo progride de chefe em chefe, desbravando labirintos para encontrá-los, lembrando bastante a mecânica de Shadow of the Colossus.

Titan Souls é um jogo difícil e que não de dá um arsenal gigante para enfrentar essa dificuldade bem acima da média. Basicamente: você rola, corre, atira e morre. E é isso. Você irá morrer, atirar e morrer, centezas de vezes.

Para atirar, seu personagem também conta com um poder interessante: uma espécie de “Força” do universo de Star Wars. Você tem apenas uma flecha, e quando lançada você é obrigado a recuperá-la para atirar novamente. Pressionando e segurando o botão de tiro você é capaz de puxar a flecha de volta, como o Thor faz com Mjolnir.

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Não é um jogo repetitivo, tendo em vista que cada encontro com um chefe é um encontro diferente. Além disso, objetos do cenário serão usados na batalha, e elementos da natureza influenciam a luta também.

Um cérebro dentro de um cubo de gelo, um cavaleiro gigante arqueiro, um cogumelo saltitante, etc… são alguns dos exemplos de criaturas que te esperam, para te esmagar sem piedade. E talvez esse seja o ponto fraco do jogo. Você não tem recompensa por suas vitórias.

O jogo te faz ir metodicamente por aproximadamente cinco horas, de um chefe para o outro, sem ganhar moedas, experiências, armas ou armaduras novas. Do inicio ao fim você será o garoto que atira, rola e morre. Sem aprendizados, um conceito simples em torno de um jogo todo, você terá de ser rápido, pois cada chefe te força a usar a mesma mecânica de forma diferente, repetidas vezes.

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GRÁFICOS

O game é uma mistura inteligente de gráficos 16-bits com modelagem 3D. O personagem principal e o cenário são nostálgicos, lembrando a época de ouro dos consoles, cores bonitas e vivas que contrastam com um cinza pálido no momento da morte dos chefes. Já os chefes, em grande maioria são modelados em 3D, coloridos e com efeitos de partículas interessantes para a proposta simples do game.

E no final do jogo, uma surpresa visual aguarda quem tiver paciência e habilidade para terminar o game.

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FINALIZANDO

Titan Souls funciona, porém não te incentiva. Muitos irão se contentar com a sensação de matar os chefes desafiantes, enquanto outros irão se encher de não ter aquela velha sensação de recompensa maior. É um jogo simples, bonito e que tem um tom grandioso, mas pode deixar pessoas ansiosas frustradas.

No fim é um game desafiante e corajoso, porém não inspira conversas de horas e horas com os amigos, e também não irá te fazer largar os outros jogos para mergulhar de cabeça nesse universo.

Pedro Kakaz
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One thought on “Análise – Titan Souls

  1. Baixando aqui para ver

    Mas ai se tem inspiração em shadow of colossus nada mais normal do personagem evoluir quase nada

    Ou nada nesse caso haha
    No mais esses retro que tem saido agora me surpreendem direto

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