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22, mar 2021
Persona 5: Strikers
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A continuação direta de Persona 5.

Persona 5 musou? Será? Confira a análise para tirar essa dúvida.

Eu absolutamente amo Persona 5. Na minha humilde opinião, Persona 5 é, além de ser fácil o melhor da franquia, é um dos RPGs mais bem feitos e polidos que já joguei, contava com tudo o que era necessário para agradar qualquer fã do gênero: Apresentação e design num geral são incríveis, músicas boas demais tanto no instrumental quanto no belíssimo vocal, gameplay fantástico, sistema de batalha bonito e prático, além de um elenco memorável de personagens ricos em detalhes e características próprias.

Pouco tempo depois que eu havia terminado o game, recebi a notícia que haveria uma espécie de “expansão do conteúdo” original do game chamado de Persona 5: Royal, que incluiria uma nova heroína e muitas horas a mais de gameplay, jogo que infelizmente não tive a oportunidade de jogar até agora.

The Phantom Thieves!

Ainda nesse impacto de lançamentos e updates, veio a bomba do tal de “Scramble“, que seria a primeira vista um spin-off no estilo muzou desenvolvido pela Omega Force, softhouse responsável por games do gênero como Samurai Warriors e afins.

Honestamente não faz muito meu estilo jogo e fiquei levemente com o nariz torcido com a ideia de agregar esse fator a um título como Persona 5. E o que aconteceu? Engoli todas as minhas palavras de maneira bem áspera com o lançamento do jogo no ocidente, quer saber o porquê? Vem comigo que vou te falar sobre minha experiência com esse mashup inusitado.

Começando pelo título: Persona 5: Strikers, nome que sofreu uma pequena alteração quando veio para nossos lados aqui, um jogo desenvolvido conjuntamente pela Omega Force e a Peace Studio.

Vamos deixar uma coisa bem claro aqui; não se trata de um spinoff e sim uma continuação direta dos eventos do game que o antecede, acontecendo poucos meses depois do final do jogo.

Joker é um dos personagens mais legais de jogar, mas não deixe de experimentar todos!

A trama conta com tons mais leves, tratando sobre reencontro com o seus amigos e a expectativa inocente de curtir umas boas e merecidas férias. Férias que talvez não seja tão bem curtidas caso o jogador não tenha se quer jogado o primeiro, o que na minha opinião não faz muito sentido por si só, já que os comentários sobre os eventos passados são super vagos e o relacionamento entre os personagens já estão bem fundamentados, fazendo com que seja uma exigência que a pessoa tenha um conhecimento prévio relativamente decente para extrair 100% do que o jogo propõe a ele.

De toda maneira, depois de um bom papo com a galera, não demora muito para as primeiras bizarrices causadas pelas naturezas ruins dos corações das pessoas venham à tona, trazendo ao grupo a necessidade de voltar à ativa como os Phantom Thieves, para “swattar umas lies in the making” novamente e fazer essa gente alterada retornar para a forma humilde que merece. (piada sem graça com a música de abertura)

Brincadeiras aparte, descer o pau em Persona 5: Strikers é bem diferente do que eu esperava, com toda a sinceridade. Eu achei que iriamos entrar num verdadeiro Hack’n slash contra dezenas de milhares de monstros iguais até chegar o chefão e pronto, mas cá eu estava, enganado feiamente.

As férias frustradas de Joker.

As batalhas soam muito mais como um jogo de RPG de ação do que um muzou, digo isso porque há elementos de interação com o cenário no meio da pancadaria, esquivas, saltos, subir obstáculos como postes e prédios, também há momentos de “paralisar” a tela para usarmos golpes e magias em um persona com um elemento oposto ao inimigo ou trabalharmos para aumentar nossos atributos com buffs e debuffs, maneiras de trocar dinamicamente o personagem que controlamos e por aí vai – nunca se tornou obsoleto ou chato durante as mais de 40 horas de jogo, a jogabilidade é simples e muito competente, os comandos nos controles acabam sendo muito intuitivos e confortáveis, podem acreditar.

Todos os personagens jogam diferentemente um dos outros, uns são mais focados em golpes concentrados enquanto outros são feitos para manter o controle da quantidade de inimigos em uma área, então a troca é necessária ser feita sempre que a situação demandar uma circunstância especial, seja ela para resistirmos mais um dano elemental específico ou vice-versa, algo que pegamos com tempo e que depois torna-se bem divertido e natural.

A nova personagem, Sophia, junto aos nossos heróis.

Isso comentando sobre os combates mais comuns durante os Jails, mas os chefes são trabalhosos, faremos muito mais o uso estratégias bem boladas do que simplesmente deslanchar combos loucamente e esperar pelo melhor, se for usada essa tática, receio que o resultado será apenas frustração.

Desafiante e estimulante, as batalhas são bem agitadas e orquestradas com a trilha sonora de primeiríssima qualidade que já é a assinatura da série, além dá fluência dos combates, muita coisa foi facilitada para tirar o excesso de complexidade para ações mais trabalhosas como por exemplo, fundir os Personas no Velvet Room, que são feitos agora através de mascarás que são dropadas pelos inimigos para a fusão em si ou para aprimoramento de skills, obtenção ou melhoria dos atributos dos muitos personas que são possíveis de serem adquiridos.

Comentando ainda sobre a apresentação do jogo e a trilha sonora dele, é o que esperamos de um jogo da franquia, nada mais nada menos do que uma excelente experiência audiovisual num geral, mesmo jogando ele no Nintendo Switch com todas as limitações de hardware que encontramos.

O que me faz pensar que futuramente possamos ter a chance de jogar o jogo completo (Persona 5 em si, o RPGzão) no console da Nintendo, já que ao meu ver, pelo o que acompanhamos no Strikers, seria perfeitamente concebível ali, afinal de contas a esperança é a última que morre.

A hora do break.

Persona 5: Strikers é de fato uma das melhores conclusões e “tampa-buracos” que já tive o prazer de jogar, claro que faltou uma coisa ou outra, principalmente com a menção de alguns personagens, mas o que temos acrescentado de extras no jogo fará você certamente sorrir bastante.

A interação mais a fundo entre os heróis, todo o rolê de calling cards, toda essa pegada meio noir que é predominante na série está muito bem feita, colocado os detalhes nos mínimos cantinhos para atiçar os mais diversos sentimentos de surpresa e nostalgia.

Digo que é um presente para os fãs do jogo que o antecede, só que infelizmente acaba sendo necessário zera-lo antes de experimentar o Strikers caso queira extrair o máximo do jogo, como comentei no início da análise.

Encerro aqui com meu veredito positivo, não esperava nada daquilo que eu achei que iria ter jogado, e pra mim foi uma belíssima surpresa.

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  • Excelente jogabilidade.
  • Apresentação e design geral maravilhosos.
  • Jogabilidade simples e divertida de pegar.
  • Mesmo Persona 5 lindo de sempre, só que com mais ação.
  • 40 horas de jogo pelo menos.

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  • Você precisa ter zerado o anterior para tirar 100% do proveito.
  • Misseables acabam incomodando mais do que deveria.
  • A câmera poderia ser um pouco melhor.

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Fábio Kraft
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