A pergunta feita quando jogamos essa releitura de Carmageddon era bem simples: Será que o jogo consegue entregar todo clima de carnificina do original?
O primeiro jogo da série foi censurado de várias formas e em diversos países, inclusive no Brasil. A segunda versão tentou amenizar a censura trocando animais e seres humanos por zumbis, mas mesmo assim continuou banida em alguns países.
Bem, não espere um jogo com padrão de qualidade AAA, pois Carmageddon Max Damage não é um. O projeto foi iniciado no Kickstarter sob o nome Carmageddon: Reincarnation (lançado para PC em 2015).
Podemos dizer que Carmageddon Max Damage é o primo mais novo de Reincarnation ou como é comum hoje em dia, a versão “remaster”. Neste caso para consoles. Basicamente é o mesmo jogo de 2015, com melhorias na otimização, colecionáveis e etc, tanto é que, quem comprou o Reincarnation no PC, vai ganhar a versão Max Damage totalmente de graça.
![YouTube player](https://i.ytimg.com/vi/JUzJT51umCY/maxresdefault.jpg)
Carmageddon Max Damage é uma releitura do primeiro jogo. Nessa nova versão pegaram tudo que havia de bom como os powerups e a parte da física de Carmageddon II: Carpocalypse Now e adicionaram ainda mais elementos e detalhes, aumentando a quantidade de sangue e pedaços de carne voando para todos os lados e ampliando o sistema de destruição maravilhoso e único do game.
Quem gostou dos primeiros (e fugiu do aborto que foi a terceira versão) vai se divertir com esse sem dúvida alguma. O esquema continua o mesmo. Pra vencer você tem várias opções: passar em primeiro por todos os check-points, matar todas as pessoas ou simplesmente derrotar todos os competidores.
Como nos originais, em todas as corridas há um corredor “marcado”. Se você destruir esse oponente em específico, o carro dele é adicionado a sua garagem.
![YouTube player](https://i.ytimg.com/vi/EDbkLYICTvY/maxresdefault.jpg)
Gráficos
Apesar de ser mais bonito que os anteriores, esse talvez seja o ponto fraco do jogo. Quem esperava gráficos dignos dos novos consoles pode se decepcionar. O jogo é bem simples e roda a inexplicáveis 30 FPS. Não há motivos pra que os consoles não rodem esse título a 60 quadros por segundo. Sendo um jogo de corrida, essa fluência ia melhorar muito a experiência.
A versão PlayStation 4 roda em 1080p enquanto a versão do Xbox One roda em 900p. O frame rate é o mesmo nas duas.
Mas mesmo com os gráficos simples, a parte artística do jogo é bem interessante. Os carros são bem modelados e o sistema de colisão e deformação ainda é algo único dessa série, podendo arrancar rodas ou até mesmo cortar um veículo no meio dependendo da porrada.
![YouTube player](https://i.ytimg.com/vi/VXUBzvxzjy4/maxresdefault.jpg)
Som
A trilha sonora é fraca no geral. As faixas são bem genéricas e não estão no mesmo nível dos jogos antigos. O original contava com trilhas da banda Fear Factory’s e a sequência (Carmageddon II: Carmocalypse Now) tinha músicas de Sentience e Iron Maiden. Os efeitos sonoros são bem decentes porém, levando a experiência a um nível superior a do jogo original.
Jogamos a versão do Xbox One pra esse review e ela proporcionou uma vantagem com o recurso exclusivo do console que permite escutar qualquer música de fundo. Também pode ser feito no PlayStation 4, mas de forma menos direta, alternando para o Media Player, ou Spotify, selecionando a música e voltando pro jogo).
Jogabilidade
Parecendo meio travada a primeira vista, a jogabilidade é estilo arcade puro e totalmente frenético.
O gameplay é muito parecido com o do primeiro game, com os carros mais pesados e menos flutuantes (como era no segundo). A física ainda é meio esquisita e em alguns momentos os carros parecem estar sob gravidades diferentes, reagindo de maneira estranha principalmente com alguns power-ups malucos ativados.
A câmera é eficiente e a baixa sensação de velocidade inicialmente aos poucos vai desaparecendo conforme o jogador faz o upgrade nos carros ou adquire novos veículos.
Conclusão
Se você gostou dos primeiros, nem pense duas vezes. A nova versão é uma homenagem ao original com todos os elementos melhorados.
Agora se não curtiu na época por algum motivo, não há muitos motivos pra revisitar, visto que o jogo é extremamente parecido com os primeiros e há poucas adições que justificam a nova tentativa.
Carmageddon: Max Damage não é nem de longe perfeito, mas é diversão garantida para os fãs de corrida e carnificina e é bacana ver uma franquia tão antiga recebendo um tratamento de qualidade para os consoles da geração atual.
- The King of Fighters: Allstar – Análise - 22 de outubro de 2019
- Borderlands 3 – Análise - 4 de outubro de 2019
- Samurai Shodown – Análise - 4 de julho de 2019
Comment here