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High Hell – Análise

FPS indie simples
High Hell é um FPS arcade que não vai agradar a todos com seus gráficos simples, mas jogabilidade frenética e desafio elevado podem compensar para os fãs de indies

High Hell é um game arcade de tiro em primeira pessoa, desenvolvido pela Doseone e  Terri Vellmann e distribuído pela Devolver Digital e já está disponível para PCs na Steam.

O conceito de speed run, fazer o tempo mais rápido naquela pista ou naquela fase é algo que sempre me fascinou como gamer. Passava dias e dias tirando o tempo do meu irmão em jogos de corrida e vice e versa quando criança e se tivesse colocado minhas mãos em um jogo de tiro com essa premissa eu com certeza teria perdido horas da minha vida. É nisso que High Hell aposta.

O game não possui história, linhas de diálogo nem personagens bem definidos, o que temos aqui é uma ambientação caricata que da pano de fundo ao tiroteio desenfreado. Você é um agente, soldado, o que queira imaginar, que está prestes a destruir o mundo do crime de todas as formas, boicotar planos, queimar dinheiro, roubar o quadro preferido do chefão do crime e etc.

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Nada tem muita personalidade definida, os vilões não tem nome tampouco o herói, apenas um rosto e formas que dão personalidade no caricato e cartoonesco. Da mesma forma são as fases, sempre prédios iguais com detalhes diferentes, nada que conte muita história, é algo mais para dar um efeito interessante do que qualquer coisa.

Essa é a estrutura básica do game, tudo bem arcade. Você faz uma missão atrás da outra, sem conexão em enredo ou visual, passando as fases. As missões sempre bem simples, mate fulano, roube tal item, sabote o telefone, etc. O jogo consiste em telas, ponto A ao ponto B e diversos inimigos no cenário, tudo muito simples e divertido. O jogo não força contemplação de nada, é tiro, porrada e bomba. No game você atira, interage com alguns itens na tela, abre porta, abaixa e pula.

Como você vai lidar com o simples é a chave aqui, os inimigos não perdoam e são ignorantes, eles abaixam atrás de covers e farão de tudo pra te ver morto, acredite. A cobertura que da liga nisso tudo é a dificuldade. Se não fosse a dificuldade que é bem elevada, o game perderia metade da graça já que as missões são simples, o game não tem enredo, personagens nem nada. Com a dificuldade elevada somente habilidades cognitivas altas, reflexos e um raciocínio ligeiro vão salvar sua pele aqui.

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A simplicidade pode ser um ponto negativo pra alguns e positivos pra outros. O jogo bebe de fontes como o clássico Doom, onde o tiroteio desenfreado é tudo, porém não é polido e interessante como o mesmo. O jogo muitas vezes parece faltar conteúdo, como armas novas, cenários mais variados, inimigos diferentes e etc… Mas essa parece ser a proposta mesmo.

Os gráficos seguem a mesma fórmula, bem simples e colorido. Eu tenho certeza que esse é um fator que vai fazer muita gente passar bem longe pois tudo é muito quadrado e sem textura nenhuma, sem efeito de iluminação, sombra… São formas simples e coloridas o game inteiro. A trilha sonora já é mais bem feita, uma música eletrônica bem frenética que vai dando tom ao tiroteio e covers que você se esconde o tempo todo. A música dá o ritmo da loucura.

Uma coisa muito louca é o replay que você faz. Existem atalhos e coisinhas escondidas que são bem divertidas. Não vou falar muito para evitar spoilers, mas é bem legal. O jogo se encontra em português, o que não muda muito tendo em vista que o negócio é ação desenfreada.

Gráficos simples e gameplay frenédico são a premissa de High Hell

Bebendo de fontes claras como Doom, High Hell é um game arcade de tiro em primeira pessoa que agrada pela simplicidade. Bater o tempo do amigo e tentar ficar vivo nessa loucura de cores me agradou algumas horas.

Pontos Positivos

  • Simplicidade e diversão
  • Dificuldade elevada
  • Trilha sonora empolgante

Pontos Negativos

  • Gráficos são bem simples, chegando a ser feios
  • O jogo é simples até demais, parece faltar conteúdo
Pedro Kakaz
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