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4, out 2019
Borderlands 3 – Análise
8.5
O melhor Borderlands
Apesar de não inovar, mantém a fórmula que consagrou a série, com gráficos melhores, jogabilidade refinada e ainda mais armas. Se você gosta de Borderlands, pode cair de cabeça sem erro pois esse é maior, melhor e mais bonito no geral.

Borderlands 3 é a tão aguardada sequência da série de FPS RPG engraçada e frenética da Gearbox, lançado para Xbox One, PS4 e Windows 10.

O novo game entrega uma experiência divertida, com bastante história e muitas, mas muitas armas podendo ser jogado de modo solo ou cooperativo de até 4 players..

Borderlands 3 é um RPG de tiro em primeira pessoa movido pelo loot. Os jogadores, jogando sozinhos ou em coop, escolhem um personagem de uma das quatro classes e vão encarando diversas missões em troca de recompensas, XP, grana e armas. O game mantém o esquema dos jogos anteriores de receber missões, derrotar inimigos e obter itens de inimigos caídos ou baús especiais, na maioria das vezes na forma de armas geradas proceduralmente que variam em alcance, dano, munição, movimentação, efeitos e outros itens especiais.

O sistema procedural de armas cria coisas malucas e existem armas de todos os tipos com variantes de efeitos elementares de fogo, gelo ou eletricidade, variações de tiro, entre outras diferenças visuais com balas de rastreamento para caçar inimigos escondidos, escudos que absorvem dano, entre outros. É dito que o game possui “mais de um bilhão de armas” diferentes, além de que algumas armas também tem uma função de tiro secundário, alguns simples como tiro automático, outros mais complexos como lança granadas.

Outros itens gerados aleatoriamente incluem modificadores de classe, modificadores de granada e kits de escudo. Ao jogar com outras pessoas, o loot de Borderlands 3 pode ser gerado por servidor, o que significa que os jogadores devem dividir as recompensas, mas também podem ter recompensas geradas para cada jogador, dimensionado para o nível de personagem. Esta opção também existe para os inimigos vistos no jogo; por padrão, os inimigos são dimensionados apenas com o nível do personagem do jogador que criou a partida, mas quando ativado, cada jogador vê inimigos que correspondem aos seus níveis individuais.

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Construção de personagem

O jogo apresenta quatro novos personagens jogáveis: Amara, uma “Siren” que convoca punhos etéreos, Moze, um jovem “artilheiro” que monta o mecha Iron Bear; Zane, um “Operativo” com uma variedade de gadgets; e FL4K, um robô “Beastmaster” que convoca criaturas para ajudar nas lutas. Diferente dos jogos anteriores de Borderlands, cada personagem pode desbloquear três habilidades únicas, embora apenas uma possa ser equipada por vez.

Para iniciar a minha jornada escolhi a Amara, que é uma Siren, e tem poderes mais físicos, ou seja além das armas, ela ainda conta com ataques corpo a corpo poderosos.

Cada personagem tem uma árvore de habilidades bastante extensa para se usar a medida que se avança no jogo, na verdade três diferentes com opções diferentes, então há muita personalização a ser feita ao longo da jornada. E como nos Borderlands anteriores, você também pode alterar bastante a aparência do seu personagem, através de itens encontrados ao longo do caminho.

Isso tudo significa que, você pode jogar exatamente como quiser. Prefere agressividade e habilidade no ataque, ou se você quiser ser mais defensivo e variado no seu estilo de combate, também pode, principalmente por Borderlands ser acima de tudo, um RPG de ação e como tal, parte da diversão é customizar o seu personagem da maneira que você achar melhor e seguir até o fim.

A parte cômica marca presença com o robozinho ícone da série Claptrap, aliás todo jogo é bastante cômico no sentido de que, ao invés de existir um vendedor de armas, por exemplo, existem máquinas que as vendem, armas e todo tipo de acessórios que podem ser usados durante o jogo, parecidas com máquinas de venda de refrigerante ou salgadinhos, o que é bem engraçado por si só se você pensar nisso no mundo real, “Vou ali comprar uma arma na Weapon Machine”. O humor do jogo é bastante engraçado e irônico, brincando com essas coisas como se fosse totalmente trivial conseguir armamento pesado em maquinas de venda.

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O jogo começa na Pandora – como seus antecessores -, mas existem outros planetas e lugares fora do mundo para descobrir à medida que a história avança. Você irá para Promethea e o Eden-6 que é novo, por exemplo.

O jogo fornece diferentes caminhos em seu vasto mundo aberto, onde você precisará fazer missões principais e secúndarias o tempo todo, ao mesmo tempo que faz loot de armas infinitas, o que te leva a trocar de arma a todo momento, adicionando bastante variação ao gameplay. Dê preferencia sempre para as armas de grau mais alto (você não terá dificuldades de identificar no jogo pelas cores).

Pandora está naturalmente coberta de esconderijos e vales, terrenos baldios e acampamentos de bandidos, como antes. Mas Promethea apresenta as estradas e vias aéreas da futurista cidade metropolitana, Meridian. Ele é repleto de inimigos com mais tecnologia, enquanto o Eden-6 é um planeta pantanoso, disponível conforme você avança no jogo. Você também recebe um novo santuário desta vez. Ele não serve apenas como sua base, mas ajuda a viajar de planeta a planeta. Lá dentro, existem quartos diferentes e personalizados para seus personagens e NPCs, além de muitos elementos interativos que permitem que você se prepare totalmente antes de ir para qualquer lugar do jogo.

Falar muito mais sobre o jogo, seria dar spoilers desnecessários, o que não é intenção desta analise. Só digo que é extremamente divertido jogar Borderlands 3, seja sozinho ou com amigos.

Algum dos defeitos do game eu diria que algumas missões secundárias, são repetitivas e maçantes, mas claro que existem missões um pouco diferentes do padrão, mas ainda assim não são os que se esperam.

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Outro ponto é que Prometheus é um mapa futurístico, que está em guerra entre duas mega corporações do planeta, mas durante a jornada você vai notar que isso não é exatamente verdade, pois o mundo é meio morto, com exceção dos inimigos que estão sempre no mesmo local de respawn, o restante das ruas não tem absolutamente nada, o que não da a sensação de que existe um conflito armado acontecendo, mesmo em áreas que tem NPCs aliados ou neutros, eles não fazem absolutamente nada, o que aliás é visto nos jogos anteriores da série, mas apesar disso é um planeta bem legal de se jogar e explorar.

Na parte gráfica o game mantém o estilo cartunesco consagrado pela série e no geral é um game muito bonito, rodando mais estável nos consoles base, em 900p e 30 FPS no Xbox One S, 1080p no PS4, deixando a desejar nas versões do Xbox One X e PS4 Pro que sofrem para manter a taxa de quadro, mesmo nos modos performance.

Para terminar, apesar das mudanças gráficas e do caminho que a Gearbox quis tomar, talvez por medo de desagradar os fãs da série, ela não consegue levar o jogo para outro patamar, ficando no lugar comum. Não quer dizer de modo algum que isso seja ruim, só poderia ter sido feito de forma um pouco mais inovadora, explorando outras possibilidades, afinal são 10 anos do lançamento do jogo original e ele mantém praticamente a mesma fórmula dos seus antecessores. Portanto se você gosta de Borderlands, pode cair de cabeça pois esse é maior, mais bonito e melhor no geral.

Prós

  • História excelente
  • Bilhões de armas
  • Loot excelente e gratuito (nada de microtransações)
  • Sistema de combate excepcional

Contras

  • Grind em excesso (alguns não gostam)
  • Missões secundárias meio repetitivas
Luiz Rafael
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