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Capcom é vítima de ataque cibernético que afetou alguns de seus sistemas

ESET, empresa líder em detecção proativa de ameaças, analisa o incidente de segurança que afetou a desenvolvedora de jogos japonesa Capcom.

De acordo com a empresa, criadora de uma longa lista de franquias populares, incluindo Street Fighter e Resident Evil, os sinais do ataque foram notados e, a partir disso, a desenvolvedora agiu rapidamente para evitar que o incidente se espalhasse por seus sistemas.

Durante as primeiras horas da manhã do dia 2 de novembro de 2020, algumas das redes do Grupo Capcom tiveram problemas que afetaram o acesso a certos sistemas, incluindo e-mail e servidores de arquivos“, disse a empresa em um comunicado publicado no site.

Na época, não foi revelado o culpado por trás do ataque ou o método pelo qual eles conseguiram acessar seus sistemas, mas a empresa confirmou que um terceiro desconhecido obteve acesso não autorizado a seus sistemas, levando a Capcom a suspender algumas de suas operações em suas redes internas.

A empresa garantiu a seus usuários que o incidente não estava relacionado às conexões utilizadas para jogar online, nem impediu o acesso aos seus sites. No entanto, a Capcom apresentou um pedido de desculpas a todos que ficaram chateados com a situação. O distribuidor japonês de videogames também anunciou que no momento não pode responder às solicitações feitas por meio do formulário de contato.

“Embora os invasores não pareçam ter informações de identificação pessoal em suas mãos, é importante lembrar que os dados coletados como resultado de uma violação de segurança costumam ser usados ​​para ataques de phishing. Portanto, se você possui uma conta Capcom, recomendamos que fique antenado, atualize os sistemas e tenha uma solução de segurança instalada nos dispositivos”, comentou Camilo Gutiérrez Amaya, chefe do Laboratório de Pesquisa da ESET na América Latina.

Ataques direcionados à indústria de videogames

As projeções estimam que a indústria de videogames movimentará US $ 200 bilhões em 2023, indicando que tanto as empresas quanto os usuários que se dedicam a desfrutar de jogos são um alvo atraente para agentes mal-intencionados. As investigações da ESET este ano refletem que grupos cibercriminosos como Winnti têm visado empresas de desenvolvimento de videogames, enquanto o conhecido grupo de ransomware Egregor afirma ter vazado o código-fonte de videogames que recentemente chegaram ao mercado, como é o caso de Watch Dogs: Legions.

Além disso, um estudo da Akamai observou mais de 10 bilhões de ataques de credenciais na indústria de videogames em um período de dois anos – entre julho de 2018 e junho de 2020 – e mais de 3.000 ataques diferentes de negação de serviço distribuída (DDoS) visando a indústria entre julho de 2019 e junho de 2020.

Na verdade, nos últimos meses, ocorreram casos de ataques ou incidentes de segurança que afetaram diversos videogames, com campanhas de spam em chats de jogos como o Between US ou campanhas de engano que buscam roubar contas de plataformas de videogame como Steam que, segundo pesquisa realizada pela ESET, 54% dos usuários desse tipo de plataforma afirmaram que estariam dispostos a pagar um resgate para recuperar o acesso em caso de sequestro.

Tudo isto, somado ao contexto de uma pandemia que, segundo estudos, tem provocado um aumento do tempo e do número de jogadores, que evidencia a importância de empresas e usuários estarem atentos às medidas de prevenção necessárias para proteger suas contas e incorporar hábitos de segurança que os ajudem a evitar momentos desagradáveis“, conclui Gutiérrez.

Para te ajudar a ficar em casa

A ESET aderiu à campanha #FiqueEmCasa, oferecendo proteção para dispositivos e conteúdos que ajudam os usuários a aproveitar os dias em casa e garantir a segurança dos pequenos enquanto se divertem online em meio à pandemia.

No site, os usuários podem ter acesso a: ESET INTERNET SECURITY grátis por 3 meses para proteger todos os dispositivos domésticos, Guia de Teletrabalho, com práticas para trabalhar em casa sem riscos, Academia ESET, para acessar cursos online que auxiliam a tirar mais proveito da tecnologia e o DigiPais, para ler conselhos sobre como acompanhar e proteger crianças na web.

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