Crash Team Racing: Nitro Fueled – Análise
Há quem diga e ache ruim que a geração atual é a geração dos remakes e remasters, mas honestamente, que mal tem isso? Reviver bons clássicos dos videogames pode ser o desejo oculto de muitos jogadores por aí e poder joga-los com os aspectos técnicos atuais é praticamente uma experiência nova e exclusiva, seja você uma pessoa que teve a oportunidade de jogar o original na época ou está conhecendo agora a franquia, fora que também esses games geralmente estão sendo para multi-plataformas, dando oportunidades para um publico bem maior agora.
Estamos falando de Crash Team Racing: Nitro Fueled, um belíssimo remake do original que saiu a praticamente 20 anos atrás para o PSOneem 1999. Lançado para o PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch a comunidade alucinou com o anúncio deste game, e não é para pouco, CTR: NF é o jogo de Karts mais completo, carismático e bonito – definitivo na minha opinião.
Desenvolvido pela Beenox, softhouse que ganhou a premiação de Best Racing Game da Game Critics Awards deste ano e publicado pela Activision, ao ligar o jogo já somos recebidos por uma introdução alta e clara dublada em português brasileiro (caso seu videogame esteja configurado desta maneira), mantendo assim nesta qualidade alguns dos diálogos do game e falas de personagens durante as corridas.
Ainda consigo ouvir o Dingodille falando algo meio obsceno apesar de ser só minha mente pregando alguma peça, tenho certeza, mas é difícil não sorrir ouvindo um game falando nossa língua nativa. A parte sonora do jogo como um todo é bem satisfatória, gosto bastante das vozes e grunidinhos dos personagens durante a corrida, mas não há muito o que se comentar sobre isso, as músicas são bem, músicas de Crash, um up-beat cômico característico da série, estilão tribal.
Neste game poderemos percorrer pelas 32 pistas disponíveis com nossos personagens favoritos do carismático universo de Crash Bandicoot, todas elas com incríveis níveis de detalhamento e fidelidade, unidos a uma jogabilidade suave e um gameplay simples e sólido, no entanto, esteja preparado pois vamos ter pequenas torcidas de nariz e iniciar um relacionamento de amor e ódio com este game: ele está muito mais difícil que seus antecessores, muito mesmo (mas tudo bem, há um seletor de dificuldade para dar aquela nivelada legal para os menos experientes), mas é bom ir aprendendo .
Graficamente o jogo é de tirar o folego, no calor da corrida a gente acaba nem prestando atenção nos pequenos detalhes, mas além do bruto que conseguimos observar em alta velocidade, você pode ver como tudo no cenário parece vivo, cheio de criaturas passando pelos cenários, efeitos de luz e partícula executados perfeitamente (principalmente em cenários mais escuros), trabalhado com um carinho visível e especial. A equipe está de parabéns, mantiveram a qualidade equiparável do remake dos games de aventura da série, é quase inacreditável ver tudo isso rodando no multiplayer local inclusive, ficou bonito demais (inclusive no Nintendo Switch).
O jogo pode ser curtido em vários modos como time attack, modo CTR que é para coletar as letras espalhadas pelas pistas, passagens secretas e etc, e os principais que são modos torneio, aventura e batalha (um estilo battle royale). O game pode ser curtido com um excelente multiplayer local em até 8 jogadores split-screen, online e single player.
Como todo jogo desse gênero, as corridas são cheias de itens para se coletar e usar contra seus adversários que vão desde caixas de TNT, Nitro, mísseis, beckers explosivos, bombas que rolam, turbos e etc, contudo, há passagens secretas em praticamente todas as fases, pulos e turbos (e suas variantes via derrapada). Algumas mudanças e implementações foram adicionadas nesse remake, mas é possível de se jogar tudo no modo clássico, exatamente igual como a versão original do PSOne para ninguém botar defeito..
Apesar de você ter muitos personagens disponíveis para usar, além de serem visualmente diferentes, eles não tem muitas coisas que os destacam dos outros corredores, são basicamente 4 tipos de modelos de corrida no qual os personagens se encaixam. Alguns karts são all-rounder, outros tem melhor aceleração, outros melhores curvas e outros uma melhor velocidade final.
Os carrinhos são bem customizáveis com os itens que você obtém no modo aventura do game. As mudanças são estéticas e você pode mudar a cor, pneus, colocar uns adesivos, mas são apenas mudanças cosméticas, infelizmente, além disso os personagens em si tem “skins” que podem ser colocadas, fazendo os bichos mudarem de espécie inclusive, uns são bem bonitinhos, melhores que o original!
As corridas são super intensas e empolgantes, mas o que acaba esfriando muito a experiência do game são as telas de carregamento que levam séculos para carregar, especialmente chato no modo aventura.
O lado que é menos mal disso tudo é que para recomeçar a corrida dando um retry no menu, o carregamento é imediato, já que é algo que você vai acabar fazendo muito até conseguir passar de vez de um torneio, time-attack ou boss.
Minhas considerações finais sobre CTR: Nitro Fueled: Vale cada centavo, para quem é fã do gênero e gosta de competir online pra valer, é um game que vai render horas e horas de diversão ininterruptas. Adquirir um jogo com esse nível de qualidade é, além de ser um envolvimento divertido pra caramba, é prestigiar o trabalho de uma equipe que se empenhou muito em entregar um produto praticamente sem nenhum tipo de problema. Eu adorei, gosto mesmo de coisa que me faz meu sangue ferver, recomendo 200%.
Pros
- O remake mais bonito e bem feito que eu já vi de qualquer jogo
- Jogabilidade precisa
- Pistas bem elaboradas, legitimamente divertidas de correr
- Dublagem de qualidade
- Personagens carismáticos demais, muito lindos!
Contras
- Tempo de carregamento que demora muito
- Dificuldade exagerada
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