Análises

CrossCode

9
CrossCode mostra que RPGs no estilo 16 bits nunca vão morrer!

Há muito o que se fazer nesse jogo, tudo associado com uma arte maravilhosa em pixel, trilha sonora que vão atiçar seus sentimentos de nostalgia com essa pegada 16bit, textos super bem escritos e pensados.

Cross Code é um RPG-Ação 2D com um belíssimo trabalho em pixel-art.

Desenvolvido e distribuído pela Radical Fish Games e DECK13 Spotlight, a união de um bom gosto técnico com uma jogabilidade excelente fazem dele, logo de cara, uma obra gameística primorosa, e não é exagero dizer que o game está páreo ao saudoso Y’s, da Nihon Falcom, inclusive em termos de mind-blow e dificuldade. Disponível para PC, Xbox One, Nintendo Switch e Playstation 4.

O visual desse jogo é simplesmente incrível.

Você controlará Lea, outro personagem com amnésia para nossa coleção de personagens sem lembranças de seu passado. Somos um avatar, um personagem dentro de um jogo que, no caso de nossa heroína é designada a explorar ruinas antigas dentro deste MMO, ou seja, dentro um jogo multiplayer online, cujo qual é o universo onde o game se passa.

CrossCode é um jogo que te submete a vários tutoriais logo que iniciamos ele, porém, são coisas que não temos como não aprender previamente antes de jogar, já que a maioria das coisas que vamos fazer durante nossa jornada são coisas relacionadas a exploração e puzzles, e digamos de passagem que são puzzles bem difíceis de passar em alguns casos, nível Alundra assim.

Detalhe interessante de se dizer porque dentro do menu principal do game podemos abaixar a dificuldade dos mesmos e também reduzir a força dos nossos inimigos normais/chefes, um excelente anti-stress, em?

Terra da garoa.

Esse jogo é enorme, é fácil você gastar pelo menos 40 horas jogando a campanha principal, voando, e no mínimo 80 caso desejar completa-lo de vez. Sendo bem positivo ainda bem por cima.

Os cenários são gigantes e divididos por área, podemos contar sim com fast-travel para ir de um ponto A ao ponto B, e dificilmente seremos limitados a explorar um determinado lugar por falta de habilidade ou outra coisa, o que torna a jogatina um pouco mais dinâmica.

O jogo se joga bem parecido com Alundra/ Zelda/ Ys, tudo misturado. Temos uma sequência eletrizante de batalhas nos campos normais, puzzles e quests espalhadas por tudo que é lugar. Nossa heroína executa pulos automáticos ao chegarmos nas bordas de uma plataforma, então o negócio é pegar um impulso e simplesmente andar nas bordas para executar alguns saltos.

Essa conversa parece intrigante.

As quests são na sua grande maioria fetch-quests, mas são interessantes porque todos os diálogos do game são super bem escritos e bem humorados.

Comentei em ser parecido com Zelda porque nosso companheiro está frequentemente sendo uma Navi da vida e nos orientando em cada passo que damos, mas não reclamo disso não, é até bem útil as coisas que nos são ditas.

O combate é, claro, em tempo real. Podemos atacar fisicamente e a distância, temos a disposição diversos tipos de habilidades elementais, que acertam em área, ou até mesmo coisas que podemos utilizar para nos dar uma vantagem ou suporte a distância. Tudo acontece muito rápido, já mencionei Y’s quantas vezes aqui?

O jogo traz desafios intensos.

Então, nunca vai ter um momento em que você não vai querer enfrentar algum monstro no cenário, até porque eles sempre estão deixando itens e dinheiro que vamos usar para uma infinidade de coisas.

Embora eu não queria dar um pouco de spoilers, eu vou comentar que você poderá recrutar alguns aliados para lhe ajudar durante o percurso, mas é tudo o que eu irei dizer até o momento porque é uma parte que realmente vale a pena conferir por conta.

Mais um exemplo de que a arte é tudo quando se trata de visual.

É notável dizer que o enredo do jogo é maravilhoso. Para quem acompanhou histórias parecidas assim antes como em animês que vão de Sword Art Online a .//Hack, sabem que as pessoas que estão experimentando o MMO em si acabam tendo um envolvimento interpessoal com a pessoa que está do outro lado da tela, então a maioria das coisas que circula Lea remetem ao passado dela, a vida dela além do avatar, possuindo tanta coisa obscura e reviravoltas da trama central que vão fazer sua cabeça explodir.

Os chefes são super desafiadores.

Como disse anteriormente, não quero entrar em detalhes de enredo para evitar spoilerar algo que é realmente crucial. Mas adianto que é um mar de surpresas, textos deliciosos de devorar, muito bem escritos. Há muito o que se fazer nesse jogo, tudo associado com uma arte maravilhosa em pixel, trilha sonora que vão atiçar seus sentimentos de nostalgia com essa pegada 16bit, textos super bem escritos e pensados.

Eu joguei a versão digital do game, mas quero muito comprar a versão física para prestigiar essa celebração que é Cross Code.

Pros

  • Excelente combate e aspectos de gameplay
  • Excelente trilha sonora
  • Personagens muito bons, mesmo que nossa heroína seja “muda”
  • Eita jogo enorme! 100+ horas para conclui-lo


Contras

  • Demora um pouco para engrenar no início
  • Antagonismo fraco, infelizmente
  • Controle para os pulos incomodam um pouco

Fábio Kraft
Últimos posts por Fábio Kraft (exibir todos)