Dragon Quest III HD-2D Remake
Dragon Quest III HD-2D caminha entre agradar novos jogadores e honrar os fãs antigos. O que poderia ter sido um desastre acaba se mostrando uma verdadeira obra-prima. Redescobri meu amor por essa série e estou mais empolgado do que nunca para o lançamento de Dragon Quest I & II HD-2D. Este remake é, sem dúvida, a melhor forma de vivenciar um dos maiores RPGs de todos os tempos.
Dragon Quest III foi lançado originalmente em 1988 para o Nintendo Entertainment System. Se as métricas estiverem corretas, é provável que muitos de vocês, queridos leitores, ainda nem tivessem nascido! O impacto que esse jogo teve nos RPGs e na cultura gamer como um todo não pode ser subestimado.
Nenhuma lista de “Melhores RPGs de Todos os Tempos” estaria completa sem Dragon Quest III. A decisão de relançá-lo no formato HD-2D, recentemente popularizado por jogos como Live-A-Live e principalmente Octopath Traveler, foi acertadíssima. Isso permitirá que uma nova geração experimente esta obra-prima que, de outra forma, poderia ter passado despercebida por muitos.
Não vou revelar detalhes da história, embora o jogo original já tenha quase 37 anos. Basta saber que, se você está preocupado em começar com o terceiro título da série, a boa notícia é que Dragon Quest III se passa antes dos eventos dos dois primeiros jogos. Isso faz dele o ponto de partida ideal para novos jogadores. Além disso, com o remake de Dragon Quest I & II HD-2D chegando no próximo ano, você terá a oportunidade de seguir a série em ordem cronológica. De qualquer forma, recomendo vivenciar a narrativa por conta própria, seja você um veterano nostálgico ou um iniciante curioso.
Em relação ao combate, o jogo mantém o clássico sistema de turnos e encontros aleatórios do original, mas introduz uma funcionalidade que parece indispensável: você pode ajustar a velocidade das batalhas. Isso permite desacelerar para absorver os detalhes ou acelerar para agilizar combates repetitivos, como animações e ataques automáticos dos membros do grupo. Essa flexibilidade economiza tempo sem comprometer a estratégia, tornando o jogo acessível tanto para veteranos quanto para novatos. Além disso, a dificuldade ajustável e a possibilidade de gerenciar o nível de controle sobre seus personagens tornam o gameplay ainda mais inclusivo. O sistema de ataque em primeira pessoa pode causar estranhamento inicial em alguns jogadores, mas logo se torna intuitivo.
A exploração segue o mesmo princípio de personalização. Você pode optar por usar minimapas com marcadores de objetivos e lembretes de missões ou, se preferir uma experiência mais desafiadora, ignorá-los completamente e confiar em sua memória e instinto. O recurso de salvar diálogos para consulta posterior é uma adição útil para não se perder nos detalhes da história, mas os puristas podem dispensá-lo para manter a experiência clássica.
Essas opções podem parecer simples, mas são transformadoras. Permitir que o jogador escolha como vivenciar Dragon Quest III — tanto no desafio quanto na progressão — é uma decisão brilhante. Esse equilíbrio tem o potencial de atrair até aqueles que normalmente evitam RPGs retrô por considerá-los difíceis ou datados.
Visualmente, Dragon Quest III HD-2D é deslumbrante. Quem me conhece sabe o quanto aprecio esse estilo, especialmente em títulos como o já mencionado Octopath Traveler. No entanto, Dragon Quest III tem uma personalidade própria: vibrante, brilhante e detalhado. O mapa mundi oferece um charme de miniatura, enquanto as cidades e masmorras são repletas de detalhes minuciosos. A trilha sonora é um espetáculo à parte, misturando sonoridade moderna com o espírito retrô do original. A dublagem em inglês, por outro lado, é o único ponto fraco, com uma cacofonia de sotaques britânicos que nem sempre funciona. Felizmente, a dublagem japonesa está disponível e é uma alternativa superior.
Os sprites de monstros, criados pelo lendário Akira Toriyama, são um dos pilares da série. Mesmo quem nunca jogou Dragon Quest reconhece o icônico Slime. Fãs de Toriyama, familiarizados com seu trabalho em Dragon Ball, encontrarão um toque de nostalgia ao explorar os personagens e inimigos. O estilo HD-2D realça esses designs de forma impressionante, tornando cada encontro visualmente memorável.
Sobre a duração, sei que muitos podem se preocupar, especialmente se tiverem ouvido falar das 100+ horas exigidas por títulos posteriores da série. Felizmente, Dragon Quest III é mais compacto, com uma média de 30 horas dependendo das configurações e do nível de exploração. É uma duração equilibrada, oferecendo uma experiência completa sem parecer excessiva. E antes que eu me esqueça, infelizmente encontrei alguns bugs como de ficar completamente preso no castelo de Romaria, dentre outros, então nem tudo são flores e espero que sejam corrigidos logo.
VEREDITO
Dragon Quest III HD-2D caminha entre agradar novos jogadores e honrar os fãs antigos. O que poderia ter sido um desastre acaba se mostrando uma verdadeira obra-prima. Redescobri meu amor por essa série e estou mais empolgado do que nunca para o lançamento de Dragon Quest I & II HD-2D. Este remake é, sem dúvida, a melhor forma de vivenciar um dos maiores RPGs de todos os tempos.
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