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22, mar 2019
FATE/EXTELLA Link – Análise
9
Mistura de gêneros que deu certo
FATE/EXTELLA Link apresenta uma inusitada mistura dos gêneros Brawler e Novel, num game com muitos personagens para escolher, jogabilidade viciante e merece ser jogado por todo fã de Beat ‘n Up

Fate/EXTELLA Link é uma sequência direta de Fate/EXTELLA: The Umbral Star, e apresenta uma mistura os gêneros Beat ‘n Up e RPG/Visual Novel com qualidade já característica dos jogos da MARVELOUS.

A versão usada para escrever essa análise é a do Nintendo Switch, porém o jogo também está disponível para PlayStation 4, PlayStation Vita e Steam.

BEM VINDO AO SE.RA.PH

“Ao longo da história, sociedades secretas competiram para orientar eventos mundiais em busca de um único objetivo: o Santo Graal.

Dizendo ter o poder de conceder qualquer desejo, o Graal concede esse suposto poder ao vencedor de uma competição ritualística, conhecida por alguns poucos como a Guerra do Santo Graal.”

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Dentro do universo da série FATE, o famoso cálice também é extremamente cobiçado por todos. Nós controlamos o “mestre” que nada mais é do que nosso herói, um boneco genérico que pode ser um homem ou uma mulher, pouco importando a escolha. Quem realmente importa aqui são os Servants, que, pelo o que eu entendi, são figuras históricas em forma digital(sim, estamos dentro de um supercomputador!) que obedecem ao seu mestre.

Eu confesso que cheguei de pára-quedas aqui no mundo de FATE e o jogo não faz questão de explicar o que tem acontecido até então, por isso que acabei viajando um pouco no desenvolvimento do enredo que sem sombra alguma de dúvidas é bacana.

Todos os personagens são muito legais, cada um com visuais e personalidades distintas, dando vontade de realmente jogar com todos. De forma breve posso dizer que temos aqui uma historinha que mais serve de plano de fundo, o “Santo Graal”(hehe) desse jogo está em outro lugar!

O NOBRE FANTASMA

Sabe aquele jogo que vicia? Aquele que não dá vontade de parar de jogar? FATE/EXTELLA Link é possivelmente o melhor Beat ‘n Up que joguei na vida. Os produtores capricharam tanto na jogabilidade desse jogo que tive que parar umas 5x durante essa análise só para poder detonar em mais uma partidinha.

Acompanhe comigo, são mais de 20 personagens distintos para escolher, cada um deles com possibilidade de equipar novos ataques e equipamentos (e roupas, claro!), todos contam com sistema de níveis e ainda dá pra trocar uma ideia com eles para obter mais detalhes sobre sua personalidade. Vocês podem pensar, “beleza, vários jogos tem isso”, sim, não discordo, mas quantos deles dá REALMENTE vontade de jogar com todo mundo? Eu mesmo joguei diversos jogos desse estilo(“Musou”, para quem prefere assim) e nenhum deles me fez ter vontade de experimentar como aqui, nem de longe.

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Um dos Servants, Charlemagne, possui uma fortaleza voadora que serve de base e nela podemos andar livremente, algo meio inútil pois todas as áreas podem ser acessadas pelo menos, porém de certa forma é a única oportunidade que temos de controlar nosso herói genérico! Eu pessoalmente gosto desses detalhes que enriquecem a experiência.

Algo que eu achei fantástico nesse jogo é a sua velocidade, tanto na hora da pancadaria quanto para se locomover. São raros os momentos que você fica à deriva sem ter algo pra fazer, os campos de batalha enormes são facilmente atravessados por conta da velocidade dos Servants. Fora que ainda existem diversos power-ups que podem deixar a coisa ainda mais rápida, poxa, esse jogo é demais!

São tantos ataques diferentes que podemos realizar, um mais louco que o outro e se tiver com vontade de arrasar, ao encher a barra de Noble Phantasm, podemos desferir o movimento mais poderoso de nosso Servant que simplesmente destrói todo mundo que está em um setor, lembrando bastante os Limit Breaks da série Final Fantasy, tanto visualmente quanto em matéria de destruição.

O progresso do jogo é dividido em dias e depois de cada missão podemos tomar liberdade para decidir qual será o próximo passo, sendo nada mais do que escolher a próxima missão. Fica tranquilo que depois de uma determinada parte do jogo você pode voltar para os dias anteriores e fazer as missões que não foram escolhidas inicialmente. Se ainda quiser mais, o jogo conta com batalhas extras e ainda um modo Online que infelizmente não consegui testar, até o presente momento dessa análise me deparei com erros de DNS, porém pelo que vi nos trailers parece ser realmente bacana.

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Incrível como um jogo mega simples desse pode ser tão divertido e durar por tanto tempo, eu fiquei surpreso com a qualidade dele e com certeza vai ser difícil largar tão cedo. Não vejo a hora de voltar lá para o campo de batalha e descarregar toda a fúria em centenas de inimigos fracotes ao mesmo tempo, delícia!

AQUELES REUNIDOS AQUI

Belíssimas músicas acompanham as sangrentas lutas nesse mundo virtual insano. Keiichi Okabe(NieR Automata) compôs algumas faixas para FATE/EXTELLA Link e elas são sem sombra de dúvidas o grande destaque da parte técnica do jogo. Quando o chefe da missão aparece, a música se transforma e com ela explode a urgência de uma luta iminente, é simplesmente demais.

Não se trata de uma trilha sonora incrível, porém vale a pena colocar aquele som no talo, até porque também contamos com uma dublagem(somente em japonês) de altíssimo nível.

Já a parte gráfica… então, não espere algo muito grandioso, especialmente se tiver jogando no modo portátil do Nintendo Switch. A resolução num geral é meio baixa e os cenários poderiam ser mais complexos, só que também a arte fantástica compensa bastante. Tanto as artes dos personagens quanto o design dos estágios foram cuidadosamente trabalhados, provando mais uma vez que dá para ter um jogo bonito mesmo com poucos recursos.

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VEREDITO

FATE/EXTELLA Link é um excelente jogo e uma bela surpresa. A MARVELOUS entregou um produto de qualidade que merece ser jogado por todo fã de Beat ‘n Up! Agora me dá licença que preciso trocar uma ideia com o Rei Arthur.

Pros

  • Jogabilidade maravilhosa
  • Sistema de jogo divertido e viciante
  • Trilha sonora que te coloca no clima

Cons

  • História meio sem pé nem cabeça
  • Gráficos mereciam mais capricho
David Signorelli
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