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11, maio 2021
9.5
Os 16 bits estão de volta!

Kaze and the Wild Masks traz o melhor dos jogos de plataforma 2D

Kaze and the Wild Masks

Nos últimos anos a cena indie tem apresentado muitos jogos interessantes que remetem aos tempos de antigamente, Kaze and the Wild Masks tem como proposta justamente isso, reviver os jogos de plataforma da geração dos 16 bits, indo contra a maré da enxurrada de jogos com visual 8 bits.

Desenvolvido pelo estúdio brasileiro Pixelhive, Kaze é um projeto de muita paixão e de longa data, mas que finalmente foi lançado para praticamente todas as plataformas da atualidade.

A AVENTURA DE KAZE

Essa coelhinha que dá nome ao jogo se chama Kaze(pronuncia “queize”, pelo menos eu imagino que sim!) e ela deverá salvar seu amigo Hogo de uma maldição que espalhou o caos pelas ilhas onde habitam e o mais esquisito que esse caos foi gerado pelo fato da maldição ter afetado os vegetais, tornando-os assassinos… eu estava com saudade de histórias assim em videogame.

Aquela cenoura ali não quer papo!

A premissa é basicamente essa, mas é bem satisfatória. O jogo conta com pequenos segmentos da animação, uma na abertura, entre as fases e a cena final… ah, durante as transformações também, dando um ar de Altered Beast ao jogo. Mas que transformações são essas? Então, o nome do jogo deixa claro que existem “Máscaras Selvagens” e elas aparecem ao longo da jornada para dar novas habilidades a Kaze, uma das coisas mais legais da experiência que iremos ver agora.

AS MÁSCARAS SELVAGENS

Para qualquer um que tenha visto trailers do jogo ficou bem evidente a inspiração na série Donkey Kong Country em sua jogabilidade. Kaze possui um controle tão preciso quanto aos macacos da Nintendo e até seus movimentos são de certa forma parecidos, entretanto não pense que temos aqui uma simples cópia, muito pelo contrário.

Além de ser rápida como um coelho deve ser, Kaze também consegue planar no maior estilo Dixie Kong ou mesmo a Tails da série Sonic the Hedgehog, atacar usando suas grandes orelhas e aplicar um ataque ao chão que pode ser útil em alguns momentos. Se você achou pouca coisa, saiba que em algumas fases específicas Kaze terá acesso às Wild Masks ou Máscaras Selvagens que irão transformá-la em outros animais, cada um com leque de habilidades totalmente distinta.

As animações são curtinhas, mas todas bem feitas.

Não vou estragar a experiência de vocês explicando cada uma das máscaras, mas saiba que em todos os momentos onde podemos usá-las, o jogo fica ainda mais divertido. O design de estágios em 100% da aventura é um primor, tudo feito com muito carinho e incentivando o jogador que arrisca tudo, gerando momentos de pura adrenalina! Só não esqueça que para fazer tudo que o jogo oferece você deverá ir atrás de colecionáveis como as 4 letras do nome da nossa personagem, conseguir pelo menos 100 cristais rosas(não lembro se tinha um nome próprio) e explorar os estágios para conseguir achar as 2 fases bônus das quais liberam os artefatos mais importantes da jornada.

Independente se você era um gamer nos anos 90 ou não, Kaze and the Wild Masks traz uma diversão que há temos não via. Eu e a minha esposa agarramos nele e só largamos quando infelizmente o jogou chegou ao fim. Confesso que depois do chefe final(que é fantástico) eu achava que ainda tinha bastante coisa pela frente, mas não… É gente, para a surpresa de todos o jogo acaba, mas valeu cada segundo.

UM JOGO BONITO DEMAIS

Se tem algo que me chamou a atenção nesse jogo de imediato foi o seu visual. Logo na primeira fase que obviamente é meio estilo “floresta”, já dá para perceber que os desenvolvedores foram além do esperado. As cores lindas, a movimentação dos inimigos e principalmente, de Kaze, fazem desse título um jogo legal até de ver, são detalhes a perder de vista e dado ao fluxo da jogabilidade mais intensa que temos aqui, é natural que a grande maioria dos jogadores nem perceba isso tudo.

O jogo exige precisão.

Indo mais adiante as fases começam a mudar bastante, contanto com diversos temas como gelo, fogo e indústria, mas o meu favorito de todos eram as fases que se passam no deserto. Achava lindo demais aqueles balões ao fundo, trabalhando o parallax scrolling de forma magistral, num geral todas as fases possuem um apelo artístico bem chamativo e impressionante.

Eu fico tão feliz de ver um jogo assim hoje em dia que fica até difícil colocar em palavras e não digo tanto pela nostalgia, mas mais por verem que ainda existe espaço para o 2D e ele não precisa ficar necessariamente atrelado aos pixels “estourados” dos 8 bits, já pensou um Kaze 2 com 2D nível os 32 bits? Sonhar não custa!

Esta é Kaze, carisma puro.

E a “beleza” sonora? Infelizmente é o ponto mais fraco do jogo. As músicas não são ruins, mas não marcam e para um gênero que sempre foi agraciado com acompanhamentos musicais memoráveis, Kaze deixou a desejar. Pelo menos os efeitos sonoros dão conta do recado.

VEREDITO

Kaze and the Wild Masks foi uma das maiores surpresas de 2021 para mim, trouxe tudo que um amante do gênero poderia esperar e ainda é vendido com um preço bem bacana, não tenho como recomendar mais.

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  • Controles deliciosos
  • Design de fases simplesmente incrível, você não cansa de jogar
  • Desafio na medida certa
  • Visual impecável


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  • A parte sonora não acompanha o resto do pacote
  • Podia ser um pouquinho mais longo


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David Signorelli

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