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28, out 2019
Mary Skelter 2 – Análise
8.5
2 games em 1
Um divertido e desafiador RPG-Dungeon Crawler em primeira pessoa, com jeitão de text novel, este game vai agradar muito os fãs do gênero. Personagens bonitos, uma dublagem americana de qualidade e gameplay fluente.

A desenvolvedora Idea Factory / Compile Heart traz para a biblioteca de games do Nintendo Switch e PS4 a continuação de Mary Skelter: Nightmares, lançado em 2016 para o PS Vita e Steam, que trata-se de um divertido e desafiador RPG-Dungeon Crawler em primeira pessoa, somados a um jeitão de text novel para a narrativa, este game vai agradar muito os fãs do gênero sem dúvidas. Personagens bonitos, uma dublagem americana de qualidade (ou com o audio original japonês) e um gameplay fluente, deixam tudo de fato mais gostoso. Características comum de se ver nos games da softhouse.

Com várias melhorias técnicas sobre o game anterior, Mary Skelter 2 é a continuação que os fãs queriam para tapar alguns buracos no enredo, e também, explorar melhor o resto do universo caótico e macabro no qual o jogo se encontra, universo conhecido como a fortaleza impenetrável, Jail, uma maldição que corrompe as estruturas que ela toca, dando vida a seres malignos chamados de Marchens, criaturas do mal qual se alimentam dos seres humanos que ali habitam, um local que se enraizou a muitos anos atrás nas ruínas do mundo, mais precisamente no Japão. Desta vez estamos na pele de Otsuu, uma garota com alto senso de justiça pertencente a um grupo chamado The Dawn, que são pessoas com um seleto poder de luta para combater os horrores que os Marchens causam a humanidade e também ir sempre em busca de sobreviventes, não perdendo nunca a esperança.

Fato curioso é que todas as heroínas são inspiradas em personagens de contos de fadas, como a Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, Pequena Sereia e etc, tudo no seu devido nome norte americano, claro. Interessante!

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Das muitas melhorias, a qualidade das dungeons num geral foram tratadas com mais carinho, com mais variedades de cenários, caminhos mais elaborados com conteúdo para se coletar, armadilhas, dos pequenos puzzles e o uso das habilidades de navegação que cada personagem possui para trafegar pelas alas em geral, lembrando bastante os Tools de Wild ARMs que envolve em puxar uma parede pesada, apagar fogo, explodir uma bomba e por aí vai. As dungeons são ricas em detalhes e tem um ar peculiar para o design da maioria dos cenários, parecendo que tudo nelas se movem, olhos, bocas, dentes, tudo por conta própria – com uma vida própria digamos assim, o que é maneiro pra caramba na minha humilde opinião, combina bastante com a temática que o game nos trás.

O sistema de batalha, como no jogo anterior, continua sendo super eletrizante, faz você usar grande maioria dos recursos disponíveis para se derrotar até os monstros mais comuns, além disso, atravessar as dungeons sem um preparo pode ser bem problemático já que as mesmas são repletas de armadilhas que vão literalmente lhe matar (dar game-over) impiedosamente se der muitos passos falsos, fora os inimigos que não são brincadeira também. Mas como nem tudo é dor e sofrimento, o jogador pode se dedicar bastante para deixar suas heroínas bem parrudas para todo e qualquer conflito. Equipando-as com peças de armas e armaduras que você pode encontrar nas dungeons ou criar na sua base, até mesmo trocar de classe (e visual) para habilitar um leque de skills mais avançadas.

Agregados a tudo isso, um fator que me deixou de cabelos em pé são os Nightmares, monstros que lhe perseguem durante as dungeons que você não pode derrotar, o game vai exigir que você escape o mais rápido que conseguir pois as consequências do encontro contra esses bosses vão resultar em frustração, como um verdadeiro jogo de terror. Eu acho que eu tive muito mais medo dos Nightmares do que do Mr. X de Resident Evil 2, fácil fácil, com aquela música de The Shinning num show de metal, muito frenético.

Falando em música, a trilha sonora é muito boa, muito uso de violino nas composições mais rápidas acabaram se harmonizando bem demais. O autor (de arranjo) da trilha sonora é ENDO, reunindo diversos nomes de vários localidades do mundo para compor essa trilha sonora variada e maravilhosa.

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Mary Skelter: Nightmares pode ser jogado após concluir a campanha principal do 2 (para quem não jogou, é melhor jogar o 2 primeiro) ou baixar via DLC da Nintendo Store caso não queira esperar até zerar. O jogo é um remake completamente ajustado a pedido dos fãs, está ligeiramente mais bonito e balanceado agora. É legal para quem não teve a oportunidade de jogar na época que saiu para conhecer com mais intimidade a trama e os personagens que compõe a série.

Por fim, eu gostei. Gosto de jogos assim, sou super fã de games como Phantasy Star e Etrian Odyssey por exemplo, e nessa temática mais dark eu não achei que ficaria tão legal, mas a galera tem bom gosto para esse tipo de escolha artística. São dois games num pacote só, e dois games super bem trabalhados. Recomendo muito mesmo.

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  • Mantiveram a mesma pegada do primeiro jogo, na escolha artística e design em geral
  • Músicas excelentes
  • Dungeons com bastante backtracking recompensador
  • Muitas opções para se escolher nas batalhas e customização de personagem
  • Enredo competente

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  • Escassez de save points
  • Tudo é muito caro
  • Traps te matam no game, não deixam só com 1 de HP
  • Ripper Jack, da sua equipe, fica doidão e te mata se tu não der carinho. Sério.

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Fábio Kraft
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