Princess Peach: Showtime!

Quando me sentei para escrever minha crítica sobre Princess Peach: Showtime! Eu me vi lutando para saber como iniciá-lo. Achei que muita gente faria a afirmação ousada de que “a Princesa Peach está finalmente estrelando seu próprio jogo ”, mas como Peach tem sido uma participante ativa em tantos jogos, a ideia de de repente destacar um deles, o sentimento simplesmente parecia um tanto estranho para mim.

Mas é claro, Princesa Peach: Showtime! é um dos poucos jogos que se desviam das tramas mais “tradicionais” do Super Mario visto que não há Bowser para sequestrar nada e nem encanadores para ajudar a salvar o dia. Em vez disso, o que é oferecido em Princess Peach: Showtime! é uma aventura extravagante que coloca a criatividade e a diversão no centro do palco e lembra aos jogadores o que torna a princesa icônica tão amada.

Todos nós conhecemos o enredo – graças a uma combinação de Nintendo Directs e uma demo jogável – mas caso você tenha perdido, irei abordá-lo brevemente. Princesa Peach: Showtime! começa quando Peach está passeando pelos terrenos de seu reino, quando de repente um Toad corre até ela com um panfleto para um grande show no majestoso Sparkle Theatre. No entanto, as coisas tomam um rumo sombrio quando a misteriosa Lady Grape e seu Sour Bunch assumem o controle e começam a mudar todas as performances.

O que é pior, o Sour Bunch sequestra os vários Sparklas – as estrelas de cada produção – deixando cada peça sem seu ator principal. Felizmente, Peach está disponível para ajudar a salvar o dia e é acompanhada pela guardiã do teatro, Stella; os dois trabalharão juntos para assumir os papéis principais e salvar o teatro.

É um enredo incrivelmente divertido que encontra um equilíbrio sólido entre tornar as coisas intensas e significativas, ao mesmo tempo que mantém um ar lúdico sobre a coisa toda. Muito parecido com Super Mario Bros. 3, o fato de tudo acontecer em um palco dá a Peach a chance de mostrar suas muitas habilidades únicas sem nunca se sentir muito séria, dando ao jogo todo uma vibração surreal, quase onírica. No departamento de jogabilidade, Princess Peach: Showtime! equilibra uma produção um tanto simples a nível técnico com uma enorme variedade e ideias criativas. É bastante simples, com dois botões, com níveis normalmente divididos em duas partes. Começando com Peach se movendo pelo palco, ajudando vários Theets com sua fita até que ela consiga se transformar na estrela da peça, ganhando acesso a uma nova personalidade e conjunto de habilidades.

Embora várias habilidades atuem de maneira semelhante – Swordfighter e Kung Fu Peach são mecanicamente semelhantes, assim como Mighty Peach e Cowgirl Peach – cada uma delas adiciona muita variedade ao jogo, o que o mantém consistentemente divertido e charmoso. Ninja Peach – que sempre será meu favorito – faz a Princesa utilizar uma ampla gama de táticas e truques para passar furtivamente e aniquilar seus oponentes, enquanto Mermaid Peach usa sua voz encantadora para controlar os peixes próximos.

E quando as habilidades são diferentes, elas adicionam uma camada única de diversão ao jogo. A detetive Peach atua como um Phoenix Wright, onde Peach deve usar pistas contextuais e pistas de outros atores para deduzir os membros do Sour Bunch escondidos no show. Não pensei que gostaria de Patissiere Peach tanto quanto gostei, mas sua jogabilidade é igualmente divertida e desafiadora – principalmente utilizando um minijogo estilo Mario Party para combinar designs em bolos.

Apesar de sua simplicidade, me vi gostando de cada habilidade no sentido micro e macro – gostei não apenas de como elas empenhavam sua jogabilidade, mas de como elas funcionavam em relação ao desempenho. Mas também adoro o quanto cada transformação individual funciona para capitalizar as características próprias de Peach. Honestamente, há uma base sólida para algo realmente especial aqui, e pude ver toda uma série de jogos onde a Princesa Peach utiliza essas habilidades com mais detalhes. Visualmente, Princess Peach: Showtime! é uma delícia, brincando muito com a presunção visual de que tudo está acontecendo em um palco elaborado. O jogo é muito divertido brincando com cenografia e efeitos de iluminação para realmente se comprometer com a ideia de que cada nível seja uma performance de palco exagerada. Pequenos detalhes como a forma como os holofotes estão sempre voltados para Peach, como os palcos bônus acontecem nos bastidores ou como certos efeitos são criados por meio de projeções de luz adicionam muito charme ao visual e realmente dão vida a tudo.

Porém, se há uma área onde o jogo sofre, é no áudio. Enquanto Princess Peach: Showtime! tem uma trilha sonora sólida, tudo é muito moderado, nunca alcançando o bombástico e o talento que combina com o visual. Embora não seja ruim, eu só queria que tivesse exagerado – utilizando uma orquestra completa ou mesmo apenas uma trilha sonora impactante para realmente adicionar o tipo de drama exagerado que cabe ao teatro.

Este problema também está presente na própria Peach. Embora possa ser apenas um detalhe, a Princesa Peach parece um pouco estranha – apesar da atriz de longa data de Peach, Samantha Kelly, reprisar seu papel. Ela não tem aquela afetação estridente e ofegante que de certa forma caracterizou a Princesa por tanto tempo, e na maioria das dicas de diálogo que ela recebe, ela parece muito mais com Rosalina do que com Peach.

VEREDITO

Não tenho dúvidas de que Princess Peach: Showtime! se tornará o favorito entre muitas jogadoras mais jovens . Sua jogabilidade fácil de entender, um bombástico visual e compromisso com a diversão certamente irão encantar. Além disso, ver a amada princesa assumindo o papel de protagonista em outro jogo – que leva seu nome, por sinal – certamente será inspirador para muitos. Eu realmente espero que a Nintendo continue esta série Princess Peach de uma forma que continue a explorar e elevar um dos personagens mais queridos da história dos jogos.

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David Signorelli

Amante de jogos japoneses, foi responsável por derrotar os Weapons de Final Fantasy VII que iriam afundar a Ilha da Rainha da Morte, conhecida como Florianópolis. Se arrepende disso até hoje.

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