Red Faction: Guerrilla foi um daqueles casos raros jogos de mundo aberto que trazem algo novo para o mundo dos games.
Indiscutivelmente, muitos jogos de mundo aberto são apenas imitações superficiais do jogo que trouxeram o gênero ao estrelato, a série Grand Theft Auto e suas sequências. Mas o que essa versão de Red Faction trouxe de diferente então? Destruição meu amigo, muita destruição.
Agora com a versão remasterizada, poderemos ir para Marte com muito mais dignidade e dando uma nova oportunidade para aqueles que deixaram esse jogaço passar em sua época de lançamento. O remaster chega pela Volition, para o Xbox One, PS4 e Steam no PC.
GAMEPLAY
Quase não há falhas, ou pelo menos nenhuma que quebre o jogo; aqueles mais empenhados em procurar defeitos com certeza encontrarão algo em algum momento, mas se eu pude aproveitar o jogo sem ter problemas sérios, você também poderá.
Uma queixa menor, mas inevitável, envolve os veículos. Conduzi-los é suave, mas é muito fácil ser engatado numa pequena pedra ao lado de uma estrada ou preso em uma parede na qual você caiu. Isso geralmente é solucionável simplesmente movimentando-se entre avançar e retroceder um pouco, mas esse é um problema que as vezes quebra o ritmo e deveria ter sido resolvido na remasterização.
GRÁFICOS
Os gráficos são suaves ao longo do jogo, rodando a 60 quadros por segundo nessa versão e as cenas de corte sofreram uma compressão que deixa elas ainda piores em monitores com resoluções altas.
Ver coisas explodir é um show, mas também leva a outra questão menor. Bater em edifícios e derrubá-los pode fazer cair a taxa de quadros e estar muito perto de explosões (além de matá-lo) também pode levar a alguns momentos de lentidão, porém é raro. O design de arte também é bom, mas nada de excepcional e os prédios são muito genéricos para serem interessantes.
SOM
A música se encaixa no jogo, mas fica por isso. Os efeitos sonoros são pelo menos bem-sucedidos e uma boa explosão pode abafar as conversas de rádio, o que é um alívio.
Definitivamente a parte sonora de destaque fica por conta dos estragos causados pelo nosso martelo, é cada paulada que deus nos acuda.
HISTÓRIA
O objetivo neste jogo é ajudar as forças revolucionárias da Facção Vermelha (Red Faction, nome da série) a libertarem seis setores diferentes em Marte da Força de Defesa da Terra (Earth Defense Force). Para esse fim, cada setor tem uma variedade de missões que, quando concluídas, reduzem a influência do EDF na área. Uma vez que sua influência atinge o máximo, uma batalha final acontece e você pode passar para a próxima área.
Repetitivo e linear, mas faz o trabalho e as cenas de corte mantêm as coisas coesas. Pelo lado positivo, depois de terminar o enredo principal, você ainda pode jogar e explodir mais coisas por diversão.
MARTE
A ambientação sci-fi traz uma reviravolta única, mas por si só é um pouco sem inspiração. A falha aqui é que nada parece vitalmente importante. Você pode destruir bases inimigas inteiras ou matar as tropas inimigas, mas os motivos pra isso não fornecem muito incentivo.
Geralmente silenciosos (a menos que você roube seus caminhões), os NPCs civis normalmente fogem de qualquer tipo de violência, e os edifícios destrutíveis, mesmo os maiores, estão, na maior parte, vazios. As estradas que navegam no mundo do jogo têm o esperado tráfego sempre presente e veículos para seqüestrar, mas a versão “jogo” de Marte parece quase tão morta quanto a da vida real.
MULTIPLAYER
A maioria dos jogos de mundo aberto não tem nenhum modo multiplayer ou cooperativo, mas esse jogo não só tem esses recursos, mas também possui uma variedade robusta de modos e opções de personalização. É basicamente todo o caos doido do principal jogo single-player, mas com amigos.
VEREDITO
Se você gosta de ficção científica, jogos de mundo aberto e a capacidade de reduzir seus ambientes a escombros, vai gostar dessa remasterização.
Destruição desenfreada. Entediado? Pegue um martelo, um lança foguetes e um grande veículo, depois descarregue em uma base inimiga absurdamente superprotegida. Diversão garantida e que venha a sequência.
Pontos Positivos
- Gráficos bem melhorados na remasterização
- Bom conteúdo
- Diversão no sistema de destruição
Pontos Negativos
- Podia ter mais extras
- Cenas de corte com qualidade baixa, principalmente em monitores de resolução alta
- Diálogos irritantes
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