Análises

Rise Eterna

7
Vamos realmente descer a lenha nesse senhor de idade que mal anda?

Rise Eterna é um RPG Tático que vai atrair bastante a galera das antigas pela nostalgia.

Rise Eterna é um RPG tático desenvolvido e distribuído pela Forever Entertainment para PlayStation 4, Xbox One, PC e Nintendo Switch. A versão do Nintendo Switch será sobre qual eu comentarei a respeito nesta análise.

Na pegada dos jogos de 16-BIT, Rise Eterna é um RPG Tático 2D com um trabalho muito competente com os sprites e art-works dos personagens e cenários, e embora nas questões de gameplay o game não traga muitas novidades a mesa, o mesmo não deixa de ser um jogo interessante em suas mecânicas particulares.

O design de personagens é muito bacana.

Assumimos o papel de Lua, uma menina que teve sua vila completamente destruída e saqueada por bandidos locais, mas apesar de Lua ser habilidosa em combate, ela não teve chance de proteger seu povo. Posteriormente ela encontraria Nathael, um antigo membro dos bandidos que agora segue em defesa dela até que seus objetivos sejam alcançados, sendo o primeiro dele encontrar com um tal Seeve.

Um ponto positivo do jogo, se não o maior deles, é o enredo, então eu não vou me aprofundar muito para evitar spoilers, mas à medida que vamos avançando no game, novos heróis entrarão para nosso grupo e os rolos ficam cada vez mais brabos, bizarros e sinistros, principalmente do capitulo 3 em diante, é uma mistura de tortura com vergonha alheia jamais vista. Fiquem na curiosidade!

As cenas de luta lembram bastante a série Fire Emblem.

O que é especialmente estranho nesse jogo é que, à primeira vista, seus personagens não sobem de nível, não ganham experiência, mas sim uns pontos que podem ser distribuídos para subir certos atributos e aprender habilidades passivas, coisas como o aumento de ataque, HP, resistência a certos efeitos e assim por diante.

Somados a isso, você poderá equipar algumas joias que são obtidas durante as batalhas em baús ou pontos de colheita, como caixas e arbustos. Essas joias vão aumentar alguns status e diminuir outros, dependendo da qualidade dos artefatos que obtemos.

Apesar dos gráficos simples, Rise Eterna tem bastante charme.

Eu particularmente gosto de distribuir os pontos por características, como o Natheal, que é o tanque, só com coisas de ataque e defesa, para aguentar os solavancos enquanto a outra galera desce o sopapo em geral.

O jogo tem um sistema de craftting bem simples também onde será possível criar itens de ataque, chaves, poções de cura, status e etc. Eu sempre achei tudo meio randômico nesse sentido, mas até que funcionou pra mim na maioria esmagadora do tempo, então não tem o que reclamar quanto a esse recurso.

Vou ser bem honesto, embora as animações de batalha sejam bem legais de assistir, com o tempo acaba enjoando. Deixei a maioria das batalhas sem animação para ir mais rápido, esse recurso é ótimo quando você morre por alguma estupidez cometida por nós mesmos.

O porto do Mussum.

Os mapas de batalha assim como os inimigos são bonitos, bem feitos, mas são muito repetitivos, em vários momentos eu dava uma visualizada no tamanho do mapa e da quantidade de inimigos gerando-me um suspiro de “e lá vamos nós…”.

Digo isso pois quase nunca tem uma surpresa ou um fator “wow” do início ao fim do jogo, sempre soldados, bandidos, senhores de idade com escoliose e uma foice do tamanho de uma casa, pegou a ideia, né?

Rise Eterna, no entanto, tem um ponto muito positivo para ele, que ajuda a levar do início ao fim, que é o enredo e os personagens. Os textos são ótimos quase sempre, os personagens não são (tão) genéricos e a conclusão da história é legal e satisfatória.

Por fim, eu zerei esse jogo em 12 horas mais ou menos, eu fiquei feliz com a experiência, achei realmente legal, mas não entendendo porque algumas decisões foram tomadas ali.

Tem todo esse negócio de você liberar uns extras, fazer coisas opcionais, o problema é que não dá muita vontade de fazer isso não. Mas não me entenda mal, a arte, o gameplay, as músicas, personagens, são todos muito legais, só que o gameplay em si poderia ter sido mais trabalhadinho eu penso.

Pros

  • Excelente enredo.
  • Personagens marcantes e interessantes.
  • Trabalho artístico muito bonito.

Contras

  • É um pouco repetitivo.
  • Variedade de inimigos é bem baixa.
  • Sistema de evolução simples até demais.

Fábio Kraft
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