Embora eu normalmente evite os fandoms mais populares, é estranho admitir o quanto eu gosto da série Sword Art Online. Eu sei que tem seus momentos estranhos, mas sempre posso contar com a ação e a emoção para elevar a arenalina em uma batalha épica.
De qualquer forma, um lançamento de destaque na série que muitos dirão para você jogar é Sword Art Online Fatal Bullet; se isso foi porque o jogo permitiu que você criasse seu próprio personagem ou porque a Dimps o desenvolveu, esses sempre foram motivos para debate. Isso até agora, dado que Dimps retornou à série para Sword Art Online: Fractured Daydream. No entanto, desta vez, este jogo removeu a opção de criar um personagem e adicionou um gameloop girando em torno do jogo online.
Sword Art Online: Fractured Daydream aparentemente se passa após os eventos de Sword Art Online Last Recollection, quando Kirito está em uma missão no VRMMORPG Alfheim Online com sua amiga Quinella.
Agora, essa dupla chocante logo é revelada como sendo apenas uma coincidência, já que os dois se encontraram presos em Galaxia, onde podem tentar novamente missões antigas e reviver memórias. Enquanto tentam entender como ficaram presos neste mundo, eles salvam dois personagens que estão sob ataque e finalmente obtêm algumas respostas. Parece que eles estão, de fato, presos em Galaxia, mas não estão sozinhos. Junto com o pequeno grupo, outros personagens da franquia SAO estão presos neste mundo, incluindo personagens de Sword Art Online Alternative Gun Gale Online.
A história faz um trabalho relativamente bom em dar sentido a todo esse caos ao permitir que algumas missões não incluam Kirito, efetivamente dando aos jogadores uma perspectiva da história da qual ele não é o protagonista principal. Embora Kirito seja um rosto proeminente nas cenas da história, sinto que há um bom equilíbrio de tempo de tela com os outros personagens, ainda mais se você gastar tempo nas missões específicas do personagem e missões secundárias. Infelizmente, semelhante a outros jogos SAO, o arco final da história é apressado e não capitaliza alguns dos pontos mais interessantes da trama. Eu preferiria que as últimas missões pudessem diminuir o ritmo e explicar adequadamente algumas das nuances da história antes da luta final. Do jeito que está, este jogo tem apenas uma tarefa após a história de 13 horas, e é colocá-lo direto no modo multijogador por horas e horas.
Suponha que você esteja comprando Fractured Daydream apenas pelo conteúdo online. Nesse caso, infelizmente, este é um daqueles jogos que você precisará jogar a história inteira para desbloquear todos os 21 personagens jogáveis e aumentar seu Player Rank alto o suficiente para ganhar acesso a missões e raids online adicionais.
Embora eu tenha gostado desse aspecto, já que eu estava mais interessado na história original, sei que alguns jogadores estão ansiosos apenas pela jogabilidade online. Aqui está a questão: se você não gosta de Sword Art Online, mas gosta de jogos de ação frenéticos e com recompensas contínuas após cada partida, continue com esta análise, mas considere este jogo apenas com desconto. Por outro lado, se você ama SAO, provavelmente se divertirá aqui não importa o que aconteça.
Alguns aspectos interessantes dessas missões incluem o fato de que há coisas opcionais para fazer fora dos objetivos principais.
Eles estão espalhados pelo mapa e são necessários se você quiser classificar a missão como S. Eu diria que sempre gostei de encontrar esses chefes secretos e objetivos opcionais, mas gostaria que eles fossem exibidos de alguma forma no mapa e não escondidos. Este jogo é projetado em torno de partidas rápidas, fazendo com que correr às cegas pelo mapa procurando por itens escondidos o torne mais lento. Além disso, precisa haver uma opção para pular as cenas da história completamente em replays. Ele pula apenas uma pequena parte, mas uma opção para desligá-los depois de vê-los seria legal.
Conforme você progride na história, você ganhará um conjunto decente de equipamentos e aumentará os Ranks de Personagem do grupo para começar a jogar nos modos online. Sword Art Online: Fractured Daydream foi criado pensando no modo online.
Você pode aceitar missões cooperativas e invasões depois de desbloquear alguns personagens e Níveis de Mundo. É uma configuração interessante, mas que se torna repetitiva rapidamente. As partidas cooperativas acontecem em um mapa dividido em seções. Há um objetivo em cada área onde os jogadores viajarão para pontos em um mapa com um grupo de outros. Abrir o mapa no início de uma partida me permitiu rotear os objetivos mais rapidamente, já que há muitos caminhos ramificados. Semelhante à tela de resultados do modo single-player, as missões online são concluídas com uma classificação e itens para avaliação. As missões também têm alguns cosméticos raros disponíveis como drops, mas ainda sim as recompensas não compensam tanto.
Você logo para de se preocupar com a ideia de que classes diferentes jogariam de forma única. No fim, todas acabam atuando como Atacante. Atravessar o mapa com travamentos e objetos no caminho já não te incomoda mais. O sistema de bloqueio mal ajustado, que manda personagens para longe com habilidades mal direcionadas, até se torna engraçado depois de tantas vezes. Mesmo com as mãos doloridas de apertar o Quadrado repetidamente, você segue em frente, esquecendo que já jogou a mesma missão 18 vezes. Sua recompensa vem das explosões de loot e do sentimento de se equipar com itens épicos, mesmo que eles sejam logo substituídos. O importante é saber que, à medida que novos conteúdos e jogadores chegam, você será o mais forte em Galaxia.
Esse é um VRMMORPG com um toque familiar e algumas novidades. A Bandai Namco claramente espera que isso seja o suficiente. O jogo é divertido, mas o ciclo de jogabilidade não inova, copiando de outros títulos como Granblue Fantasy: Relink. O problema é que, diferente desse jogo, Fractured Daydream não oferece conteúdo suficiente para manter o investimento de tempo. Em menos de uma semana, jogadores já passaram do nível 45 e ficaram sem o que fazer. Mesmo gostando de passar tempo com Sinon, depois de 20 horas, o jogo começa a ficar cansativo.
Com as missões online se repetindo, você quase deseja ter algo automático para jogá-las enquanto faz outra coisa, como reler as light novels de SAO. A jogabilidade em si é divertida, mas a Classe de Suporte é frustrante. Adoro a Leafa, mas jogar como Suporte te faz sentir o elo mais fraco do time. Um ajuste nas habilidades dessa classe seria bem-vindo.
No quesito desempenho, Sword Art Online: Fractured Daydream funciona bem, apesar de algumas falhas nas cenas e desconexões que te jogam de volta ao menu. A inteligência artificial dos inimigos é fraca, mas, com tantas ondas de mobs, você até agradece a falta de desafio. Os gráficos são bons, com personagens bem destacados e várias opções de trajes alternativos, incluindo alguns compartilháveis.
Os cosméticos pagos também estão presentes. Dá para ganhar moeda premium com missões diárias e eventos, mas um conjunto de DLC custa em torno de US$ 9,99. Paguei por alguns trajes de banho, o que me pegou de surpresa, já que em outros jogos da série eles eram gratuitos. A taxa de queda de cosméticos gratuitos, no entanto, é ridiculamente baixa.
VEREDITO
Sword Art Online: Fractured Daydream é uma diversão garantida para fãs da franquia, mas pode frustrar quem busca um RPG de ação mais duradouro. As recompensas trazem satisfação, mas o conteúdo limitado não sustenta o interesse por muito tempo. Depois de 10 horas de história, o que resta são horas de repetição nas mesmas missões e mapas. A jogabilidade é viciante, mas o jogo precisa de mais suporte e atualizações para manter os jogadores engajados.
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