The Great Ace Attorney Chronicles

The Great Ace Attorney Chronicles é um brilhante jogo de investigação da já aclamada série de encontros inusitados e desafios jurídicos da nossa saudosa Capcom, cujo qual o distribuiu também.

Eu comecei a jogar o primeiro caso e dentro de poucos instantes estava completamente imerso na história. O roteiro é de fato muito bem escrito e dirigido, algo que aliado a uma excelente localização, deixou a experiência bem mais autentica.

Como gameplay, o jogo se parece com um visual novel, você toma certas decisões através de navegação dos menus, pegando e visualizando itens em 3D para examinar com maiores detalhes e ações semelhantes. As animações dos modelos 3D são bonitas pra caramba, além da jornada conter diversas cenas em animê de altíssima qualidade.

Se o gênero não é muito sua praia, talvez Ace Attorney não seja o jogo para você, mas isso dito, também não gosto muito de visual novels, mas esse é impressionantemente bem feito, inteligente e repleto de carisma.

Ryunosuke é o ancestral de Phoenix Wright, semelhante?

O jogo tem o foco em torno do desenvolvimento pessoal e trajetória do herói Ryunosuke Naruhodo (Sobrenome engraçado pois a tradução livre e bem literal disso é “Entendido”, como fazem as pessoas ao concordarem sobre algo.), principalmente quando ele se envolve em um crime que não cometeu, sendo o “único” presente no local do crime, com a faca e o queijo na mão, ele é imediatamente levado para a corte, e a partir disso o desenrolar do problema fica bem mais cabeludo, pois Ryunosuke, além de se meter nessa confusão, estuda direito na prestigiada universidade Imperial Yumei.

Junto dele, seu melhor amigo e conselheiro, Kazuma, são submetidos a um julgamento onde ele mesmo irá se defender, e com isso, despertar seu potencial como um potencial advogado, mesmo patinando bastante, mas nada que com uma respirada bem fundo não dê para resolver.

A exploração das cenas do crime são bem complexas na maioria dos casos.

Para ser bem breve com o início da trama, claro, já que o game todo é leitura.

Comentando um pouco mais de como o jogo flui, eu diria que tem dois grandes eixos por onde andamos, a parte do julgamento em si e as investigações fora dele. A força opositora é realmente bem irritante, a maneira que a maioria dos que estão contra nós fala é de tirar do sério as vezes. Eu acho que eu sou um pouco ansioso porque a gente sente a pressão de verdade nos casos, mas é muito legal quando conseguimos reverter o irreversível. As mecânicas de juntar as provas, verificar o local do crime, examinar os itens, questionar e afrontar diretamente contra os argumentos expostos por eles mesmos é bem divertido.

Identificar os suspeitos, apontar os erros de lógica em suas falas é um grande desafio.

O negócio é que não podemos errar muitas vezes, porque além de gerar uma vergonha alheia tremenda, somos entregados de bandeja um belo de um Game Over. Mesmo que você realmente ache que está certo e com a verdade na ponta da língua, é bom deixar para os momentos certos para evitar o desperdício de réplica.

Todo jogo que se prese tem que ter um bom elenco de personagens, e esse jogo é o que não falta, é incrível que mesmo que venhamos a odiar alguns, conseguimos ama-los por darem raiva, se é que me entendem. Algumas pessoas que interrogamos são tão excêntricas que chegam a dar mesmo nos estouros de emoção, e outras que passa o sentimento até de pena, mas contudo, nossos aliados também são fenomenais, tais personagens como Herlock Shlomes (Sim, você não leu errado), a Iris Wilson e Susato vão impressiona-lo com certeza.

Coletamos várias evidências que provarão a legitimidade do crime.

Além do jogo em si, alguns extras que estão presentes são bem legais. O modo galeria em especial é repleto de artes de conceito cujo qual acompanha comentários apaixonado dos artistas que o fizeram, além de conter relações dos outros jogos da franquia, trailers, vídeos promocionais e etc.

Há um modo parecido como um sound-test onde nos permitimos a escutar a trilha sonora, clipes de áudio de algumas falas dos personagens e, não menos importante, um “tailor”, onde é possível utilizar outras roupas para os mesmos, algo que eu gostei bastante.

Ryunosuke é bem educado até, comparado com o Wright.

Para concluir, apesar de tudo, o jogo me impressionou positivamente pra caramba, eu passei a ter olhos diferentes para o gênero e até cogito zerar os outros jogos da franquia para conhecer melhor a trama como um todo.

Eu recomendo para as pessoas que gostam muito de ler, gostam de se envolver de verdade com alguma coisa legitimamente bem feita, com muito amor e expressão. Acho que a série toda deve ter esse charme bem único, vale muito a pena.

Pros

Departamento artístico nota 10, música, personagens e direção.
Textos inteligentes, casos interessantes.
São literalmente dois jogos nesse Chronicles.
Mesmo quem não gosta muito do gênero, vai provavelmente amar esse jogo.