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12, set 2016
Análise – Jotun: Valhalla Edition
Indie totalmente desenhado a mão
2D muito bonito que aproveita a mitologia nórdica com combates grandiosos, por vezes interessante e por vezes injustos. Peca pela exploração vazia e quebra cabeças pouco inspirados.

Jotun é um jogo Indie de ação com visão isométrica produzido pela Thunder Lotus e financiado pelo Kickstarter, originalmente lançado em Setembro de 2015 apenas para PC e lançado dia 4 de Setembro nos consoles em sua versão Valhalla Edition.

Muitos jogos emprestam elementos de cultura Nórdica e seus deuses, mas Jotun faz isso de forma especial se aprofundando através da história de Thora, uma valorosa Viking que morre durante um naufrágio.

Por ter uma morte longe dos campos de batalha, Thora tem sua entrada em Valhalla negada indo parar em uma espécie de limbo ganhando a oportunidade de enfrentar em combate os Jotuns, grandiosas e poderosas criaturas que vão lhe garantir sua entrada em Valhalla.

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A primeira coisa a se notar em Jotun é o visual desenhado e animado a mão. Existe muito bom gosto em toda arte que tem um design carismático com as animações fluidas, cenários grandiosos e cheios de simbologias da cultura nórdica. A câmera se afasta da personagem em momentos chaves para mostrar a grandiosidade dos cenários e da jornada de Thora.

O jogo é dividido em dois momentos: primeiro a exploração e a solução de quebra cabeças simples e pouco inspirados, utilizando cenários grandiosos mas em geral vazios, ao ponto de dar a impressão de pouco aproveitamento de locais tão interessantes. A exploração minuciosa é necessária para se encontrar os frutos que aumentam sua vida e os altares que te concedem habilidades. Conseguir o máximo dos dois itens garante que sua luta contra os Jotuns seja menos punitiva.

YouTube player

O segundo momento é o combate com os Jotuns: cinco criaturas grandiosas e com o designs interessantes que exigem sua atenção para memorizar suas rotinas e evitar ser acertado das mais diversas formas. Eles são bem variados nos ataques e a dificuldade é punitiva. Pequenos erros acabam em morte, principalmente por causa dos ataques de Thora que são lentos. Isso torna o jogo bem desafiador, mas diferente de jogos que são justos e te desafiam a bolar estratégias, Jotun aumenta a dificuldade através de quantidades absurdas de dano o que empobrece os encontros e os torna frustrantes em alguns momentos. Outro ponto fraco é que você morre e é obrigado a ver a animação de abertura do Jotun e isso passa a incomodar por causa da repetição.

Uma coisa espetacular nesse jogo é o carisma de Thora. A cada Jotun derrubado sabemos um pouco mais sobre sua historia que é narrada em primeira pessoa por uma voz muito bonita em um idioma islandês. A trilha sonora dos combates contra os Jotuns também é notável e consegue estabelecer muito bem o clima de grandiosidade dos embates.

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Jotun é um jogo muito bonito com uma personagem carismática, que aproveita muito bem a mitologia nórdica oferecendo combates grandiosos, por vezes interessante e por vezes injustos. Peca pela exploração vazia e quebra cabeças pouco inspirados em cenários grandiosos.

O Valhalla Mode incluso na versão de consoles é uma versão mais desafiadora do combate com os Jotuns.

Prós:

  • Visual desenhado muito bonito
  • Trilha Sonora
  • Ótimo aproveitamento da cultura nórdica

Contras:

  • Sistema de combate pouco profundo
  • Cenários amplos, mas sem muito motivo pra exploração
  • Dificuldade as vezes desbalanceada e frustrante
Johnny Lapís
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One thought on “Análise – Jotun: Valhalla Edition

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