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26, jan 2019
Tales of Vesperia: Definitive Edition – Análise
8
Finalmente a versão definitiva
Gráficos refeitos, novos personagens e diversas melhorias atualizam a versão definitiva de Tales of Vesperia como um dos melhores jogos da série. Para fãs de um bom JRPG, é uma compra sem erro.

Sou um fã de carteirinha da série Tales of da Bandai Namco e tive o prazer de zerar grande maioria dos títulos lançados. Tales of Vesperia foi o primeiro grande salto para a geração full HD no lançamento original para o Xbox 360, acabou marcando muito de forma positiva pra mim. 

Fiquei muito animado com a notícia de que uma versão completa do Tales of Vesperia viria finalmente para o ocidente depois de tantos anos. Essa oportunidade veio em boa hora para fazer jus a esta obra prima e para comemorar o décimo aniversário do jogo a Bandai Namco relança o game para o PlayStation 4, Nintendo Switch, PC e Xbox One!

As principais diferenças que são claramente visíveis são as melhorias dos gráficos e texturas. Algumas dungeons e cidades foram refeitas, a resolução subiu para 1080p em todas as plataformas, e 720p com o Nintendo Switch em modo portátil, e o frame-rate está excelente, falando apenas dos aspectos técnicos.

O jogo conta agora também com 2 personagens novos que serão incluídos em sua equipe definitivamente, o Flynn e Patty Fleur, uma garotinha que lembra a Chat de Tales of Eternia (Destiny 2 aqui no ocidente).

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Os DLCs também estão disponíveis desde o inicio e incluem alguns bônus do Adventurer Pack e roupas para todos os personagens jogáveis no Costume Pack. Foram incluídos também: Novas side-quests, skits que são pequenas interações entre os personagens entre diversas situações em formato de comic animado, novos eventos durante a história principal, novas faixas na trilha sonora e uma dungeon especial que pode ser acessada após finalizar o game.

Alguns chefes foram incluídos também como o Sword Dancer, encontrados nos jogos anteriores, e novas batalhas na arena, assim como a possibilidade de re-enfrentar todos os demais bosses em Nam Cobanda Isle.

Cada plataforma onde Tales of Vesperia: Definitive Edition foi lançado, foi otimizado de acordo. Destaques para a versão do Nintendo Switch, por questões de portabilidade principalmente e também no PC por conta do desempenho técnico.

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História

Você controlará Yuri Lowell, um ex-soldado imperial que vive sua vida pacata, no qual no meio de um conflito de poderes opostos, acaba se envolvendo em situações no qual ele nunca imaginaria.

No mundo de Tales of Vesperia, uma fonte de energia principal chamada Blastia é usada como recurso para tudo que necessita de um combustível, e o império quer monopolizar e abusar de seu uso para enriquecer suas forças. Junto de Estelle, Repede e seus amigos, Yuri Lowell irá decifrar a verdadeira ambição do império e os mistérios por trás desta fonte abundante de energia.

Jogabilidade

Tales of Vesperia é, no quesito gameplay, uma versão muito melhorada do antigo Tales of the Abyss, lançando anteriormente para o PlayStation 2 e o Nintendo 3DS.

O jogo conta com diversas cidades e dungeons construídas com um bonito e muitíssimo colorido cell-shadding, e um World Map simples com um mini mapa e uma bussola, rico em segredos e possibilidades. Existem lojas de itens e equipamentos, mini-games que podem ser acessados mais tarde, skits escondidas, micro-eventos bem divertidos. A exploração de modo geral é simples, os controles são ótimos e os cenários são artisticamente muito bonitos, principalmente os que foram resconstruídos por conta da versão definitiva.

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Regados a esse bom gosto, o jogo não possui batalhas randômicas, o que faz você se preparar bem antes de encontrar algum inimigo vagando. Porém é importante se atentar que você pode desencadear um Chain de inimigos caso encontre dois ou mais no mapa, e isso sim pode ser um problema.

Falando sobre o sistema de batalha, Vesperia joga muito parecido com Tales of the Abyss e Tales of Symphonia. O jogador tem total controle no campo de batalha para ir em qualquer direção que escolher, excelente para esquivar de uma magia em área ou atrair um grupo de inimigos para longe de um companheiro seu, e fixar uma linha reta até um inimigo para trabalhar seus combos de maneira mais adequada. O jogo também incentiva lutar na verticalidade, levar seus inimigos para o ar e finaliza-los com bônus de dano ao concluir sequencias específicas de ataques.

Nessa versão todos os personagens receberam novas habilidades também, e com isso, você pode equipar mais destas habilidades nos atalhos, fazendo que seus combos não fiquem com nenhuma limitação. Esse recurso é um recurso avançado, o que me faz acreditar que muita gente não vai nem se importar em usar 16 habilidades diferentes para cada um dos participantes das batalhas.

Assim como novos ataques, novas Mystic Artes foram adicionadas também, como a icônica combinação de Yuri e Flynn por exemplo. Embora hajam relatos que o jogo venha a travar durante a jogatina, eu particularmente nunca presenciei algo assim no Switch.

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Sobre as músicas do jogo, a trilha sonora original já era muito boa, os temas de batalha para mim sempre se sobressaíram em todos os jogos da série. O compositor Motoi Sakuraba sempre estará de parabéns pra mim, é praticamente impossível eu desgostar de alguma trilha sonora que ele compôs.

Com estas novas faixas, o quesito música só somou. O compositor colaborador Hibiki Aoyama também merece um ponto positivo nesta história. O co-compositor de diversos jogos da série, incluindo o Tales of Graces F,  ele foi o responsável pelo arranjo das músicas neste título também. Muito me agradou também a nova dublagem de Yuri Lowell nas novas cutscenes.

Tales of Vesperia Definitive Edition é um jogo que todo amante de RPG tem que ter na sua biblioteca de jogos. É um grande clássico, uma jornada inesquecível de fato. De todos os jogos que eu já joguei da série, esse talvez tenha sido o mais o visualmente mais bonito até hoje. Para fãs de um bom JRPG, essa é uma compra sem erro.

Prós

  • Excelente combate
  • Rico em conteúdo extra
  • Trilha sonora de primeira

Contras

  • Queda de frame-rate nas batalhas
  • Backtracking
Fábio Kraft
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