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2, fev 2015
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Boa noite, boa sorte
Apesar de alguns problemas técnicos, Dying Light traz grandes desafios, bons gráficos, excelente parte sonora e missões de muita qualidade, com muitas horas de jogo para os fãs de Zumbis.
Análise – Dying Light

Lançado para Xbox One, PS4 e PC, desenvolvido pela polonesa Techland (Dead Island) e publicado pela Warner Games,sem dar boa sorte ou boa noite, Dying Light te coloca em uma cidade devastada e infestada de Zumbis, doidos para te jantar. Seu objetivo é claro e seus problemas mais ainda, já que logo de cara Kyle Crane, o protagonista do game chega tomando tapa na cara da vida.

ENREDO

Os jogadores assumem o papel de Kyle Crane, um agente secreto enviado para infiltrar-se na zona de quarentena na cidade fictícia de Harran, localizada na antiga Turquia, e sua missão é encontrar Kadir “Rais” Sulaiman, um ex-agente corrupto que tem um arquivo que poderia destruir a reputação da agência para qual Crane trabalha. Mas quando ele chega, ele deve escolher entre completar sua missão ou ajudar os outros sobreviventes liderados por Harris Brecken.

Como sempre, existem dois grupos de sobreviventes, os bons e os maus, além dos solitários e loucos que habitam o mundo detonado pela zumbizada. Dying Light não vai muito além dos já vários games de mortos-vivos no quesito história, mas vai muito além dos jogos criados anteriormente pela Techland, principalmente no quesito de desenvolvimento e roteiro.

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Crane é um personagem que tem seu objetivo fixo na mente, mas é salvo da maldade e como todo bom rapaz, procura retribuir o favor. No mundo de Dying Light existe um supressor do vírus zumbi. Isso significa que ao ser infectado todos ainda tem uma chance de salvação e por isso durante uma boa parte do game você vai ajudar os sobreviventes a obter esse supressor que é jogado pelos maravilhosos governantes do novo mundo.

Para quem busca uma história descompromissada, bons diálogos e bom roteiro, Dying Light é um prato cheio, principalmente para os amantes de Zumbis.

[tube]https://www.youtube.com/watch?v=s3ZITxsnzkc[/tube]

GAMEPLAY

Com toda a certeza, esse é ponto alto do game. Dying Light pega o melhor de Mirror’s Edge, FarCry e Dead Island para criar um game Open World muito morto e bem dinâmico. O game dá muita liberdade no parkour, na progressão do game como também na evolução do personagem.

São 3 árvores de Skills e cada uma se evolui com uma habilidade diferente. A primeira é Survivor, que você ganha fazendo as missões principais, secundárias e também realizando eventos (salvar sobreviventes, recuperar caixas suprimentos, etc) no Overworld ou capturando Safe Houses, locais especiais para te trazer tranquilidade e alegria. A segunda árvore é Agility que evolui conforme você se movimenta pelo mundo realizando peripécias no Parkour, esquivas e golpes especiais. A terceira e última é Power, que evolui seu HP, resistências, golpes e danos conforme você vai destruindo os inimigos, sejam humanos sujos ou zumbis lindos.

O Parkour, a maior arma do game, é algo que funciona muito bem. Não me lembro de algum local que não fosse possível chegar via pulos e penduramentos. A movimentação é muito natural e realista, e também evolui conforme seus Skills vão melhorando. Os controles são fáceis de pegar, mesmo alguns movimentos exigindo um pouco de prática.

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Já o combate do game é evolução dos games anteriores da Techland. O foco é no combate melee, ou seja, a mais pura pancadaria. Como antes, podemos criar várias coisas, como kits médicos ou até estrelas ninja. Também é possível reparar armas com materiais específicos e nelas podem ser feitos upgrades a partir de vários Blueprints que vão sendo encontrados, comprados ou ganhados durante sua jogada. As armas também tem slots para inserção de upgrades de dano, resistência, etc. E agora existem ervas medicinais que podem melhorar sua habilidades de enxergar, correr, tomar pancada e outras.

O que faz Dying Light ser diferente de Dead Island, é que normalmente é muito melhor correr do que ficar para ver o pau comer. Raramente os encontros serão com menos de 5 zumbis e além disso existem chances de brotarem mais alguns nas suas costas do além. Principalmente na calada da noite, que mesmo com a lanterna e as ervas, não permite boa visibilidade e também por que os zumbi mais violentos só aparecerem nesse horário. Dying Light é um jogo bem difícil, mas também bastante recompensador e é bastante recomendado pra quem gosta de desafios.

As missões secundárias são muitas e dessa vez são muito boas. Existem vários tipos de missões e todas elas tem um background por trás que é muito bem realizado. Raramente haverão quests de apenas ir em X buscar Y, ou quests filler sem graça e esse é outro ponto positivo do game.

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MULTIPLAYER

Falando um pouco de multiplayer, o coop para 4 jogadores continua presente em Dying Light, com a adição um sistema interessante, onde por opção você pode fazer o game criar eventos dinâmicos para competir com os participantes do coop que estejam no seu game, sejam amigos ou avulsos.

Outra novidade é um novo e interessante modo de jogo, o Be the Zombie, onde você assume o papel de um zumbi brutal e extremamente difícil de matar e invade o game de um adversário, lembrando um pouco o versus de Left 4 Dead com as invasões de Dark Souls. Lembrando que é possível você ser invadido por um desses malditos que desejam muito estragar seu jogo!

A boa notícia é que é possível optar ou não pelo jogo estar online, e mesmo que estiver é possível desligar o modo invasão ou mesmo o modo com eventos randômicos e competitivos no coop. Para quem gosta de jogar online, vale muito a pena dar uma conferida nos modos que o game oferece.

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AUDIOVISUAL

Dying Light é um game exclusivo para a nova geração de consoles e pro PC e por isso de certa forma ele teria por obrigação, mostrar algo superior em termos técnicos, aos jogos antecessores. De certa forma o resultado foi obtido, mas me parece ser algo muito mais artístico do que técnico.

Algumas texturas não são boas e muitas vezes a tela da TV parece embaçada e borrada. Logicamente que temos momentos e partes muito bonitas no game, principalmente quando estamos no topo dos prédios ou em locais mais fechados. Um pecado do game é o design do mundo, muito simples e mesmo cumprindo seu papel, é por muitas vezes cansativo e repetitivo correr livre pelo mundão, por conta da reutilização de texturas e construções.

Assista abaixo ao gameplay da primeira hora de jogo:

[tube]https://www.youtube.com/watch?v=10KvdJ3nWrg[/tube]

A modelagem dos personagens e zumbis são muito boas, assim como as texturas das armas. O jogo de certa forma pode ser considerado bonito, mas está bem longe de grandes jogos da new gen, principalmente os exclusivos e também outros grandes lançamentos, como Shadow of Mordor, que também é abertão, mas não sofre dos mesmos problemas.

No quesito de músicas e sons, creio que o jogo está muito bom. Os barulhos malditos e as músicas de tensão são excelentes e não tive vontade de desligar o BGM para aumentar a imersão, como normalmente faço. A Techland se mostra mais uma vez um estúdio bem competente quando o assunto é o departamento sonoro e por isso merece os parabéns.

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RESUMINDO

Dying Light traz grandes desafios, bons gráficos, excelente parte sonora e missões de muita qualidade. Com muitas horas de jogo para os fãs de Zumbis, considero uma boa compra e um game muito bom para esse início de ano. Mesmo com alguns problemas técnicos e no design, a diversão está garantida. Para quem prefere, o game se encontra completamente dublado e com menus totalmente em português.

Danilo Moreira
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