Análises

Análise – Starcraft 2: Heart of The Swarm

9
Mais do que recomendado para os fãs de RTS.
PRÓS: Modo campanha com ótimo enredo e multiplayer infinito. Belos Gráficos mesmo para um jogo de “2 anos atrás”. CONTRAS: Algumas animações repetidas. A falta de algumas unidades no modo campanha. Ter de esperar mais 2 anos até o lançamento da última parte da história

Após 2 anos de espera, finalmente foi lançada a segunda parte da trilogia Starcraft 2. Heart of the Swarm, continua a história iniciada em Wings of Liberty.

Seguindo os mesmo moldes do jogo anterior, o segundo capítulo da campanha mostra o lado do conflito pela ótica da raça Zerg. Dessa vez acompanhamos a saga de Kerrigan, a Rainha das Lâminas e líder dos Zergs em sua busca por vingança.

A História

Começando logo após o fim do primeiro capítulo da saga, Kerrigan (a rainha das lâminas) está sendo usada para estudos da raça Zerg. Estes estudos deveriam servir para ajudar a raça humana a combater a ameaça, porém Kerrigan tem seus próprios planos, e com isso retoma a liderança dos Zergs.

Dessa vez ela manteve sua humanidade, graças a intervenção de Raynor no final de Starcraft 2, usando um artefato Xel’ Naga (uma das raças mais antigas do universo de Starcraft) e fazendo com que ela retornasse à forma humana. Mesmo assim, Kerrigan quer vingança contra Mengsk, o líder dos Dominions, e um dos grandes responsáveis por toda a guerra no setor e por Kerrigan ter se tornado a líder dos Zergs.

Todo o enredo da campanha gira em trono da busca de Kerrigan por vingança, e para tanto ela deve reunir o Enxame que se espalhou pela galáxia após os eventos finais de SC2. Com isso ela terá um controle maior sobre o Enxame, transformando-os em máquinas de matar ainda mais perigosas.

A narrativa se desenvolve bem, explicando muitas coisas sobre a raça Zerg, tais como sua origem e objetivos e instigando para que você avance cada vez mais no jogo para descobrir como tudo vai acabar.

kerrigan

Gameplay

Heart of the Swarm é um RTS (Real Time Strategy), mas ao contrário de outros jogos do estilo introduz toda a mecânica do jogo aos poucos, fazendo com que até mesmo aqueles que não sejam familiarizados com o gênero consigam gerenciar suas bases. Tudo é muito bem explicado com várias dicas durante os estágios inicias.

As unidades e mecânicas de jogo são as mesmas do modo multiplayer, com algumas sutis diferenças em unidades específicas (habilidades únicas que não estão disponíveis no modo multiplayer). Pegando a mecânica criada lá atrás em Warcraft 3, Starcraft 2 tem unidades heróicas, além do seu exército regular, que vai aprendendo novas habilidades a medida que a história avança, ganhando pontos de experiência ao cumprir os objetivos principais, ou fazendo sidequests que são apresentadas durante as fases.

Existem ao todo 27 missões na campanha onde 20 delas contam a história e as restantes servem para que você possa aprimorar as habilidades de suas unidades.

O jogo trás uma grande variedade de missões, com objetivos e unidades únicas. Ainda assim tudo é entregue de maneira bastante coesa, embora nas missões mais adiantadas as coisas possam ficar um pouco complicadas para os não iniciados em Starcraft (as missões secundárias das últimas fases podem dar algum trabalho e em boa parte das últimas missões você tem um tempo pré- estabelecido para cumprir os objetivos principais).

ss2

Multiplayer

Aqui é o lugar onde a série criou sua fama. O modo multiplayer coloca as 3 facções do jogo (Protoss, Terrans e Zergs) umas contra as outras. Com exceção do óbvio balanceamento para maior equilíbrio nas partidas, tivemos poucas mudanças em relação à SC2. No geral foram adicionadas 7 novas unidades (3 para os Protoss e 2 para cada uma das outras raças), que criam novas possibilidades de ataques e estratégias.

No entanto a curva de aprendizado do modo multiplayer é alta e mesmo que existam tutoriais e partidas contra a IA, o modo “versus” de Heart of the Swarm vai demandar muito tempo daqueles que desejarem jogá-lo de forma competitiva.

Parte Técnica

Heart of the Swarm usa a mesma engine gráfica de Wings of Liberty, apresentando belos gráficos (nas configurações mais altas), boa taxa de frames, partículas e todos os “etcs” que já fazem parte de um jogo da Blizzard.

Embora seja um jogo bonito, houve um notável reaproveitamento de animações durante a campanha. Você verá as mesma animações durante diálogos diferentes com vários NPCs o que pode acabar cansativo pra alguns depois de um tempo.

O voice acting é bastante competente, e existe a opção de escolher o idioma em qual o jogo pode ser jogado (com direito a dublagem em Português do Brasil). No entanto veteranos em Starcraft devem acabar optando pelo idioma original no jogo por conta da mudança dos nomes de algumas unidades.

Resumindo, Heart of the Swarm é uma excelente “expansão” de SC2, com uma boa e sólida campanha, e com um multiplayer que com um pouco de dedicação pode torná-lo um jogo infinito. Mais do que recomendado para quem é fã de RTS.

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Prós

– Modo campanha bem interessante

– Belos Gráficos mesmo para um jogo de “2 anos atrás”

– Bom enredo

– Multiplayer “infinito”

Contras

– Algumas animações repetidas

– A falta de algumas unidades no modo campanha

– Ter de esperar mais 2 anos até o lançamento da última parte da história

Cleber Avelar
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Comments (1)

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