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14, set 2020
Final Fantasy Crystal Chronicles Remastered Edition
8
Vamos salvar o mundo juntando os amigos novamente!

É interessante demais poder jogar com outros jogadores de diferentes plataformas, enriquece bastante a experiência num todo.

Quando eu ouço falar em Final Fantasy Crystal Chronicles logo me lembro que foi um dos momentos em que simplesmente negligenciei da minha vida gamer na época do Gamecube, não sei porque eu acabei deixando pra trás um dos títulos de uma das séries que eu mais gosto.

Faz o que, 17 anos que foi lançado originalmente para o console? Mas os ventos do destino tem feito nossos caminhos entrelaçarem mais uma vez para que eu possa viver essa experiência que quase que, segundo relatos, acabou sofrendo algumas mudanças felizes e infelizes quanto ao remaster, mas vamos chegar lá.

Começamos comentando que o review que essa análise se baseia é a do Nintendo Switch, igualmente lançado para o PlayStation 4 e Smartphones, cujo quais podem ser jogados através de cross-plataform, ou seja, entre consoles e celulares. Que massa! Nem tão massa porque no caso do Switch é necessário ter a assinatura para utilizar esse recurso, mas beleza, vamos tocar a vida.

A caravana dos heróis dá o tom dessa aventura.

Final Fantasy Crystal Chronicles: Remastered Edition é um game desenvolvido e distribuído pela Square-Enix, que nos cedeu esta cópia para análise, o jogo trata-se de um RPG de ação focado em multiplayer cooperativo, digo, era para ser o foco principal do game. Reunir o pessoal em casa e tocar o terror nas dungeons e evoluindo seus personagens com uma pegada alternativa e com uma abordagem mais simplificada e de certo modo, um tanto infantil.

Diferente do que vemos atualmente com os jogos mais recentes, Final Fantasy Crystal Chronicles não é o jogo mais intuitivo que temos no mercado, mas também, segue bem os moldes do que tínhamos na época, na verdade, nesse sentido ele é até bem superior. Os tutoriais são necessários pra caramba porque o método de jogo é, apesar de ser bem simples, temos que entender o que estamos fazendo em certas situações.

Cenários insanos são normais nesse jogo.

Uma parcela relativamente das pessoas jogaram o jogo offline, solo, como eu fiz em grande parte da minha experiência. Tive sorte de ter a assinatura online para o multiplayer, mas tão pouco usufruí deste recurso já que somente quem é o líder da equipe acaba “avançando” efetivamente, o que me fez ficar um pouco decepcionado.

Mas antes de comentar sobre o gameplay, vamos falar um pouco do que se trata a trama do jogo em si. Primeiramente somos membros de um vilarejo que podemos dar nomear, e nosso personagem também é igualmente editável. Limitados em muitos aspectos, acabamos que podemos escolher o nosso gênero, tipo de voz, e a classe que pertencemos. Há cerca de quatro classes com dois sexos possíveis para cada um.

Pessoal tá brabo.

Uns sendo mais proficiente com ataques físicos, outros com magia, outros como healers e assim por diante. Coisa que acaba ficando equilibrado se nossa equipe tem uma variedade X para percorrer as mais variadas dungeons.

A joga na trama é que a centenas de anos atrás um meteoro colidiu com nosso mundo, liberando assim uma névoa venenosa chamada Miasma. Esse miasma pode ser contra-atacado com um liquido liberado de um crystal chamado Myrrh, cujo qual vem de Myrrh Trees espalhadas pelo mundo, coletados com um cálice especial, nosso objetivo é carrega-lo de volta para o vilarejo para que fiquemos salvos dos problemas causados pela névoa. Pelo menos, é o que acontece nos primeiros momentos do game, tudo para culminar numa treta um pouco mais funda que isso.

Final Fantasy sempre teve efeitos visuais mágicos de encher os olhos, aqui não é diferente.

Final Fantasy Crystal Chronicles é um jogo de RPG ação como eu havia falado anteriormente, e se baseando nos RPG Ação da época, é o que acabamos tendo de melhor nessa pegada multiplayer aí.

Podemos formar uma equipe de até 4 jogadores, sendo que um deles ficará encarregado de carregar o cálice pelas dungeons para que os demais não sofram as penalidades do miasma anteriormente comentado, então quem carrega o cálice é quem vai acabar ditando para onde os demais irão no final das contas. Esse esquema de cooperação é realmente legal, embora algumas mecânicas inteligentes de fusão de magia acabam sendo visualmente legais, mas ineficientes ao longo prazo como recurso de batalha fazendo que nossos heróis fiquem focados bastante em ataques físicos ou magias base, sem misturar qualquer coisa, para a batalha fluir legal.

As batalhas são o ponto mais forte.

Neste game também não subimos de level ou observamos números saindo dos inimigos quando os atacamos, ele é um RPG de ação com uma sutileza que particularmente não me deixa assim tão feliz, acaba sendo muito simplório, com poucos recursos para dar uma apimentada nos conflitos, mas para o que ele se propõe a fazer, é passável.

Até porque os combates de chefes são legitimamente legais e desafiadores, fará que a equipe trabalhe em conjunto com harmonia para passar de certos desafios, ou do seu sangue frio enquanto encarando a aventura em modo solo.

Podemos dizer que é um grupo bem diversificado!

Graficamente o jogo está bem mais bonito que a versão original do GameCube, claro, é um remaster muito competente em questão de aumento da resolução, taxas de quadros e texturas renovadas, no que compete a característica de remaster, mas também foi adicionado várias linhas de texto dublada e uma tonelada de novos desafios, incluindo dungeons novas com inimigos com um grau de dificuldade bem elevado, instigando assim a cooperação multiplayer tão almejada nesse jogo.

Assim com os gráficos, a trilha sonora também é de tirar o chapéu, enquanto algumas pessoas reclamaram das músicas das dungeons acabarem sendo meio enjoativas e curtas, isso não me incomodou nem um pouco, eu gosto de melodias bonitas, bem feitas, e o jogo é cheio dessas surpresas audiovisuais incríveis. Compostas pela mestre Kumi Tanioka, responsável pelas trilhas deste e de outros spinoffs, inclusive, de Smash Bros Ultimate como co-arranger. Fantástico.

Concluindo, é muito legal que possamos experimentar alguns jogos que fizeram um sucesso catastrófico no passado de uma maneira mais renovada, como todo remaster de qualidade que temos por aí. Final Fantasy Crystal Chronicles foi sim uma excelente experiência. Pessoal reclamou que para se conectar com os outros jogadores acabou sendo um negócio super burocrático e desnecessário, e em partes eu até concordo com o rolê do friendcode atualizar de 30 em 30 minutos, mas cross-platform não é moleza também, ainda mais se tratando de conexão com smartphones e tudo mais.

Gostei mais do que eu imaginaria que gostaria, os sistemas do jogo são legais, simples, mas legais. Dá para coletar bastante coisa, forjar equipamentos, ir atrás de drops raros, bosses desafiadores, não tem algo legitimamente concreto para se não gostar aqui dentro. É jogão, mesmo offline.

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  • Sistema de jogo simples mas eficiente.
  • Música excelente.
  • Desafio na medida certa.
  • Modo online existente e competente.


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  • Acaba sendo chato o match-making.
  • Poderiam ter utilizado melhor a disposição do layout do controle.
  • Não mostra seu HP e números de danos.


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Fábio Kraft
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